Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Boa noite,

    termina aqui mais um liveblog diário da campanha das Legislativas. Voltamos daqui a algumas horas, quando faltam pouco mais de cinco dias para o fim do período oficial de campanha.

    Até já.

  • Ao som do vira, Rio acredita que campanha já virou

    Nas internas Rui Rio tinha uma garrafa de champanhe para o caso de ganhar, outra para o caso de perder: “Agora só tenho uma”. Paulo Rangel entra na campanha: “António Costa está esgotado”

    [Ouça aqui a reportagem da Rádio Observador]

    Ao som do vira, Rio acredita que campanha já virou

  • "Vai perder quem contar com o ovo no sítio onde as galinhas o guardam". PS no Minho

    O Minho transforma até políticos. António Costa chegou a Viana do Castelo e até deu duas voltinhas no vira, à porta do Teatro Sá de Miranda antes de entrar no comício. Lá dentro, o artista Zezé aquecia a plateia socialista que aguardava o líder. Mas quem fez rebentar as temperaturas políticas foi mesmo o líder da distrital, Miguel Alves.

    O estilo é sempre o mesmo e resulta. O líder do PS-Alto Minho encheu o palco todo com um discurso encadeado onde juntou argumentos contra Rui Rio. E acabou a avisar que “não sabe quem vai ganhar” no próximo domingo, mas sabe “quem vai perder: é quem acha que pode contar com este ovo [tinha um na mão] onde as galinhas o guardam. Quem vai perder é quem achar que o ovo vai lá estar”.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Comício em Viana do Castelo do candidato pelo Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Viana do Castelo, 23 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    Miguel Alves, líder da distrital. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    Um apelo ao voto sui generis, que Costa aproveitou quando discursou a seguir, embora num estilo mais recuado. “Lembrem-se do ovo de Miguel Alves, não há vitórias antecipadas”.

    Quanto a Rio, Alves tinha também aberto o caminho, trazendo novos argumentos para cima da mesa. Disparou contra o “mito do rigor e do cuidado em não desperdiçar um cêntimo” que envolve o líder do PSD. E depois apelou à memória: “Lembram-se da reconversão do Pavilhão Rosa Mota? Custava 5,7 milhões de euros de fundos, pagou 1 milhão de euros ao arquitecto que fez o projeto e o Pavilhão não se mexeu um milímetro e teve de se o atual presidente de fazê-lo”.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Comício em Viana do Castelo do candidato pelo Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Viana do Castelo, 23 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    E ainda recordou uma tirada de Rio que Costa aproveitou de seguida, já que encaixa no discurso que tem promovido a colar Rio a Passos e à troika. “Lembram-se quando Rui Rio disse que se fosse Passos Coelho ou Maria Luís Albuquerque teria feito pior?”

    “É este homem e este legado que temos de comparar com o legado de António Costa”, atirou reclamando que Rio “não é um ovni político, não apareceu agora, não é um fora da caixa. Tem história e ela tem sido apagada com sorrizinhos. Tem a marca da picardia, da incapacidade para o diálogo, da intolerância com a crítica”. Miguel Alves rematou que o país “não precisa de um primeiro-ministro picado, mas preparado”.

    A verdade é que neste domingo de três arruadas e dois comícios, António Costa andou a medir forças no terreno com o líder do PSD. E o picanço resultou num líder socialista entregue às ações de rua como não se tinha visto até aqui.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Comício em Viana do Castelo do candidato pelo Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Viana do Castelo, 23 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • PSP vai "averiguar" falhas de segurança na arruada da Juventude Comunista em Lisboa

    A PSP vai analisar as queixas de falta de acompanhamento de uma iniciativa da Juventude Comunista Portuguesa que, este domingo, juntou centenas de jovens numa arruada da Avenida Almirante Reis, em Lisboa.

    Ao Observador, fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP diz que o caso “será averiguado e a PSP tomará uma atitude”. Aquela força de segurança deverá divulgar um comunicado oficial sobre o incidente, mas ainda não há data prevista para que esse esclarecimento seja prestado.

    Para já, a PSP não confirma oficialmente se a notificação de que estava prevista uma iniciativa política — no âmbito da campanha para as legislativas de 30 de janeiro — foi transmitida àquela força de segurança.

    Este domingo, pouco depois das 15h, as centenas de elementos da JCP que se concentravam na Avenida Almirante Reis, para uma iniciativa a que se juntou João Oliveira (que tem assumido a condução da campanha comunista, na ausência de Jerónimo de Sousa), assinalaram a falha na fiscalização de trânsito da PSP naquela avenida. Depois de alguns momentos de ponderação, decidiram avançar com a iniciativa, alegando o “direito à manifestação”.

    Aos jornalistas, João Oliveira garantiu que “a organização seguiu todos os trâmites” e que caberia agora “à Câmara Municipal de Lisboa e à PSP apurar responsabilidades”. Horas mais tarde, o presidente da Câmara Municipal de Lisboa garantia que, do lado da autarquia, “correu tudo bem”.

    Depois do chamado Russiagate, “com os dados transmitidos à Embaixada da Rússia, os procedimentos foram modificados e o presidente não é informado”, explicou Carlos Moedas aos jornalistas. “É a Polícia Municipal que é informada e, depois, informa a PSP. A informação que eu tenho neste momento é que isso foi feito. Do nosso lado fizemos tudo aquilo que tivemos de fazer”, garantiu.

    Além das queixas da Carris, uma empresa municipal de transporte de Lisboa, chegaram à PSP “reclamações de várias pessoas”, confrontadas com a interrupção de trânsito naquela via.

  • Ventura diz que há menos "hostilidade" nas ruas e pede fim da "chantagem" aos partidos de direita

    Uma semana depois do arranque oficial da campanha, André Ventura fez um balanço e estabeleceu como objetivo “subir a fasquia dos valores” que as sondagens têm apresentado. Num olhar relativo aos últimos dias, Ventura comparou a campanha com a das eleições Presidenciais e disse que tem visto menos “hostilidade” nas ruas.

    “Sente-se uma diferença forte em relação às Presidenciais, em relação à atitude, à abertura , mesmo à hostilidade. Nas Presidenciais vimos todos os dias contra nós, agora há hostilidade, mas é parte da democracia e não é significativa face aos números do apoio que encontramos nas ruas”, começou por referir o líder do Chega, depois de dois dias em que foi possível ouvir insultos como “racista ou xenófobo” dirigido ao presidente do partido e à caravana.

    A “meta” do Chega mantém-se nos 15% e um “resultado positivo” para o partido continua a ser entre os “7 e os 12%”, um valor que algumas sondagens não dão ao partido. “Mesmo ficando em terceiro lugar, é muito importante que o Chega se aproxime mais dos 10% do que dos 5%”, sublinhou o líder do partido.

    Sobre a governabilidade e os valores, reiterou que o Chega exige um lugar no Governo com 7% dos votos do eleitorado e afastou a ideia de ficar com o ónus de devolver o poder ao PS — uma sugestão feita este domingo pelo líder do CDS.

    “Há um programa de Governo que é apresentado e analisamos esse programa, caso tenhamos uma votação expressiva e a direita entenda que não deve aceitar as nossas bandeiras e não incluir o Chega, o nosso voto será contra, mas também será contra um governo socialista”, explicou.

    Ventura aproveitou para se defender ao ataque: “Já se viu que a estratégia da chantagem e da ameaça não vai resultar. Tenho-lhes dito isso [aos possíveis parceiros], disse isso a todos, na cara, que a ideia de estarem a dizer aos portugueses ‘cuidado que não vai haver acordo nenhum e que um voto no Chega é um voto perdido’ não está a funcionar.”

    Numa altura em que o líder do Chega tem levado para a campanha várias propostas, questionado sobre as linhas vermelhas de que não abdica para se sentar à mesa com o PSD, deixou claro um ‘não’ ao corte de pensões, a reforma da Justiça e da Segurança Social. Apesar disso, assegurou que o Chega “aceita negociar e modelar medidas”.

  • Casaco camuflado. André Ventura deixa Rodrigues dos Santos a falar sozinho "Não respondo a disparates"

    André Ventura deixa Francisco Rodrigues dos Santos sem resposta sobre o facto de ter usado um casaco camuflado: “Para mim os ex-combatentes são mais importantes do que isso, não respondo a disparates.”

    Este domingo, o líder do Chega almoçou com cerca de 30 antigos combatentes e, ainda antes da refeição, recebeu um casaco camuflado, inscrito com o nome André Ventura. Rapidamente o vestiu.

    A atitude valeu uma crítica de Francisco Rodrigues dos Santos, que diz que o “uniforme e restantes símbolos militares são para quem os mereceu”.

  • "Ninguém durma". Pede Costa e canta a cantora lírica

    É o que dá ter uma cantora lírica nas listas de candidatos. A independente Elisabete Matos lá subiu ao palco para interpretar o hino de António Costa, o “Nessun Dorma” de Puccini. António Costa emocionou-se e pediu que “ninguém durma”.

    O palco do Theatro Circo, em Braga, até era adequado à performance da artista e candidata, mas o cenário nem por isso. Elisabete Matos cantou do mesmo púlpito onde tinha discursado pouco antes.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Comício em Braga do candidato pelo Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Elisabete Marques. Braga, 23 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    E onde logo a seguir falou António Costa com a artilharia pesada, mais uma vez, virada para Rui Rio. Mas não só. Desta vez veio empenhado em mostrar exemplos práticos do chumbo do Orçamento e trazia mesmo slides para explicar o que já poderiam ter poupado alguns portugueses caso o Orçamento para 2022 tivesse passado.

    Nesta fase ia tão embalado nesta sua explicação sobre o IRS e como Rui Rio não pretende reduzi-lo nos próximos tempos que se embrulhou nos anos. Costuma dizer que o PSD atira essa redução lá para 2025, 2026, mas desta vez saiu-lhe 2005, 2006. Várias vezes até o próprio público corrigi-lo. “Desculpem?”, perguntou Costa perante tantos acenos da plateia.

    A um semana do voto, o seu discurso divide-se entre os ataques a Rio e o apelo ao voto. Deixou de falar na governabilidade e no pedido de maioria — sem explicar porquê e dando espaço a que vingue a ideia de estar a conter futuros estragos, quando há sondagens em que PS e PSD estão em empate técnico.

    O histórico eleitoral recente e este quadro fizeram-no ganhar uma alergia total a ouvir nas ruas que “está ganho”. “Alto!”, pede o líder socialista. “As eleições só estão ganhas no dia das eleições”. La Palisse não diria melhor.

    Campanhas para as eleições legislativas de 2022: Comício em Braga do candidato pelo Partido Socialista, António Costa, secretário-geral do PS e candidato a primeiro-ministro. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de janeiro de 2022. Braga, 23 de janeiro de 2022. JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

    JOÃO PORFÍRIO/OBSERVADOR

  • 12.651 inscrições para o voto antecipado em lares

    Até às 18h00 de domingo estavam inscritas 12.651 pessoas para o voto antecipado em lares, e outras 359 inscreveram-se para votar antecipadamente em confinamento, num total de 13.010, de acordo com o Ministério da Administração Interna.

    As inscrições para estas duas modalidades de voto antecipado começaram no passado dia 20 e terminam às 23h59 deste domingo. Estes eleitores vão poder votar nos dias 25 e 26 de janeiro. Os votos são recolhidos nos lares ou domicílios.

  • Sondagem. Tendência inverte-se: PS em primeiro, PSD a 0,6 pontos de distância e esquerda volta a superar direita

    Segundo a sondagem da Pitagórica, o PS voltou a ganhar terreno e conseguiu superar o PSD, angariando 34,1% dos votos. PSD está a 0,6 pontos de distância. Chega é 3.ª força, IL e BE descem e CDU sobe.

    Sondagem. PS recupera primeiro lugar, mas PSD está a 0,6 pontos. Esquerda volta a valer mais do que a direita

  • Moedas minimiza problemas na arruada da CDU e diz que do lado da câmara "correu tudo bem"

    A alteração de procedimentos nas comunicações formais sobre manifestações já está a causar embaraços ao novo Executivo de Lisboa. E o embaraço, neste caso, envolve diretamente a CDU.

    Depois da PSP falhar a normal segurança a este tipo de iniciativas nas ruas, João Oliveira pressionou Moedas para que se “apurassem responsabilidades sobre o que tinha falhado”.

    À margem de uma visita às mesas de voto em Lisboa, Moedas respondeu que “do lado da câmara correu tudo bem” e que de acordo com a informação que apurou “a manifestação foi comunicada pela polícia municipal que informou a PSP”.

    “É a polícia municipal que é informada e depois informa a PSP. A informação que tenho neste momento, do comandante da Polícia Municipal, é que isso foi feito. Estamos a obter essa informação, mas do nosso lado fizemos tudo o que tínhamos de fazer“, disse Carlos Moedas.

    Passando a bola para a PSP — que só se deslocou ao percurso da arruada depois de receber queixas na Carris — Moedas diz que “o presidente da Câmara não deve saber quais são as manifestações nem quem são os promotores” e que é a Polícia Municipal que informou o MAI e a PSP”.

    “Do nosso lado correu tudo bem, penso que é isso que devemos hoje focalizar. Neste tratamento não recebemos dados pessoais dos promotores, não preciso de saber isso, não é responsabilidade do presidente da câmara. Do nosso lado correu tudo bem, vou tentar ligar ainda hoje para tentar perceber o que é que se passou, mas penso que tudo foi resolvido e não houve um grande problema“, disse ainda acrescentando que a câmara vai “continuar a analisar a situação”.

  • Cotrim visa CDS e estratégia "no mínimo pouco inteligente" que "pode ser um problema" dia 31

    No seu passeio de este domingo à tarde pelas Docas de Alcântara, Cotrim Figueiredo voltou a defender que à direita do PS a Iniciativa Liberal é a melhor opção para pôr “Portugal a crescer”. Apontou o candidato: “Não vejo ninguém que à direita do PS esteja a oferecer tantas alternativas, tão testadas e que funcionam tão bem noutros países como a IL. E espero que isso signifique muita confiança de muitos portugueses no dia 30”.

    Não votem útil porque foi isso que nos trouxe até aqui, no fundo”, pediu.

    Questionado sobre declarações de André Ventura, que acusou a IL de querer uma “privatização selvagem da TAP”, Cotrim respondeu: “Declarações do Chega prefiro só comentar depois de algum tempo porque é natural que daqui a dois dias Chega faça declarações no sentido contrário às de hoje e vou estar sempre a comentar coisas diferentes. Prefiro esperar”.

    Em relação à TAP, o candidato voltou a reiterar que a IL foi “o primeiro partido” a defender que “não devia ser investido um euro na TAP sem uma ideia clara de como se iria sair”. A companhia aérea deve ser “entregue”, isto é vendida, “a quem saiba tratar de aviação comercial”, acrescentou Cotrim. Esse alguém “não é certamente o ministro Pedro Nuno Santos”.

    Já sobre as acusações ao partido feitas pelo CDS — que diz que a IL é “de esquerda em tudo menos na economia” —, Cotrim respondeu: “Temos claro na nossa cabeça quem é o adversário político e estratégico nesta eleição: é o Partido Socialista e a visão estatista da sociedade. Portanto não desviamos desse foco, não vamos apagar fogos aqui e acolá”.

    Lembrando ainda que os centristas fazem parte de um partido conservador e a IL é “um partido verdadeiramente liberal”, Cotrim acrescentou: “Não precisamos de estar a responder a cada malabarismo tático por parte do CDS”. Mas as diferenças entre os dois partidos não poderão ser um problema para um futuro Governo? “Pode ser um problema. Veremos à mesa das negociações, no caso de uma aritmética eleitoral que permita que haja essas conversas. Estar a pôr em cima da mesa desde já coisas de princípio que são clivagens entre os partidos que podem constituir uma alternativa é no mínimo pouco inteligente“.

  • Cotrim reage a voto de Costa ao lado de Rui Moreira: "Em política raramente acreditamos em coincidências. Mas não desfocarei da campanha"

    O presidente da Iniciativa Liberal terminou o dia de campanha — que começou num mercado em Setúbal — com uma caminhada pelas Docas de Alcântara, em Lisboa.

    Questionado pelos jornalistas durante o passeio sobre o encontro entre Costa e Rui Moreira, que foi descrito como uma “coincidência”, e se o partido acreditava em coincidências, João Cotrim Figueiredo respondeu: “Em política raramente acreditamos em coincidências. Mas apetece-me agora não desfocar da campanha que estamos a fazer e vamos dizer: foi uma coincidência”.

    Inquirido sobre se a IL perdeu a confiança em Rui Moreira, que o partido apoiou para a câmara do Porto, o candidato liberal respondeu: “Não, não tem nada a ver. Acabámos de sair de autárquicas em poucos meses, temos confiança em Rui Moreira e temos sobretudo confiança no projeto que ele apresentou para o Porto e que foi sufragado pelos portuenses”. O tema foi, no entanto, tratado por Cotrim Figueiredo como um “fait diver”. O líder político liberal diz “não se desviar” da sua prioridade: “pôr Portugal a crescer”.

  • Rodrigues dos Santos responde ao camuflado de Ventura: "Uniforme e restantes símbolos militares são para quem os mereceu"

    Francisco Rodrigues dos Santos parece não ter gostado de ver André Ventura vestir um casaco camuflado, que lhe foi oferecido por ex-combatentes, no Porto.

    O líder do CDS tem repetido várias vezes, com notório orgulho, a formação no Colégio Militar, e por isso decidiu responder a Ventura, no Facebook, com uma foto desses tempos. E uma mensagem direta ao líder do Chega: “O uniforme e os restantes símbolos militares são para quem os mereceu, os percebe e os respeita. Se há quem não o entenda, isso são outros carnavais”.

  • Ventura despiu o camuflado e vestiu camisola poveira para mostrar que "identidade é para manter"

    Já sem casaco camuflado, André Ventura chegou à Póvoa de Varzim, distrito do Porto, e vestiu uma camisola poveira para mostrar que com o Chega “a tradição e a identidade são para manter”, numa das arruadas em que houve mais ação da segurança pessoal do líder do Chega.

    É normal ver Ventura rodeado de seguranças, essa é já uma imagem de marca do presidente do Chega, mas pelas ruas da Póvoa houve muita gente a aproximar-se de Ventura, muita confusão instalada e houve uma ação mais forte.

    Num dia em que as declarações aos jornalistas estão marcadas para as 20h30, já depois das duas ações de campanha que o Chega realizou, Ventura desvalorizou o facto de receber “ameaças todos os dias” e de existirem situações de insultos nas ruas.

    “Há situações de maior tensão, mas penso que há em todas as campanhas, exceto aquelas que ninguém quer saber. Há muito apoio, também há muita ou alguma contestação e acho que tem de ser assim. Grave é quando se passa para a ameaça e para o insulto”, referiu.

  • Inês Sousa Real sobre ausência de André Silva: "Todos os filiados foram convidados para participar nesta campanha"

    Uma semana de campanha depois, falou-se pela primeira vez de André Silva, ex-porta-voz do PAN, que tem estado afastado da vida política. Olhando para outros partidos, que têm usado ativos e caras conhecidas para reforçar a campanha, e questionada sobre se convidou André Silva para estar presente nestas duas semanas, Inês Sousa Real é parca em palavras. Diz apenas que “todos os filiados foram convidados para participar”.

    A atual líder do PAN lembra que “André Silva apanhou o comboio da paternidade” e que “quis dedicar-se à sua vida familiar” para justificar a, até agora, ausência do antecessor nesta campanha eleitoral. “Temos de respeitar essas escolhas”, afirmou.

    Questionada sobre se, independentemente da vontade de André Silva, o convite foi feito por parte do PAN, Inês Sousa Real insiste apenas que o partido convidou “todos os filiados”, recusando “qualquer discriminação, porque todos os filiados são iguais”.

    “O André Silva foi muito claro quando se quis afastar da vida política, temos de respeitar que foi muito desgastante ser deputado único”, concluiu Inês Sousa Real, acrescentando que também “os fundadores têm tido conhecimento de todas as ações” do PAN nesta campanha.

  • Rodrigues dos Santos rejeita acordo escrito com o Chega

    Questionado sobre se exclui firmar um acordo com o Chega, caso seja necessário para garantir a tal “maioria de direita” que tanto tem defendido, o líder do CDS rejeita essa opção.

    Aos jornalistas, diz que se o PSD e o CDS “chegarem a formar uma solução de governo”, caberá ao Chega “decidir se passa essa solução na Assembleia da República” ou se permite “ao governo de António Costa continuar a governar”.

    Mas garante: acordos escritos, não. “Da minha parte pode ter uma garantia, não a porei — a minha assinatura — em nenhum acordo escrito com o partido Chega“.

  • Pavilhão Celorico Moreira com muitas filas: é preciso uma hora para votar

    O pavilhão desportivo Celorico Moreira, em Miraflores, Oeiras, está com muitas filas e muitas pessoas para votar. Há algumas queixas de eleitores, que poderão esperar pelo menos uma hora para votar.

    De acordo com o que apurou o Observador, há pessoas que já desistiram de votar hoje.

  • CDS defende fim do certificado digital no acesso a restaurantes. "Para mim já tinha acabado"

    Já é tempo de deixarem de exigir aos restaurantes o controlo e a fiscalização de certificados digitais”, disse, este domingo, Francisco Rodrigues dos Santos, à margem de um encontro com a associação de restauração PRO.VAR, em Matosinhos. O líder do CDS defendeu que os certificados devem ser “responsabilidade” de cada pessoa, para “liberalizar” o acesso aos estabelecimentos.

    Para mim já tinha acabado o certificado digital. O que é verdadeiramente importante é conseguirmos reforçar a terceira dose de vacinação para todos os portugueses, com a mesma responsabilidade, compromisso e o mesmo sentido cívico com que os portugueses aderiram à vacinação anterior”, afirmou.

    Questionado sobre se o certificado não é uma medida necessária numa altura em que aumenta o número de contágios, Rodrigues dos Santos respondeu que a subida dos casos não tem sido acompanhada de um “incremento significativo e preocupante” nos internamentos e mortes (este domingo, há mais 192 internados, para um total de 2.219, e 30 mortes).

  • Rio: "Depois do 25 de Abril, diziam que os comunistas comiam criancinhas. Costa está a fazer o mesmo connosco"

    Rui Rio já intervém na habitual sessão de esclarecimento organizado pelo PSD, desta vez dedicada ao tema da economia do Mar.

    Ainda assim, e como tem sido prática, Rui Rio começou a sua intervenção com mais uma tentativa de desmontar o argumentário que vem sendo utilizado por António Costa.

    “Depois do 25 de Abril, diziam que os comunistas comiam criancinhas ao pequeno-almoço. António Costa está a fazer o mesmo connosco”, ironizou o líder social-democrata.

    Já antes, o líder social-democrata voltou a criticar António Costa por insistir numa tentativa de colagem do PSD a uma certa linha austeridade.

    “Ao longo desta semana, António Costa não disse uma ideia nova. Disse mal das nossas propostas. Não posso aceitar que diga mal das nossas propostas deturpando-as. O PSD, se alguma vez teve de publicar política de austeridade, foi por causa do PS. Foi o PS que pôs este país na bancarrota.”

    “António Costa tem muita lata ao dizer uma coisa dessas, quando sabe que a responsabilidade do PS”, rematou Rio.

    ELEIÇOES LEGISLATIVAS: Rui Rio, lider do Partido Social Democrata (PSD), durante uma sessão de esclarecimentos em Aveiro, sobre justiça. As eleições legislativas realizam-se no próximo dia 30 de Janeiro. 22 de Janeiro de 2022, Aveiro TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

    TOMÁS SILVA/OBSERVADOR

  • PAN reage a convite de reunião de Catarina Martins a António Costa: "BE está de alguma forma a lavar as mãos"

    Depois de esta tarde ter respondido a João Oliveira, a porta-voz do PAN deixa agora bicadas ao Bloco de Esquerda.

    Questionada sobre o facto de Catarina Martins ter desafiado António Costa para uma reunião no dia 31 de janeiro, Inês Sousa Real é clara: “Se o Bloco de Esquerda está de alguma forma a lavar a mão daquilo que foi a irresponsabilidade de termos uma crise política em cima de uma crise socioeconómica e sanitária sem precedentes, acho bem que o partido esteja finalmente disponível para dialogar se não o fez lá atrás”.

    A líder do PAN garante que nos convites entre BE e PS “não se mete”, mas assegura que “estará cá para analisar os resultados” eleitorais de 30 de janeiro.

    Se o PAN também gostaria de reunir com António Costa no pós-eleições? “Não gostaria de reunir nem no dia 31 de janeiro nem quando quer que seja, no sentido de uma agenda que estejamos aqui a planear”, diz Inês Sousa Real, esclarecendo que “o PAN nunca se demitiu desse tipo de reuniões e conversações”, não precisando por isso de estar a “projetar para o futuro algo que temos feito no passado”.

1 de 3