Momentos-chave
Histórico de atualizações
  • Fica por aqui a cobertura em liveblog da investidura de Pedro Sánchez.

    Voltaremos na terça-feira para a segunda votação.

    Sánchez conta com 166 sins para ser investido na terça-feira, 48 horas depois de falhar a primeira tentativa

    Obrigada por nos acompanhar

  • Segunda votação na terça-feira às 12 horas

    A próxima votação, que deverá confirmar a investidura de Pedro Sánchez ficou agendada para as 12 horas de terça-feira, nunca podendo ultrapassar as 12h45 (hora a que terminou a votação deste domingo), para cumprir o limite de 48 horas para repetir a votação.

    O resultado que hoje não foi suficiente para a investidura de Sánchez será suficiente na segunda votação, uma vez que deixa de ser necessária uma absoluta, bastando uma maioria simples. A verificar-se um resultado igual ao de hoje, com a confirmação do voto contra de Ana Oramas, da Coalición Canaria, Sánchez será investido com a diferença de apenas um voto (166 a favor e 165 contra).

  • Sánchez falha investidura ao não alcançar a maioria absoluta, nova tentativa na terça-feira

    Tal como estava previsto, Pedro Sánchez falha a investidura à primeira votação, não conseguindo a maioria absoluta de votos necessária.

    Com 166 votos sim, 165 contra e 18 abstenções, Sánchez falha a investidura deste domingo, depois de dois dias de intenso debate no Congresso dos Deputados. Votaram 349 deputados, faltando o voto de uma deputada do Unidas Podemos (com o qual se contava para chegar aos 167 votos, mas não alterando no entanto o resultado da votação).

    Na votação da próxima terça-feira basta a Sánchez um número de “sim” superior ao de “não”, pelo que com a abstenção da ERC acordada na quinta-feira e reconfirmada no sábado a investidura do líder do PSOE como presidente do governo é praticamente certa.

  • Votação é verbal e a primeira a votar será Mar García Puig do Unidas Podemos

    Sánchez terminou agora a resposta ao PSOE passando-se à votação dentro de dois minutos, que será feita publicamente e verbal. O deputado do PNV, por doença, votará eletronicamente e a primeira deputada a ser chamada — por sorteio — é Mar García Puig.

    Os deputados são chamados por ordem alfabética, pelos apelidos e respondem com “sim”, “não” ou “abstenção”.

  • A última intervenção do debate fica a cargo de Adriana Lastra do PSOE

    Ainda haverá tempo para que Pedro Sánchez responda ao próprio grupo parlamentar antes da votação de hoje, mas para já é Adriana Lastra que toma da palavra — e é interrompida algumas vezes, respondendo que “não são os gritinhos que a assustam”— para dizer que “as direitas não poderão impedir que se forme o governo que os cidadãos votaram”.

    Antes de terminar a sua intervenção, Lastra responde ainda a Gabril Rufián da ERC. Agradece-lhe o “valor e compromisso” e reconhece que “a surpresa e o amor” uniram os dois partidos. “As convicções na grandeza da política porque a política resolve problemas, não os cria”, diz para justificar o acordo conseguido entre o PSOE e a ERC.

  • Do partido Navarra Suma já se conhece o sentido de voto: são contra, vão votar contra dentro de algumas horas.

    O deputado Sergio Sayas diz a Sánchez que devia ter respondido ao EH Bildu, acusando o partido basco de não ser democrático por ainda não ter condenado “tantos anos de sofrimento e terrorismo”.

    Também do Foro Austurias se sabe que será um voto contra a investidura de Pedro Sánchez. E é por aí que começa Isidro Martínez Oblanca que justifica o voto com o artigo 1.º da Constituição espanhola. “Votarei contra a sua investidura porque os seus acordos com Unidas POdemos, ERC, PNV e EH Bildu incumprem o artigo 1 da Constituição”, disse.

    Na resposta aos grupos parlamentares, Sánchez diz que a “direita sofre por não governar” e que esse sofrimento se está a tornar “insuportável”. Ao CUP, o candidato a presidente do governo pede que “condene a violência”.

  • Deputada da CUP crítica o rei de Espanha e o Congresso volta a agitar-se

    Na estreia do partido no Congresso dos Deputados, pela porta-voz Mireia Vehío, o tema central foi o dos Direitos Humanos, falando num “contexto de exceção” que se vive no país.

    “Exceção quando o único golpe de Estado que houve no nosso país foi judicial, que prendeu os nossos representantes políticos”, disse falando de uma “guerra suja” antes de se somar às fortes críticas da deputada do EH Bildu, Mertxe Aizpurua, atacando o rei espanhol. “No dia 3 de outubro o rei fez um discurso autoritário e impróprio de uma democracia”, disse levando novamente a que se gerasse um clima de confusão no congresso.

  • Na intervenção de Mertxe Aizpurua, deputada do EH Bildu, da extrema-esquerda espanhola, colocou em evidência a necessidade de Sánchez recorrer às “esquerdas independentistas” para conseguir formar governo. À semelhança do que acontecerá com a ERC, da Catalunha, o EH Bildu — basco — deverá abster-se na votação.

    A intervenção aqueceu e levou mesmo o PP e o Cuidadanos a invocar o artigo 103 para que a presidente do Congresso dos Deputados chamasse à atenção de Mertxe Aizpurua quando esta citou Arnaldo Otegi (coordenador do Bildu, que foi militante da ETA). Antes e durante quase toda a intervenção de Aizpurua as bancadas da direita foram gritando alguns “viva o rei”, “vergonha”, “assassinos” enquanto faziam barulho com as mesas e cadeiras do Congresso.

    Pablo Iglesias ainda se levantou para apelar à calma dentro do Congresso, fazendo depois uma publicação no Twitter onde defende que “todos os deputados têm direito de falar sem que lhes chamem assassinos ou terroristas”.

    No tempo de resposta, Sánchez disse a Aizpurua que “partilha a visão de que Espanha vive uma crise sistémica”. “Espanha vive uma crise, tal como o projeto europeu que tem de redefinir-se”, disse para depois acrescentar:

    Felizmente em Espanha há uma maioria progressista que quer responder a estes desafios com ideias e valores progressistas e não reacionários como estamos a ver na direita e na extrema-direita”.

  • Debate aquece no início do segundo dia

    Bom dia,

    O debate parlamentar no congresso dos deputados espanhol continua hoje, antes da votação que está prevista mais para o final do dia.

    A manhã ainda é jovem mas já se registaram momentos de alguma tensão no debate, sobretudo depois da intervenção da porta-voz do EH-Bildu, Mertxe Aizpurua, que decidiu falar sobre a dicotomia que diz existir no Estado entre “autoritarismo e democracia” – considerando que o discurso que o rei fez em outubro de 2017 foi um discurso “autoritário” e “repressivo”.

    Das bancadas do PP e do VOX ouviram-se gritos de “assassinos” e “longa vida ao Rei”. E também se ouviu, com fartura, gritos de “vergonha”.

  • Sessão de investidura interrompida por hoje

    A sessão de investidura de Pedro Sánchez foi interrompida já depois das 21h30, mais de 12 horas depois do início.

    A investidura continua amanhã, às 9h (8h em Portugal) e vamos continuar aqui a acompanhar, neste liveblog, as intervenções e a primeira votação.

    Dos grupos parlamentares falta ouvir ainda EH Bildu, o Grupo Mixto e o PSOE. Logo que terminem as intervenções terá lugar a primeira votação para investir Pedro Sánchez, que deverá falhar (uma vez que precisaria de uma maioria maioria absoluta), ficando a segunda votação e a nomeação do presidente do Governo para terça-feira.

  • Sánchez responde ao PNV: "Precisamos de grandes consensos"

    Sánchez responde a Esteban: “Precisamos de grandes consensos”, numa intervenção carregada de elogios ao deputado do PNV que, considera, é testemunho de “um extraordinário parlamentar”.

    “A direita rejeita o diálogo. A ERC disse que pretende ultrapasar a política de bloqueio e a direita continua a falar só para escavar a terra. Não é esse o espírito e apoio que desta coligação progressista”, atirou Sánchez em mais uma crítica à direita.

    “Estamos muito conscientes que temos 155 cadeiras e lei a lei, decisão a decisão vamos ter que dialogar”, notou Sánchez.

  • Aitor Esteban do PNV: "Tudo aponta para que o candidato consiga ultrapassar a investidura com êxito"

    Aitor Esteban, do PNV, que também já anunciou a abstenção na votação de investidura de Pedro Sánchez é o último partido a falar nesta sessão, e subiu à tribuna poucos minutos antes das 21h (20h em Portugal), cerca de 12 horas depois do início dos trabalhos esta manhã.

    “Não vou dizer que é fácil obter uma maioria que seja suficiente para ultrapassar este processo de investidura, mas ainda assim tudo aponta para que o candidato consiga ultrapassar a investidura com êxito”, começou para depois dizer que devem dar-se os parabéns a todos, mesmo “aos que votarão contra” considerando que a pior situação é a de “paralisia no país”.

  • Sánchez pede a Arrimadas que o Ciudadanos “deixe de ser um apêndice da direita e volte a ser centro”.

    “Peço-lhe que reflita sobre qual é o papel que tem de ter o Ciudadanos, com 10 deputados, no Congresso, porque podem fazer muitas coisas”, apelou o líder do PSOE depois de Arrimadas ter insistido, pela segunda vez nos contornos do acordo com a ERC, que ficaram sem “explicação”.

  • Arrimadas diz que Sánchez trata com maior respeito a ERC e a JxCAT que votantes no Ciudadanos

    “Como é possível que não tenha levantado a voz perante todas as humilhações do senhor Rufián ou da senhora Borràs e os tenha tratado com maior respeito que aos votantes no Ciudadanos?”, questionou Arrimadas na última oportunidade de intervir nesta sessão.

    A porta-voz do Ciudadanos acusou ainda Sánchez de ter fugido a todas as questões da intervenção inicial e de não revelar quantos elementos do PSOE apoiam o acordo com a ERC .

    “O problema é o senhor. Não a maioria dos espanhóis que não deram um voto favorável a um governo do Podemos. Espanha vai ficar mais pobre, mais dividida e debilitada nas suas instituições. Mas Espanha é muito mais forte do que o senhor pensa”, disse.

  • Sánchez responde a Arrimadas recordando-lhe os acordos do Ciudadanos com a extrema-direita

    “Não têm nenhum argumento para votar contra a investidura, só desculpas”, respondeu Sánchez depois da intervenção da porta-voz do Ciudadanos tendo desafiado Inés Arrimadas a votar a favor já que, considerou, é “a última oportunidade para serem úteis” recordando os pactos do Ciudadanos com a extrema-direita, firmados nos governos locais.

    “Acredite em mim, nem o Partido Popular nem a extrema-direita desejam para vós algo bom”, atirou ainda Sánchez.

  • Arrimadas: "Sánchez não tem princípios"

    “Ninguém votou em si para cometer esta infâmia”, começa por dizer a porta-voz do Ciudadanos para logo a seguir acrescentar que o objetivo de Sánchez é “defender uma cadeira”, mas que “não se pode ser presidente a todo o custo”.

    E se havia alguém com dúvidas — ainda que dificilmente — Arrimadas esclarece: “Não pode humilhar os constitucionalistas. Votaremos não a Pedro Sánchez”.

  • Sánchez responde à ERC: "A mesa será criada"

    Pedro Sánchez começa por agradecer o “importante acordo que permite desbloquear a situação” e, fugindo à ameça da ERC garante que “a mesa será criada”.

    Sánchez defende que é necessário “recomeçar” para “encontrar um ponto de encontro” na questão da Catalunha que entende como um “fracasso político”.

    A intervenção seguinte caberá a Inés Arrimadas, que falará pela primeira vez no Congresso na condição de porta-voz do Ciudadanos.

  • Rufián: "Bem-vindos ao diálogo, bem-vindos à política, senhor Sánchez"

    Gabriel Rufián frisou que “na política não há dogmas inamovíveis” e que essa era a “boa notícia” do acordo conseguido entre o PSOE, o Podemos e a ERC.

    “Nós nem ao fascismo pedimos que deixe de ser quem é, simplesmente pedimos o mesmo para nós. Quer goste mais ou menos, teremos que dialogar, estamos obrigados a fazer política”, disse Rufián.

    Mas para o PSOE há recados claros: “Dissemos que sentaríamos o governo de Espanha numa mesa de diálogo e foi o que fizemos. Mas temos memória, senhores do PSOE e ninguém esquece que esse monstro foi alimentado por vós”. O “monstro” de que falava Rufián é uma referência ao Vox.

    Mas nem tudo são rosas, ou aliás, poucas rosas terão espinhos neste acordo preso com alfinetes. E Rufián não é de meias palavras: “Se não há mesa não há legislatura. A ERC já o fez uma vez pode repeti-lo”.

  • Oriol Junqueras fala através do porta-voz da ERC

    Oriol Junqueras conseguiu fazer ouvir-se no Congresso de Deputados esta tarde, pela voz de Rufián:

    “Somos republicanos, independentistas e catalães, mas acima de tudo somos democratas e, como tal, nunca favorecemos um governo de extrema direita. Tem que estar sempre disposto a dialogar com todos e sobre todos os assuntos, independentemente de estarmos na prisão. Não o fazer seria trairmo-nos a nós mesmos. Não pedimos a ninguém que deixe de defender o que defende, que não nos peçam também a nós. Dialoguemos”.

  • ERC: "Perante os ataques à democracia, mais democracia"

    Num dos momentos mais esperados da tarde, a intervenção do deputado da ERC Gabriel Rufián, começa com um ataque a Álvarez de Toledo: “Dizem que é um pacto secreto, está no site da ERC. Calma, é óbvio que frequentar colégios privados não faz de ti mais educado”.

    Sobre os casos de Quim Torra e de Junqueras, Rufián diz que é um “golpe de estado”. “Lutaremos e defenderemos, até que não possamos mais, os direitos políticos do presidente Quim Torra e de Oriol Junqueras”, frisou.

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