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  • O resumo do dia

    Terminamos este liveblog por aqui, depois de um dia em que foram sendo conhecidos mais detalhes sobre o ataque conduzido na quarta-feira na cidade de Londres. Obrigado por nos ter acompanhado.

    Deixamos o resumo do dia:

    O Estado Islâmico reivindicou o ataque, através da agência que usam para divulgar a propaganda e notícias do grupo, a Amaq

    O ataque não terá sido organizado pelo Estado Islâmico, mas inspirado pelo grupo. Este é um fenómeno com o qual as autoridades de todo o mundo, sobretudo as europeias, têm sido confrontadas. O atacante de Londres seria um lobo solitário que se radicalizou em prol da ideologia que o Estado Islâmico representa, não fazendo necessariamente parte do grupo.

    Khalid Masood, de 52 anos, foi identificado como autor do atentado

    O atacante nasceu em Kent, no sudeste da Inglaterra, mas estava fixado nas Midlands Ocidentais, região que envolve as cidades de Birmingham, Wolverhampton e Coventry. De acordo com a informação avançada pela BBC já no final da noite de quinta-feira, Khalid Masood terá sido registado com o nome Adrian Elms, quando nasceu na cidade de Dartford, no dia de Natal, em 1964. Atualmente vivia sob diferentes pseudónimos.

    Apesar de ter um passado violento, o suspeito não estava atualmente no radar dos investigadores. De resto, não existia qualquer pista sobre as verdadeiras intenções do Masood. Nada fazia prever que planeasse levar a cabo o ataque de quarta-feira.

    Masood chegou a ser referenciado pelos serviços de informação britânicos como uma figura “periférica” numa investigação sobre terrorismo. Até ao momento, não há mais nenhuma ligação identificada a organizações terroristas.

    De resto, uma fonte não identificada do Governo norte-americano revelou à Reuters que algumas pessoas identificadas como sendo próximas de Khalid Masood tinham intenções de viajar para se juntarem a grupos jihadistas. O autor dos atentados em Londres, no entanto, nunca terá viajado para fora do país com esse objetivo.

    Número de vítimas mortais sobe para quatro

    O ataque em Londres deixou quatro vítimas mortais e 40 feridos, alguns deles em estado muito grave. Entre os mortos, estão um polícia, uma professora e um turista norte-americano, como contava aqui o Observador. No final da noite foi confirmada a quarta vítima mortal, um homem de 75 anos que estava internado e que não conseguiu resistir aos ferimentos. Ainda não são conhecidos mais detalhes sobre a identidade desta vítima.

    Recorde-se que o atacante também morreu durante o ataque, depois de ter sido neutralizado pela polícia.

    Oito suspeitos foram detidos durante raid policial

    Durante o dia de quinta-feira, as autoridades britânicas fizeram um raid policial em várias regiões do Reino Unido, incluindo Birmingham e Londres. Nessa operação detiveram oito suspeitos. De acordo com os investigadores, estes suspeitos estariam a preparar ataques terroristas.

    A polícia divulgou alguns detalhes sobre os oito detidos nesta quinta-feira: uma mulher de 39 anos foi detida em Londres; uma mulher de 21 anos e um homem de 23 anos foram detidos na mesma morada em Birmingham; uma mulher de 26 e quatro homens de 58, 28,27 e 26 anos foram detidos em quatro moradas diferentes também em Birmingham.

    De acordo o mesmo jornal, as autoridades britânicas mantêm a convicção de que o ataque de quarta-feira foi conduzido apenas por uma pessoa, mas estão a avaliar o papel que os detidos podem ter tido neste atentado.

  • Nome de nascimento do atacante será Adrian Elms

    O homem responsável pelo atentado de Londres, identificado como Khalid Masood, foi registado com o nome de Adrian Elms, quando nasceu na cidade de Dartford, no condado de Kent.

    A informação está a ser avançada pela estação de televisão britânica BBC. De acordo com o mesmo canal, Adrian Elms foi condenado em 2003 por um crime de uso e posse de arma branca na cidade inglesa de Eastbourne. A data da condenação corresponde às informações possuídas pela Scotland Yard sobre o histórico criminal do autor do atentado.

    Com Miguel Santos

  • Atualização dos feridos

    A BBC recolheu informações que dão conta da atualização (possível) do estado dos feridos que resultaram do ataque na cidade de Londres.

    • No Hospital King’s College deram entrada oito pessoas, seis homens e duas mulheres. Um homem de 75 anos acabou por morrer esta noite. Duas pessoas tiveram alta, uma está em estado crítico e as outras quatro estão estáveis;
    • No Hospital St Mary’s recebeu também oito feridos, mas não existem informações do seu estado de saúde;
    • No Hospital St. Thomas deram entrada dois feridos. Uma mulher está estável e um homem teve entretanto alta;
    • No Hospital Royal London deu entrada um ferido, mas não foram divulgadas informações sobre o seu estado de saúde.

  • Masood nunca terá demonstrado intenções de sair do país para se juntar grupos jihadistas

    Uma fonte não identificada do Governo norte-americano revelou à Reuters que algumas pessoas identificadas como sendo próximas de Khalid Masood tinham intenções de viajar para se juntarem a grupos jihadistas. O autor dos atentados em Londres, no entanto, nunca terá viajado para fora do país com esse objetivo.

    “Das pessoas com quem ele [Khalid Masood] se costumava relacionar, havia algumas que eram suspeitas de terem interesse em viajar para se juntarem a grupos jihadistas. Mas o atacante nunca manifestou essas intenções”, revelou a mesma fonte.

  • Homem de 75 anos que morreu era um dos feridos internados no Hospital King's College

    O homem de 75 anos que morreu na sequência dos ataques de Londres era um dos feridos que estava internado no Hospital King’s College.

    A informação foi confirmada pelo porta-voz do hospital ao jornal britânico The Guardian. Duas das pessoas que estavam internadas no hospital tiveram alta médica durante esta quinta-feira e outras cinco continuam a ser tratadas naquele hospital.

  • Número de mortos do atentado em Londres sobe para cinco

    O número de vítimas mortais do atentado em Londres subiu para cinco, sendo que o atacante também morreu durante o ataque.

    A informação está a ser avançada pelo The Guardian, que cita a polícia londrina. A quarta vítima mortal é um homem de 75 anos, que não resistiu aos ferimentos e acabou por morrer no hospital.

  • Nada indica que Masood fosse professor

    Khalid Masood, o autor dos atentados em Londres, nunca trabalhou como professor em escolas públicas do Reino Unido.

    Recorde-se que Masood se apresentou como professor quando alugou o carro que utilizou no ataque. No entanto, e de acordo com o Departamento de Educação britânico, citado pela BBC, nada nos registos do atacante — ou das suas várias identidades falsas — indica que Masood fosse professor.

    Ao que tudo indica, escreve a BBC, o Masood indentificava-se como explicador de inglês.

  • Khalid Masood pode não ser o nome de nascimento do autor do ataque em Londres

    De acordo com o porta-voz da Scotland Yard, citado pelo The Guardian, Khalid Masood pode não ser o nome de nascimento do autor do ataque em Londres.

  • MI5 vai abrir inquérito para perceber como escapou Masood dos radares dos investigadores

    A agência de informação interna do Reino Unido, o MI5, vai realizar um inquérito interno para confirmar se poderia ter impedido Khalid Masood.

    A notícia está a ser avançada pelo jornal The Guardian. Recorde-se que Masood foi investigado há alguns anos pelos serviços de informação depois de ter sido referenciado como “figura periférica” numa investigação anti-terrorista. Depoi, desapareceu dos radares do MI5. Os investigadores vão agora proceder ao perfil do atacante, perceber o que fez nos últimos anos, as eventuais ligações a organizações terroristas e apurar o que fez nas semanas que antecederam o ataque. Todos os eventuais cúmplices vão ser identificados e interrogados.

  • Polícia divulga alguns detalhes sobre a identidade dos detidos

    A polícia divulgou alguns detalhes sobre os oito detidos nesta quinta-feira:

    • uma mulher de 39 anos foi detida em Londres;
    • uma mulher de 21 anos e um homem de 23 anos foram detidos na mesma morada em Birmingham;
    • uma mulher de 26 e quatro homens de 58, 28,27 e 26 anos foram detidos em quatro moradas diferentes também em Birmingham.

    Todos indíviduos foram detidos por suspeitos de estarem envolvidos na preparação de atos terroristas. De acordo com a BBC, as autoridades continuam a investigar outras residências espalhadas por Londres.

  • Os oito suspeitos detidos durante raid policial estariam a preparar ataques terroristas

    Os oito suspeitos detidos esta quinta-feira em Birmingham e Londres durante o raid policial estariam a preparar ataques terroristas, de acordo com os investigadores citados pela imprensa inglesa.

    Segundo o The Guardian, sete dos suspeitos foram detidos na região de Birmingham e outro em Londres.

    De acordo o mesmo jornal, as autoridades britânicas mantêm a convicção de que o ataque de quarta-feira foi conduzido apenas por uma pessoas, mas estão a avaliar o papel que os detidos podem ter tido. As operações de busca continuam.

  • Theresa May visitou as vítimas no hospital

    Durante esta tarde, a primeira-ministra britânica visitou um dos hospitais londrinos (não identificado), onde estão algumas das 40 vítimas do atentado em Londres.

    De acordo com porta-voz de Theresa May, citada pela agência Reuters, a primeira-ministra britânica “assinou o livro de condolências e regressou ao Número 10 (residência oficial) depois de uma visita privada ao hospital, onde esteve cerca de 40 minutos a falar com as vítimas e com a equipa clínica para lhes agradecer pelo seu trabalho”.

  • Duas pessoas continuam em estado crítico no hospital

    O hospital King’s College revelou que duas das pessoas que ficaram feridas durante o ataque de Westminster continuam em estado crítico. Outras duas pessoas já receberam alta médica e quatro dos feridos estão estáveis.

  • Boris Johnson: o ataque a Londres "é um ataque ao mundo"

    Boris Johnson, o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, falou aos jornalistas a partir de Nova Iorque e aproveitou para pedir uma “reflexão” sobre a forma como os órgãos de comunicação social transmitem imagens, em tempo real, de ataques como o de Westminster

    Jonhson deixou ainda uma mensagem de conforto às vítimas, lembrando que o ataque a Londres é um ataque a todos os cidadãos que acreditam na liberdade.

    “As pessoas de Londres foram atacadas de forma covarde e desprezível e os nossos pensamentos estão com as vítimas e com as suas famílias. Existem vítimas de 11 nacionalidades, o que mostra que um ataque a Londres é um ataque ao mundo”, afirmou o governante britânico.

  • Turista norte-americano é a terceira vítima mortal do atentado em Londres

    Um turista norte-americano é a terceira vítima mortal identificada do ataque terrorista ocorrido na quarta-feira em Londres, segundo informou a família da vítima num comunicado.

    O norte-americano, identificado como Kurt Cochran, estava a realizar uma viagem pela Europa para assinalar o 25.º aniversário do seu casamento.

    A sua mulher, Melissa, também ficou gravemente ferida no ataque na capital britânica e encontra-se hospitalizada, indicou Clint Payne, irmão de Melissa, citado pela estação pública britânica BBC.

    Lusa

  • Quem era Khalid Masood?

    Khalid Masood, o autor do ataque perpetrado em Londres que vitimou quatro pessoas (incluindo o próprio) e deixou 40 feridos, nasceu em Kent, no sudeste da Inglaterra. Tinha 52 anos.

    De acordo com a informação avançada pela polícia britânica, citada por vários órgãos de comunicação social do Reino Unido, o Masood vivia nas Midlands Ocidentais e usava várias identidades falsas.

    Khalid Masood já estava referenciado pelas autoridades britânicas. Tinha cadastro depois de ter sido condenado algumas vezes por crimes com agressão, posse de armas e perturbação da ordem pública. A primeira condenação foi em 1983 e a última em 2003.

    O atacante não estava atualmente no radar dos serviços secretos britânicos, apesar de já ter sido referenciado, numa investigação anterior, como uma figura “periférica” durante operação anti-terrorista. Não estava a ser investigado ou vigiado pelas autoridades, nem nunca fora condenado por crimes ligados ao terrorismo. De acordo com a informação avançada pela polícia britânica, nada fazia prever que Masood planeava levar a cabo o ataque.

  • Atacante chamava-se Khalid Masood

    A polícia revelou que o atacante se chamava Khalid Masood. Tinha 52 anos e era britânico.

  • O Parlamento Europeu tem hoje as bandeiras a meia haste “em memória das vítimas do atentado terrorista em Londres”.

  • Quem são as vítimas mortais

    • Keith Palmer. Agente da polícia que estava de serviço à entrada do edifício do parlamento. Aos 48 anos, esteve na Polícia Metropolitana durante 15 anos, antes de entrar para um corpo especial que assegurava a proteção diplomática e parlamentar. Foi esfaqueado pelo atacante à entrada do parlamento.
    • Aysha Frade. Britânica, de origens galegas, esta professora de espanhol de 43 anos era casada com um português — de quem herdou o nome. Estava a caminho da escola das duas filhas para as ir buscar quando foi abalroada pelo carro do atacante, na ponte de Westminster.
    • Kurt Cochran. Turista norte-americano, originário do estado do Utah, estava em Londres com a mulher, Melissa, a celebrar os 25 anos de casados e a visitar os sogros. Os dois foram abalroados pelo carro do atacante — Kurt morreu e Melissa ficou ferida, com uma perna e uma costela partidas.

  • O ataque não terá sido organizado pelo Estado Islâmico, mas inspirado pelo grupo, de acordo com os terroristas. O grupo terrorista, que controla várias parcelas de território na Síria e no Iraque, chama a si a responsabilidade de vários ataques por todo o mundo, mas nem todos são da autoria.

    Para além dos ataques com os quais o grupo nada tem a ver, também há vários levados a cabo por pessoas que se radicalizam via redes sociais ou Internet e levam a cabo ataques em prol da ideologia que o Estado Islâmico representa, não fazendo necessariamente parte do grupo. Este terá sido um desses casos, ao contrário daquilo que se passou em Bruxelas e Paris, em que células organizadas levaram a cabo ataques coordenados. Numa tentativa de espalhar o máximo de destruição e medo, o Estado Islâmico opera também via este tipo de ‘lobos solitários’, instando nos sermões dos seus responsáveis e nas mensagens que difunde via Internet para que os crentes levem a cabo ataques da forma que conseguirem.

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