Histórico de atualizações
  • O Observador termina aqui a cobertura sobre a sessão do julgamento final do impeachment de Dilma Rousseff no Senado. Voltamos amanhã para seguir a conclusão do processo.

    Obrigado pela companhia e boa noite!

  • Ricardo Lewandowski termina a sessão esta segunda-feira. O Senado volta a debater o futuro político de Dilma Rousseff amanhã, a partir das 14h (horário de Lisboa). Espera-se que seja realizada na madrugada da quarta-feira a votação final do impeachment.

  • Dilma Rousseff pede "consciência" aos senadores sobre impeachment

    O advogado de Dilma Rousseff, José Eduardo Cardozo, deu espaço para que a Presidente afastada fizesse a sua defesa final.

    Dilma Rousseff pediu consciência para que os senadores pensem na sua decisão sobre o impeachment e solicitou aos parlamentares que parem de fazer disputas com a política fiscal do seu governo. “Tentar inventar crimes de responsabilidade onde eles não existem ou transformar o orçamento público num espaço de disputa ideológica que não tem consequências para o país, acho que já temos maturidade suficiente para superar esse processo”, defendeu.

  • Já Janaína Paschoal perguntou por que países como o Chile, Peru, Paraguai e Bolívia cresceram durante a crise económica brasileira e qual foi o motivo pelo qual não foram feitos cortes em 2014 e apenas em 2015. A Presidente afastada disse que a crise “não começou em 2014, mas se intensificou no final de 2014” e que o Congresso brasileiro impediu que fossem tomadas medidas para frear a recessão económica, em 2015.

  • Miguel Reale Júnior, um dos autores do pedido de impeachment, questionou se Dilma Rousseff fazia reuniões com o secretário do Tesouro em 2015 para discutir os créditos suplementares de crédito. “Eu não entendo como que a gente ainda tá discutindo isso, depois de tantos anos de vigência da Lei de Responsabilidade Fiscal”, afirmou Dilma.

  • Paulo Rocha (PT) foi o último senador a falar. Agora acusação e defesa têm cinco minutos para fazerem perguntas.

  • Gilmar Mendes: "A Presidente afastada faz um jogo de retórica”

    O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, afirmou, esta segunda-feira, que Dilma Rousseff “faz um jogo de retórica” ao comparar o impeachment a um golpe de Estado.

    “Compreende-se, o momento bastante difícil. Ninguém falou em golpe, a não ser o próprio [ex-presidente destituído por um impeachment, Fernando] Collor quando ocorreu o impeachment. Não me parece, que com tanta supervisão, por parte do Congresso, da Câmara, do Senado, o Supremo acabou por regular tudo isso”, disse Mendes, citado pelo jornal Estado de S. Paulo

    O ministro disse que a destituição de Dilma Rousseff é “um processo doloroso para todos e extremamente constrangedor, às vezes até vexatório” e disse que tem um custo alto para o Brasil. “Esse quadro de indefinição, que já dura bastante tempo, estamos falando de 11 meses, custa muito ao país. Aqueles que pensaram o impeachment, não pensaram em um resultado final. O que se quer é que haja um desenlace, que as forças políticas cheguem a um acordo, renúncia, ou coisas do tipo”, justificou.

  • Mais vozes críticas a Dilma Rousseff. Sergio Petecão (PSD) atribuiu frases à Presidente afastada, que são prontamente negadas, como quando a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB) falou sobre a “falta de moral do Congresso” para julgá-la. “Se eu não disse isso, eu não posso responder”, defendeu.

    Zezé Perrella (PTB) e Roberto Muniz (PP) questionam a legibilidade da política fiscal de Dilma Rousseff.

  • Waldemir Moka (PMDB) não fez perguntas a Dilma Rousseff e disse que já votou cinco vezes pelo seu impeachment, em referência às fases anteriores do processo.

    Já Dalirio Beber (PSDB) questionou se a Presidente afastada acredita que “os seus 54 milhões de eleitores, atualmente, confiam que ela tenha capacidade e apoio político para continuar governando”. A resposta foi simples: “Alegar a perda de maioria parlamentar é golpear uma Presidente da República”.

  • Mais uma questão sobre governabilidade. João Capiberibe (PSB) questiona se seria possível compor um governo “suprapartidário”, caso Dilma Rousseff retorne ao poder.

    A Presidente afastada disse que “para reconstruir as alianças políticas e voltar a governar com uma base sólida, em caso de uma vitória sua no julgamento do impeachment, tem de ficar claro que o que nos une é o Brasil”.

  • Lula da Sila tenta convencer senadores indeciso e "elos fracos"

    O jornal Estado de S. Paulo relata que o ex-Presidente do Brasil, Lula da Silva, esteve a conversar esta segunda-feira com alguns senadores indecisos ou passíveis de mudança de voto para tentar travar o impeachment de Dilma Rousseff.

    Lula da Silva disse a jornalistas que a Presidente afastada está a ter uma atuação “firme e centrada” no Senado. “Ela falou o que tinha para falar”, afirmou sobre o discurso de Dilma.

    Questionado sobre a possibilidade de vitória da petista, Lula mostrou-se otimista. “O jogo vai terminar com uma vitória nossa. Não é sempre que a gente consegue trazer o Chico ao Senado”, brincou, ao fazer referência à presença de Chico Buarque no Congresso, esta manhã.

  • Agora vão duas perguntas sobre a governabilidade passada e futura de Dilma Rousseff. Telmário Mota (PDT) questionou como e com quem a Presidente afastada irá governar, caso volte ao poder. Dilma disse que comandará o Brasil com lideranças e políticos de base progressista e rejeitou voltar a contar com todo o PMDB como aliado, apesar de não descartar alianças com alguns parlamentares do partido.

    Já Cristovam Buarque (PPS) indagou:

    Quais as qualidades de [Michel] Temer para a senhora ter escolhido ele como seu vice em 2010? E o que ele tem de tão bom que a senhora repetiu a escolha em 2014?”

    Dilma Rousseff assegurou que Temer era integrante de um “centro democrático, progressista e transformador”. “Quando o centro democrático deixa de ser um certo progressista e passa a ser um centro golpista e conservador, ele tem um líder e eu acho que Michel Temer é o coadjuvante e o líder é Eduardo Cunha”, criticou.

  • O senador José Pimentel (PT) não faz nenhuma pergunta a Dilma Rousseff, que aproveita a oportunidade para reiterar que pretende não fazer pausas antes do fim da sessão. Ainda faltam dez senadores inscritos para questionar a Presidente afastada.

  • “Dilma pedalou para honrar o pagamento de programas sociais”. O senador Flexa Ribeiro (PSDB) questiona se Dilma Rousseff concorda esta afirmação de Lula de Silva, feita em 2015. A Presidente afastada respondeu de maneira confusa: “Se a inflação aleija, o câmbio mata”.

  • O senador Agripino Maia (DEM) falou em seguida e acusou Dilma Rousseff de aumentar a dívida pública do país. Posteriormente, Randolfe Rodrigues (Rede) questionou até que ponto a abertura do processo de impeachment foi fruto da “chantagem” de Eduardo Cunha.

    “Sem sombra de dúvidas há uma mancha, um pecado original nesse processo, que é o desvio de poder do senhor Eduardo Cunha, que usa de seu cargo para impedir que seja dada continuidade a sua investigação”, afirmou Dilma.

  • Já o senador Reguffe questionou se Dilma Rousseff “sabia o que estava fazendo ao assinar os decretos pela abertura de crédito suplementar”, um dos motivos que motivam o processo de impeachment.

    A Presidente afastada confirmou que tinha conhecimento dos decretos. “Eu os assinei. E no momento que eu o fiz, todos julgavam que eram corretos”, garantiu.

  • Apesar de ter declarado que votaria a favor do impeachment, o senador Hélio José (PMDB) criticou os cortes do governo interino de Michel Temer em direitos trabalhistas e pediu a reforma do sistema de pensões.

    A senadora Ângela Portela (PT) seguiu a mesma direção e disse que “temia pelas conquistas sociais dos últimos anos”.

  • A Secretaria de Comunicação do governo interino de Michel Temer também divulgou uma nota de imprensa a reagir às declarações de Dilma Rousseff, esta segunda-feira, no Senado, quando afirmou que “não se pode implantar um programa ultraliberal em economia e um programa ultraconservador que tira direitos pessoais e coletivos e adota uma pauta extremamente reacionária”.

    “O debate no Senado Federal sobre o processo de impeachment gerou falsas acusações de retirada de direitos sociais, previdenciários e trabalhistas pelo Governo Federal aos cidadãos brasileiros”, defendeu a secretaria.

  • Eduardo Cunha: "Dilma segue mentindo contumazmente"

    O deputado e ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, utilizou a sua conta no Twitter para divulgar uma nota de imprensa em que se defende das acusações feitas por Dilma Rousseff esta segunda-feira, no Senado.

    Cunha disse a Presidente afastada “segue mentindo contumazmente” e que não foi responsável pela abertura do processo de impeachment e sim os 367 deputados que decidiram que o processo deveria ser encaminhado ao Senado.

  • Manifestações contra o impeachment em Brasília e São Paulo

    Enquanto fala ao Senado, manifestantes contra e a favor do impeachment de Dilma Rousseff começam a se aglomerar em frente ao Congresso brasileiro. Segundo a Polícia Militar, citada pelo jornal El País Brasil, há 1.700 pessoas, das quais 1.500 são contra o processo e 200 a favor.

    Já em São Paulo, manifestantes contrários ao Presidente em exercício Michel Temer encontram-se na Avenida Paulista. O jornal Folha de S. Paulo relata que há um confronto entre os manifestantes e a Polícia Militar. A organização diz estimar que havia três mil pessoas no protesto, enquanto as autoridades dizem que não farão um estimativa do número de participantes, relata a publicação.

    https://twitter.com/lucasrohan/status/770391967700226049

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