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  • Passos termina o seu discurso, sem muitas novidades sobre as medidas concretas que constam do programa da coligação mas com uma mensagem política clara: um apelo ao voto na coligação, e não no PS e, acima de tudo, uma maioria absoluta para o resultado não ser “escasso ou incerto” e para poderem governar.

  • “O que aqui está não abre buraco em lado nenhum – é realizável”, Passos termina a sua intervenção.

  • Passos pede uma maioria absoluta. Caso contrário haverá outra vez eleições

    Passos volta a lembrar os portugueses que têm uma escolha a fazer dia 4 de outubro: a escolha “é livre” mas num lado está um partido que “nem cuidado tiveram de mudar as caras mais responsáveis pelas políticas do passado” e por outro está o PSD/CDS, “com provas dadas”. Passos pede agora maioria absoluta:

    “Se o resultado for escasso ou incerto, muito do tempo que podíamos ter para beneficiar desta política e deste programa será gasto a pensar na próxima eleição ou campanha. Não é isso que queremos, queremos estar ao serviço dos portugueses – mas isso é uma escolha que cabe aos portugueses. E nós aguardaremos com humildade”, diz.

    Mas continua os argumentos para a cruz ir para a coligação:

    “O futuro connosco será bem mais livre do que a ditadura financeira que nos impuseram as escolhas que nos conduziram a 2011. O PSD e o CDS-PP olham hoje para os portugueses e podem dizer: temos as eleições na data normal, o governo governou com normalidade, apesar da exceção em que vivemos governamos com normalidade, não nos demitimos das nossas funções. Nunca deixamos o país sem uma resposta importante, por isso podemos ter a consciência de que fizemos muito para merecer a confiança dos portugueses. Mas o que mais podemos dizer é que nós confiamos nos portugueses”, continua.

  • Estado social e a liberdade de abril: "Conseguimos defender o Estado social do socialismo", diz Passos

    Passos passa em revista os últimos quatro anos para dizer que o Governo conseguiu “defender o Estado social do socialismo” mesmo com a responsabilidade de livrar o Estado social da bancarrota. “Nestes próximos 4 anos teremos melhores condições para defender o Estado social. Se o conseguimos fazer livrando-o da bancarrota, e se o fizemos protegendo os mais vulneráveis, imaginem o que poderemos fazer nos próximos 4 anos, imaginem como poderemos reforçar a aposta na Educação, no conhecimento, na saúde, na valorização das pessoas, na aposta no social.”

    Fica aqui claro que a coligação vai apostar no discurso do medo e do passado na campanha que se avizinha: “Mostrámos que podíamos defender o estado social do socialismo”, reforçou Passos.

    E Passos vai mais longe, chamando a si a herança do 25 de abril e da liberdade: “Estamos hoje a lutar mais por abril e pela liberdade do que tantos outros”, disse. “É importante que em 2015 se confirme que a escolha que foi feita em 2011 não foi apenas um acaso e que nós sabemos o que queremos”, disse ainda, acrescentando que “nós confiamos nos portugueses e sabemos que o que se passou até hoje não foi uma exceção ditada por um resgate externo, foi o princípio de uma mudança importante que há muitos anos ambicionávamos para Portugal e que em mais de 40 anos de democracia não conseguimos”.

  • Ou seja, primeiro a resposta à crise. Depois, reparar as feridas deixadas pela crise, explica Passos. E fala na demografia, na pobreza e nas desigualdades sociais, sublinhando que já antes da crise Portugal era um país “muito desigual”.

  • "As pessoas no centro da economia e o investimento no centro do crescimento"

    Passos garante: “vamos repor o rendimento dos portugueses. Menos sobretaxa, menos cortes nos salários dos funcionários públicos, mas vamos fazer mais do que isso – não apenas melhorar a perspetiva do rendimento das famílias – vamos apoiar as famílias mais numerosas, as que têm mais filhos, as que querem ter mais ainda, as que têm mais idosos a cargo e querem continuar a tê-los junto deles”. As famílias é o tema central dos discursos de Passos e Portas.

    “Não queremos dar às pessoas as oportunidades reduzindo-lhes os benefícios futuros para gastar mais um dinheiro no curto prazo, o que queremos é que os portugueses possam ter acesso a melhores empregos, melhores empresas, melhores rendimentos, e que olhem para o mercado global”

    “Não queremos uma economia protegida nem o estado envolvido nos negócios”.

    “Se somos um país que ambiciona se rum dos mais competitivos e inovadores, então temos de prosseguir a nossa aposta de colocar as pessoas no centro da economia e o investimento no centro do crescimento”. “Isto é uma promessa?”, pergunta Passos, para a seguir responder que se o é, é uma “promessa comprovada”. “Nós já iniciámos este caminho”, disse.

  • O discurso do medo: “O futuro do país depende da escolha nas próximas eleições”

    “Nós sabemos o que queremos, o país sabe o que quer”, Passos diz estar convicto. E continua, lembrando os últimos quatro anos e as legislativas de 2011: “Até aqueles que não tinham votado em nós ficaram preocupados com as consequências que podiam advir para as suas vidas por termos necessidade de requerer um segundo empréstimo. Foram os portugueses que, independentemente das suas opções políticas, olharam para nós e viram que o futuro do país dependia de nós”.

    Agora Passos repete a ideia: “o futuro do país depende da escolha das próximas eleições”. “Quem resolve o passado é quem tem a chave para o futuro. Aqueles que se obstinam em propor ao país aquilo que o país já viveu, estão condenados a repetir os mesmos erros, mas não podem condenar o país a passar pelo mesmo sofrimento e pelo mesmo esforço”. A mensagem tem o PS como único alvo.

  • “E se esta coligação vier a ter, como eu espero que possa ter, o apoio decidido do país teremos mostrado que o que aconteceu a Portugal e que conduziu ao resgate de 2011 não foi um acaso da crise externa nem de qualquer outra epifania, foi a consequência de uma política económica financeira e social que comprometeu o futuro e que estava errada. Os portugueses puderam fazer a sua escolha em 2011, mas é importante que o voltem a fazer em 2015″.

    Passos pede que os portugueses repitam a votação de 2011, que deu vitória ao PSD.

  • O trunfo do conhecido Vs. o medo do desconhecido: "Não estamos aqui com invenções"

    E agora mais uma indireta ao PS: “Não estamos aqui com invenções, os portugueses sabem que aquilo que hoje consta do nosso programa é realizável, não é uma aventura. Nunca trocamos as possibilidades reais de resolver os problemas por uma quimera de votos – não hipotecaremos o futuro dos portugueses para termos no curto prazo um resultado melhor”. O discurso é de apelo ao voto.

  • “Estamos de cara lavada, sabemos que fizemos o que era e foi preciso para hoje podermos agradecer aos portugueses a transformação e as mudanças que já nos permitem hoje sonhar mais alto, mas sobretudo que nos permitem com credibilidade e segurança dizer que os próximos 4 anos serão melhores para Portugal: conquistámos o direito a ter um futuro melhor”, continua Passos.

  • Passos começa a falar

    Segue-se Pedro Passos Coelho. “Hoje é o dia em que mostramos como os quatro anos que temos pela frente podem ser uma boa oportunidade para Portugal. Neste quatro anos, portugueses deram-nos oportunidade de salvar Portugal da bancarrota. Portugueses sabem com clareza quem trouxe a troika e onde está a origem do que passámos”.

  • “Vamos ganhar. Mãos à obra”, diz Portas, terminando o breve discurso.

  • A terminar, Portas sublinha que é importante, ao comparar as propostas da coligação com as do PS, “a moderação” da direita vs. “o radicalismo” do PS. “A proposta do PSD e CDS é moderada e centrada. O PS quer um plafonamento obrigatório [nas pensões] e nós seguimos caminho com escolha voluntária”, explica. Com estas palavras, o líder do CDS critica a proposta socialista do PS que quer reduzir a TSU e com isso reduzir temporariamente as pensões.

  • Portas pede mais quatro anos para apostar no Estado social

    “O maior inimigo do Estado social é o estado falido”, diz Portas, prometendo que “a próxima legislatura será social desde que contenha elementos de confiança e previsibilidade para criar riqueza”. “Viveremos um tempo de desenvolvimento social com o Estado social a chegar a mais portugueses”, explica, destacando a universalidade do médico de família, majoração das pensões das futuras mães, mais liberdade de escolha das famílias na educação.

  • Portas destaca novas promessas da coligação: elevação do coeciente familiar e reposição do 4º e 5º escalões do abono de família. Segundo o líder do CDS, a coligação quer fazer as coisas “etapa por etapa” porque “prometer tudo a todos num instante não é possível”, disse, criticando o PS.

  • Portas começa a falar. Agradece aos portugueses e atira-se ao PS

    “Este é um programa de futuro. (…) Sobre o passado, vou dizer uma única palavra: obrigada”. Portas agradece aos portugueses pelos sacrifícios e pelo facto de evitar que Portugal caisse na bancarrota. Ao PS, diz que “nunca pediu desculpa pelo que fez”, ou seja, ter pedido assistência financeira externa. Aos portugueses, voltou Portas, agradeceu porque “não deixaram que Portugal se transformasse numa nova Grécia”.

  • Paulo Portas é o primeiro a usar da palavra. Sobe ao palco para um discurso de cerca de 20 minutos.

  • A sessão começa com a exibição de um vídeo com os slogans “Somos mais”, “Estamos juntos”, “Conquistamos juntos”, “Podemos mais”.

  • Boa tarde. Começa a sessão de apresentação do programa eleitoral da coligação PSD/CDS no Hotel Myriad em Lisboa. A sala está cheia e na primeira fila sentam-se Passos Coelho, Paulo Portas, Jorge Moreira da Silva, Assunção Esteves, Assunção Cristas, Marco António Costa e outros dirigentes do PSD e membros do Governo.

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