Histórico de atualizações
  • O debate chegou ao fim. Foram 50 minutos de ataques e defesas entre os três candidatos à liderança do PSD, com Rio a ter de se defender mais e Montenegro a assumir o papel de atirador furtivo. Daqui a pouco o Observador publica um resumo e análise do primeiro debate a três. As eleições são a 11 de janeiro.

  • Pinto Luz lembra que PSD não perdeu só câmaras para o PS, mas também para independentes

    Miguel Pinto Luz diz que o PSD não perdeu só câmaras para o PS, perdeu também para “nós próprios”, candidatos que se desvinculam e ficam como independentes. “Temos de parar com essa sangria”, diz. “Eu como líder proponho agregar, somar, e aí esse resultado que o Rui Rio coloca como fasquia quase impossível eu coloco como ambiciosa mas possível”, acrescenta.

  • O debate mantém-se nas eleições locais. Rui Rio concorda que as “autárquicas são mais importantes que as legislativas”, mas avisa que “para ganhar as autárquicas e ter mais uma câmara que o PS, o PSD não pode perder nenhuma e tem de ganhar 32 ao PS”. E acrescenta: “Como se perde sempre algumas, é difícil fazer isso sem ganhar 40 câmaras.”

    Rui Rio diz ainda que “mais importante do que ganhar é, quando não ganhamos a câmara, subir o resultado”.

  • Montenegro diz que já tem candidatos autárquicos na cabeça, mas não diz quais

    Sobre autárquicas. Montenegro diz que nem tudo é culpa de Rio, e no caso das autárquicas o definhamento vem de trás. “Temos de mobilizar os melhores para serem nossos candidatos”, diz, insistindo que tem “na sua cabeça” várias pessoas que possam assumir essas funções, nomeadamente na câmara de Lisboa. Mas não diz quais.

    “Não vou fazer isso agora”, diz, sobre os nomes que tem na cabeça para as principais câmaras do país.

  • Montenegro nega querer grande coligação à direita: "Defendo uma maioria do PSD"

    Pinto Luz acredita que o PSD pode não ter uma travessia no deserto para chegar ao poder: “Sou otimista.” Mas diz que isso só acontecerá com uma “agenda reformista e mobilizadora”. Disse ainda que não quer “o Estado na TAP nem nos transportes”. E destacou a “divergência com Montenegro quer uma coligação de todas as siglas da direita”.

    Luís Montenegro abanou com a cabeça e quando chegou a sua vez explicou: “Não defendo nenhuma coligação dos partidos à direita do PS. Defendo que o PSD deve obter maioria para governar e isso faz-se não hostilizando os que são possíveis parceiros”.

  • Rio: "A minha chegada ao PSD acabou por ajudar a destruir o cimento da geringonça"

    Rui Rio diz que acredita que o Governo terá “condições” para cumprir os quatro anos, mas será “mais difícil” do que foi nos quatro anos anterior. “Acho que a minha chegada ao PSD acabou por ajudar a destruir um bocado o cimento da geringonça”, diz Rio, que acredita que a margem que o PS tem para dar ao BE e PCP já se está a esgotar.

  • "Não quero o Estado na TAP nem nos transportes", diz Pinto Luz

    Montenegro afirma que acredita que o atual governo vai durar quatro anos, e que “no fim do dia há de haver sempre uma solução nesta maioria”, que é composta não só pelo PCP, BE e Verdes, mas também pelo PAN e Livre. E defende baixa do IRC para promover as empresas e, em última análise, promover uma maior arrecadação de receita.

    O sistema fiscal é também abordado por Miguel Pinto Luz, que diz é preciso apostar num sistema público de creches e dar “previsibilidade aos investidores”. “Não quero o Estado na TAP nem nos transportes”, diz ainda.

  • Rui Rio: "O primeiro-ministro disse isso? Não reparei"

    Rui Rio foi questionado sobre como entendeu o facto do primeiro-ministro ter dito no debate quinzenal que vai haver “uma agradável surpresa na saúde”. O líder respondeu: “Não reparei (…) A agradável surpresa é degradar-se mais devagarinho que se tem degradado”.

    O presidente do PSD encaminhou a conversa para o país, onde defendeu que é necessário “inverter o modelo de crescimento económico que o PS tem seguido” e crescer “por via de maior crescimento económico e não de carga fiscal, que tem aumentado”. Rui Rio quer um modelo mais assente em exportações e adverte que o PS tem “a tendência de resvalar para o consumo por influência do PCP e BE”.

    Rui Rio destacou a importância das “políticas de apoio às pequenas e médias empresas”, já que “o PS não pode fazer porque o PCP e BE vêm dizer que estão do lado do grande capital”.

  • Sobre investimento público, Miguel Pinto Luz diz que o Estado social de hoje não dá opções de escolha de qualidade para os portugueses. “Se queremos mobilidade social, temos de pôr os nossos filhos em colégios privados, isto não é o país que o PSD ambicionou”. Pinto Luz quer um novo contrato social.

    Montenegro diz que o PSD tem de ser “a mola” para fazer os portugueses refletir. Critica uma das amarras do PS e da esquerda em relação ao acesso à saúde: “Todos os serviços devem ser prestados pelos equipamentos do Estado, não se investe nos serviços públicos, não se estimula a complementariedade entre o setor social e o privado”. Segundo Montenegro os privados na saúde têm ganho mais dinheiro com um governo de esquerda.

  • Rio diz que precisa de ver Orçamentos do PS para dizer se vota contra. Montenegro interrompe: "Eu não preciso"

    Questionado sobre se aprovaria orçamentos do PS, Rui Rio considera “muito difícil”, mas insiste que tem de “ver o documento para ver se estou de acordo” ou não com ele. Mas destaca que “é difícil colher o apoio do PSD se colhe o do PCP e BE”. E repete: “Eu preciso de ver o documento”. Ao que Montenegro rebate: “Eu não preciso.” E Pinto Luz acrescenta: “Os portugueses precisam”.

    Já Rui Rio insiste que é preciso “fazer reformas com o PS”, já que não se conseguem fazer com o Livre, nem com a Iniciativa Liberal”.

  • "Não temos ilusões, o PS não quer entendimentos connosco". Montenegro quer repetir Cavaco

    Montenegro questiona: “Alguém acredita que os OE do PS vão desdizer o que está no programa do PS?”. “Não temos ilusões, o PS não quer fazer entendimentos estruturais connosco”, diz.

    Para Montenegro só há uma forma de ultrapassar isto: o PSD ganhar eleições e ter maioria, como fez Cavaco Silva.

  • Rio lembra a Montenegro: "Sá Carneiro tentou fazer convergência com PS antes de AD com CDS"

    Rui Rio diz que tem uma “divergência real”, relativamente à referência de Montenegro ao fundador Francisco Sá Carneiro e questionou: “Sá Carneiro antes de fazer a AD, sabe o que tentou fazer?”

    Montenegro não deixou acabar: “Fica-lhe mal, dr. Rui Rio, fica-lhe mal, dr. Rui Rio, fica-lhe mal, dr. Rui Rio.”

    Mas Rui Rio concluiu dizendo que antes de fazer a AD, Sá Carneiro tentou criar a “convergência democrática, que tentou fazer com o PS”, mas como “não conseguiu, fez com o CDS”. O atual líder lembrou ainda que “uma coisa é 1977,78,79. Mas na situação atual, o PSD deve ser oposição construtiva, todos nós”. E acrescentou: “Devemos criticar, devemos denunciar, e concordar. Para concordar é preciso ter grandeza”.

    Rio diz que se o país tem constrangimentos de ordem estrutural, o PSD tem a “obrigação de pugnar para que isso seja feito”. E lembra que, por exemplo, a reforma do sistema político só se faz com o PS.

  • Pinto Luz viabilizaria OE se fosse "bom para o país"

    Sobre orçamentos do Estado, Miguel Pinto Luz diz que admite viabilizar orçamentos que forem bons para o país. Rio diz “muito bem”, “isso mesmo”.

    Mas há um senão: “Eu não acredito que António Costa vá apresentar um bom orçamento do Estado”. Pinto Luz está “diametralmente oposto” à posição de Montenegro sobre a não-viabilização de qualquer orçamento que não seja do PSD.

    Sobre pactos de regime, Pinto Luz diz que em todas as áreas que Rui Rio tem dito estar disponível para reformas o PSD e o PS estão em lados opostos da barricada, pelo que o entendimento será difícil. “O ímpeto reformista tem de ser nosso”, diz.

  • Montenegro puxa a si legado de Sá Carneiro

    Pinto Luz diz que “elevador social parou” e que é por isso que é candidato, para apresentar “esperança” aos portugueses.

    Luís Montenegro lê passagens de um livro de Francisco Sá Carneiro para dizer que é isso que propõe fazer: PSD deve ser alternativa e não deve negociar com o governo do PS. “Comigo não há negociações com o PS nem vou viabilizar nenhum orçamento do PS”, diz, chamando a si as máximas do fundador social-democrata.

  • Montenegro diz que não é da maçonaria, Pinto Luz admite: "Fui membro da maçonaria, mas saí há 10 anos"

    Luís Montenegro lamentou que se Rio tenha entrado, ao falar de maçonaria, na “política que não vale a pena, de insinuação”. O candidato negou pertencer a esse tipo de associações: “Não sou da maçonaria, não pertenço à maçonaria“. E acusa Rio de ser incoerente a fazer “julgamentos com base de notícias de jornal”.

    Para Montenegro Rio não é mais que “o náufrago que se agarra a uma bóia, mas a bóia está furada”. Já Miguel Pinto Luz assume: “Fui membro da maçonaria e isso nunca me condicionou. Saí há 10 anos com a mesma liberdade com que entrei. Desde que tenho cargos públicos, não pertenço à maçonaria”.

  • Rio diz que Montenegro e Pinto Luz são membros da maçonaria

    “Eu já disse que me referia à maçonaria”, diz Rio quando questionado sobre a que “interesses obscuros” se referia. Rio esclarece que se está a referir ao envolvimento dos dois adversários a essa associação secreta. Rio questiona qual é a necessidade de haver sociedades obscuras e secretas depois do 25 de Abril. “Os meus adversários são conhecidos como sendo da maçonaria”, diz, criticando a falta de transparência.

  • Candidatos falam uns por cima dos outros, numa fase mais confusa do debate.

  • Pinto Luz insiste que Rio transformou uma derrota em vitória, “à semelhança do que o PCP faz”, e critica o facto de Rio não ter estado ao lado de Passos Coelho quando o país precisava.

    Rio responde que “praticamente” não fez “críticas ao Governo de Passos Coelho”, apenas tiveram uma divergência. E vira-se contra os adversários: “Qual é a autoridade moral destes dois senhores para me virem criticar?” Rio critica a carta que Pinto Luz enviou nas vésperas do congresso “e que fez chegar a toda a gente”, acusando-o de passar os assuntos internos para os jornais.

  • Rio para Pinto Luz: "Pensei que isto ia ter nível"

    Questionado sobre o que fez para “pacificar o partido”, Rui Rio diz que foi “deixá-los criticar, criticar, criticar”. E questionou Montenegro sobre o facto de ter dito que o PSD assumiu um papel secundário relativamente ao PS: “O que é que isso quer dizer? Que ia perguntar ao PS como votar?”.

    E Pinto Luz respondeu: “Foi isso que o senhor fez.” Já Rui Rio retorquiu: “Pensei que isto ia ter nível”.

    Já Luís Montenegro respondeu com Castro Almeida e Cavaco Silva: “Castro Almeida era seu vice-presidente, saiu por divergências, é crítico? Cavaco Silva veio a público manifestar a preocupação pelo resultado e sectarismo nas escolhas para deputados. É crítico? Para o candidato, o PSD não teve um líder e lembrou que “em 1985, Cavaco teve uma eleição interna muito disputado e a primeira coisa que fez foi convidar António Capucho para líder parlamentar. Mas Rui Rio não teve essa capacidade. Não fez isso“.

  • Pinto Luz responde a Rio: “Eu perdi eleições, nao escondo. Não transformo derrotas em vitórias. Mas o senhor foi quem mais vezes conseguiu resultados históricos muito maus. O que é que vai mudar? Vai continuar a perseguir militantes?”

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