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  • EUA. Desta vez o debate não teve gritos nem insultos, mas também não teve respostas

    O debate entre “vices” não teve insultos, apenas um nível saudável de interrupções, mas os dois fugiram de respostas a temas importantes, da justiça à Covid. Ninguém ganhou, porque ninguém foi a jogo.

    Harris vs. Pence. Desta vez o debate não teve gritos nem insultos, mas também não teve respostas

  • Terminou o debate.

  • A última pergunta do debate é de uma aluna do 8º ano no estado do Utah.

    “Quando assisto às notícias, só vejo os dois candidatos a mandarem-se um ao outro abaixo. Se os nossos líderes não se conseguem entender, como é possível que os cidadãos o façam?”, perguntou aquela jovem.

    Pence respondeu: “Na América, acreditamos numa troca livre e aberta de argumentos, e celebramos isso. Foi assim que criámos a nação mais livre e próspera na História do mundo. Mas digo: não assumas que o que vês na televisão é sinónimo do povo americano”.

    Depois, apontou para a amizade entre a juíza Ruth Bader Ginsburg (liberal) e o juiz Antonin Scalia (conservador), ambos mortos. “Aqui na América podemos discordar, podemos debater vigorosamente como eu e a senadora Harris fizemos neste palco”, disse. “Quando o debate acabar, unimo-nos como americanos. É o que as pessoas deste país fazem, nas cidades e nas aldeias pequenas”.

    Depois, Kamala Harris. Começou por falar de Joe Biden e das manifestações supremacistas brancas de Charlottesville, de 2017.

    “Uma das razões pelas quais Joe Biden decidiu candidatar-se à presidência foram as manifestações de Charlottesville. Deixou-o tão perturbado que houvesse aquele tipo de ódio e divisão”, disse. “O Joe tem uma reputação duradoura de trabalhar com o outro lado e de falar com o outro partido. E é isso que ele vai fazer como Presidente. Joe Biden tem uma história de erguer as pessoas.”

  • Sobre as hesitações de Donald Trump sobre a transição de poder, e sobre a integridade das eleições caso venha a perdê-las, Mike Pence disse: “Antes de mais, acho que vamos ganhá-las”.

    E depois continuou, virando-se para Kamala Harris: “Quando se fala de aceitar o resultado das eleições, eu tenho de dizer-lhe, senadora, que o seu partido tem passado os últimos três anos e meio a tentar revogar os resultados das últimas eleições. É incrível”.

  • “Se usarmos o nosso voto e se usarmos a nossa voz, vamos ganhar e não vamos deixar ninguém subverter a nossa democracia, que é o que Donald Trump tem feito”, disse Kamala Harris.

    “Na semana passada, no debate, em frente a 70 milhões de pessoas ele tentou abertamente suprimir o voto”, acusou. “Joe Biden, ao esmo tempo, naquele palco, disse só: ‘Por favor, votem’. E eu digo o mesmo: ‘Por favor, votem’.”

  • Último tema é sobre as eleições e a transição de poder.

  • “Não há desculpa para o que aconteceu a George Floyd e a justiça será posta em prática. Mas não há desculpa para os motins e para os saques que se seguiram”, disse Mike Pence.

    Depois, referiu-se a uma das suas convidadas para o debate, dona de um salão de beleza cujo estabelecimento foi destruído em motins.

    “Esta presunção que ouvimos consistentemente de Joe Biden e Kamala Harris de que a América é sistematicamente racista e que as autoridades têm um preconceito implícito contra as minorias é um grande insulto para os homens e mulheres que estão nas autoridades”, disse.

  • Kamala Harris falou a favor de uma reforma da polícia e do sistema de justiça criminal.

    “Por isso é que Joe e eu vamos banir imediatamente manobras de sufocamento. George Floyd estaria vivo hoje se isso já tivesse sido feito”, disse.

    Disse ainda que a administração de Biden criaria um “registo nacional para polícias que quebram a lei”.

  • O tema do debate passa agora para tensões raciais e violência policial. Kamala Harris é a primeira a falar.

  • Kamala Harris evita responder sobre possibilidade de alterar regras do Supremo Tribunal

    Kamala Harris acabou por dizer: “Vamos falar de court-packing”.

    Mas não o fez, atirando antes isto: “Sabem que entre as 50 pessoas que Donald Trump nomeou para o Tribunal da Relação [de cargos vitalícios] nem uma é negra?”.

    Mike Pence sublinhou: “Que fique claro que ela não respondeu à pergunta”.

  • Mike Pence insiste agora se os democratas querem, caso haja uma presidência de Biden e o Senado tiver uma maioria, mudar as regras de nomeação de juízes no Supremo Tribunal. Em concreto perguntou-lhe se quer fazer “court packing” — uma medida que passa pelo aumento de juízes, criando assim artificialmente vagas que seriam preenchidas pelo próximo Presidente. Dessa forma, podia criar uma nova maioria liberal, onde agora há uma maioria conservadora.

    Kamala Harris recorreu a um episódio histórico de 1864, falando de Abraham Lincoln. Mas não respondeu à questão sobre “court packing”.

    “Eles querem fazer court-packing do Supremo Tribunal se ganharem estas eleições”, concluiu Mike Pence. “Digo às pessoas em todo o país que, se gostam do Supremo Tribunal, se gostam da separação de poderes, têm de rejeitar a campanha de Biden-Harris.”

  • Esta é uma manobra típica, de cada uma das partes.

    Quando o tema é o Supremo Tribunal, os democratas procuram passar do tema do aborto o mais rápido possível para falarem antes do Affordable Care Act — o que Kamala Harris fez.

    Depois, a moderadora perguntou a Mike Pence sobre as doenças pré-existentes e a garantia dos direitos daqueles que as têm no plano de Donald Trump. Mike Pence respondeu antes sobre o tema do aborto e sobre a “santidade da vida”.

  • A primeira pergunta é para Mike Pence, sobre a possibilidade de o aborto deixar de ser legal — o que passaria por uma revogação do acórdão do caso Roe v. Wade, de 1972.

    Mike Pence respondeu que espera que não haja “ataques à fé cristã” de Amy Coney Barrett, juíza católica e conservadora que foi nomeada por Donald Trump e tem pela frente um processo de confirmação no Senado. Mike Pence não respondeu à questão do aborto.

    A mesma pergunta foi depois feita a Kamala Harris, que defendeu que Amy Coney Barrett não deve ser a próxima juíza e que essa escolha deve ser feita por quem vencer as eleições presidenciais.

    “Eu lutarei sempre pelo direito de uma mulher decidir o que faz com o seu próprio corpo, a decisão é dela e não do Presidente Trump e do vice-Presidente Mike Pence”, disse.

    Depois, continuou sobre o Supremo Tribunal noutra perspetiva: o Affordable Care Act, ou seja, o programa de saúde aplicado por Barack Obama e que, por isso, é conhecido como Obamacare.

    “A meio de uma pandemia, quando mais de 210 mil pessoas morreram e 7 milhões de pessoas terão doenças pré-existentes porque contraíram o vírus, Donald Trump está nos tribunais neste momento a tentar acabar com o Affordable Care Act”, disse. “Isto significa que não haverá mais proteções, se eles ganharem, para pessoas com doenças pré-existentes”, continuou Kamala Harris. A esta última parte, Mike Pence respondeu secamente “não”.

    Donald Trump aprovou, no último mês, uma medida que diz ser de “reforço” para salvaguardar essas pessoas com condições pré-existentes — mas no fundo essa medida já está em prática com o Affordable Care Act.

  • Novo tema: Supremo Tribunal.

  • Kamala Harris lembra agora o artigo da The Atlantic em que, de acordo com várias fontes citadas pelo diretor daquela revista, Donald Trump é citado a chamar de “falhados” a veteranos de guerra, inclusive os que morreram em combate.

    “O Presidente Donald Trump não só respeita como venera aqueles que servem nas nossas forças armadas e qualquer sugestão em contrário é ridícula”, reagiu Mike Pence.

  • Sobre política internacional, Mike Pence referiu à cabeça a mudança da embaixada dos EUA em Israel de Telaviv para Jerusalém (cumprindo uma promessa que outros, inclusive Joe Biden, fizeram em campanha mas nunca cumpriram) e referiu (com razão) que neste momento os aliados dos EUA na NATO estão a contribuir mais em média do seu PIB para a defesa — isto depois da pressão de Donald Trump nesse sentido.

  • Sobre política internacional, Mike Pence referiu à cabeça a mudança da embaixada dos EUA em Israel de Telaviv para Jerusalém (cumprindo uma promessa que outros, inclusive Joe Biden, fizeram em campanha mas nunca cumpriram) e referiu (com razão) que neste momento os aliados dos EUA na NATO estão a contribuir mais em média do seu PIB para a defesa — isto depois da pressão de Donald Trump nesse sentido.

  • O debate continua agora sobre a política internacional, com Kamala Harris a atacar Donald Trump e Mike Pence.

    “A comunidade americana de serviços de informação disse-nos [no Senado] que a Rússia interferiu nas eleições presidenciais de 2016 e está a tentar fazê-lo em 2020”, disse. “Mas Donald Trump, o comandante-em-chefe dos EUA, prefere aceitar a palavra de Vladimir Putin em vez da palavra da comunidade de serviços de informação americana”, disse, em menção ao primeiro encontro entre Donald Trump e Vladimir Putin, em Helsínquia em 2017, e o que disse à altura o Presidente dos EUA.

    Kamala Harris falou ainda de um “afastamento” dos aliados da NATO, além da saída dos EUA do acordo com o Irão. “Ele retirou-nos e tornou a América menos segura”, disse.

  • Kamala Harris: “Donald Trump tem uma obsessão estranha, que é a de se livrar de qualquer feito do Presidente Obama"

    A mesma pergunta, sobre a relação com a China, é feita a Kamala Harris: “Como é que descreveria a nossa relação com a China? Somos competidores, adversários, inimigos?”.

    Kamala Harris diz que a “perspetiva e abordagem da administração de Trump à China resultou na perda de vidas americanas, de empregos americanos e da posição americana” no mundo.

    “Donald Trump tem uma obsessão estranha, que é a de se livrar de qualquer feito do Presidente Obama e do vice-Presidente Biden”, acrescentou.

    “Por exemplo: eles criaram na Casa Branca um organismo responsável por monitorizar pandemias. E eles [apontou para Pence] acabaram com ele”, disse, com Mike Pence ao lado a dizer “não é verdade”.

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