Histórico de atualizações
  • Este liveblogue fica hoje por aqui. Continuaremos a acompanhar a atualidade ligada aos atentados na Bélgica e em França nas próximas horas. Boa noite.

  • A procuradoria federal belga ainda não adiantou mais informações sobre a identidade dos seis detidos, mas pode avançar mais dados esta sexta-feira. Ignora-se por completo se a identidade de alguma destas pessoas corresponde à dos dois presumíveis terroristas que se encontram em fuga — um que terá participado no atentado no aeroporto e um outro alegadamente envolvido nas explosões no metro.

  • 3 detidos "em frente à procuradoria"

    O porta-voz da procuradoria federal, Eric Van Der Sypt, já precisou à imprensa belga que três dos detidos foram interceptados em pleno centro de Bruxelas:

    “Em frente à nossa porta, da procuradoria federal”.

    O mesmo porta-voz referiu ainda que dois outros foram detidos na comuna de Jette e o sexto em Bruxelas.

  • As detenções tiveram lugar nas comunas de Jette e de Shaerbeek, após uma intensa operação policial, que envolveu as forças de intervenção especial e um helicóptero da polícia, como conta o jornal belga Dernière Heure.

  • A informação já foi confirmada pela procuradoria federal belga:

  • Polícia belga prende seis pessoas

    A polícia belga prendeu seis pessoas em Bruxelas na sequência dos ataques terroristas. A notícia está a ser avançada pela agência de notícias Belga.

  • Salah Abdeslam só foi interrogado durante uma hora entre a detenção e os atentados

    Escreve o jornal Politico que Salah Abdeslam só foi interrogado durante cerca de uma hora desde que foi detido até aos atentados de terça-feira passada. O suspeito de ter coordenado os ataques terroristas a Paris em novembro foi detido na sexta-feira da semana passada em Bruxelas. Foi alvejado numa perna, o que obrigou a uma intervenção cirúrgica. Segundo um investigador ouvido pelo Politico, foi pelo facto de Salah estar cansado e em convalescença que o interrogatório não foi maior. Apesar de terem sido encontrados detonadores e outros materiais para fazer explosivos no apartamento onde Abdeslam se encontrava, os investigadores não lhe fizeram qualquer pergunta sobre isso, focando-se apenas nos atentados de Paris.

  • Entretanto, o governo belga decidiu baixar o nível de ameaça terrorista para 3 (numa escala de cinco).

  • Estaria na mente dos terroristas um atentado igual ao de Paris?

    Salah Abdeslam disse à polícia belga que não sabia nem esteve relacionado com os atentados de terça-feira em Bruxelas, mas os investigadores acreditam que o suspeito de ter cometido os ataques de Paris planeava fazer o mesmo na capital da Bélgica. Ao mesmo tempo que os quatro bombistas suicidas se faziam explodir no aeroporto e no metro, outros três homens iam para as ruas de Bruxelas provocar um tiroteio com metralhadoras e caçadeiras. O plano abortou, acreditam as autoridades, porque Salah Abdeslam foi detido e Mohamed Bakaïd, outro potencial envolvido, foi abatido.

    Estas informações foram obtidas pelas televisões belgas VTR e RTBF, que no entanto sublinham que os investigadores apenas suspeitam disto, sem ainda terem certezas absolutas.

  • Portugal-Bélgica com dispositivo de segurança reforçado

    O dispositivo de segurança para o encontro particular de futebol entre Portugal e da Bélgica, que se realiza na terça-feira, em Leiria, vai ser reforçado, por ser um jogo de risco elevado, disse à agência Lusa fonte da PSP.

    O porta-voz da Polícia de Segurança Pública, Hugo Palma, disse à Lusa que o policiamento para o jogo, que foi transferido de Bruxelas para Leiria devido aos atentados da passada terça-feira na capital belga, será reforçado com elementos da Unidade Especial de Polícia, nomeadamente do Corpo de Intervenção e do Grupo Operacional Cinotécnico.

    Sem divulgar o número de agentes destacados, Hugo Palma acrescentou que haverá um controlo prévio reforçado, antes dos acessos ao estádio, pelo que a PSP pede aos espetadores que saiam de casa mais cedo, para não chegarem com atraso ao estádio.

    Lusa

  • Ibrahim El Bakraoui foi enviado da Turquia para a Holanda duas vezes, mas sem indicação de perigo

    E a propósito das acusações da Turquia à Holanda e à Bélgica (que alegadamente terão ignorado informações turcas sobre o perigo que Ibrahim El Bakraoui constituía), algumas informações vão aparecendo. O jornalista Peter Nut, por exemplo, mostra no Twitter uma carta do Ministério dos Negócios Estrangeiros turco para a embaixada da Holanda — na qual não há qualquer referência a potenciais atos terroristas.

    O governo holandês confirmou há pouco que El Barkaoui passou pelo país em julho do ano passado e foi entregue à Bélgica. Mas, segundo a Justiça dos Países Baixos, as autoridades turcas não enviaram qualquer informação sobre ele.

    https://twitter.com/hdevreij/status/713060869370998785

    https://twitter.com/hdevreij/status/713061401355554816

  • Ministro holandês admite analisar se houve falha de comunicação com a Bélgica

    O ministro do Interior holandês assegurou que será analisado se houve algum problema de comunicação com a Bélgica sobre a expulsão da Turquia, no verão passado, de Ibrahim el-Bakraoui, um dos terroristas suicidas dos atentados de Bruxelas.

    “Não o sabemos, neste momento. Vai-se analisar muito pormenorizadamente para ver o que aconteceu”, disse o ministro Ronald Platerk, ao chegar ao conselho extraordinário de ministros do Interior europeus, precisando que esta questão é o tema de uma carta que o Governo holandês vai enviar hoje ao seu parlamento.

    Inquirido sobre como pôde acontecer que os terroristas se passeassem pela Europa sem serem detetados, respondeu: “Vivemos numa sociedade aberta, não num Estado policial. Pode acontecer que as pessoas façam coisas horríveis”.

    Platerk admitiu que, para descobrir pessoas com planos terroristas, é necessário partilhar informação.

    Lusa

  • Aeroporto internacional de Bruxelas-Zaventem encerrado pelo menos até domingo

    O aeroporto internacional de Bruxelas-Zaventem vai permanecer encerrado para voos comerciais pelo menos até domingo, anunciou a sociedade gestora do aeroporto esta quinta-feira.

    Na quarta-feira à tarde, a Brussels Airport tinha informado que o aeroporto internacional de Zaventem, fechado desde terça-feira de manhã após um ataque suicida no terminal de partidas, ia estar encerrado ao tráfego de passageiros pelo menos até sábado.

    Ainda na quarta-feira, a empresa informou que os voos de carga e privados iam ser retomados.

    “Os voos de passageiros de e para o aeroporto de Bruxelas estão suspensos até domingo, 27 de março, inclusive”, escreveu a Brussels Airport na rede social Twitter.

    “Existem muitos danos e não temos acesso ao edifício enquanto a investigação está em curso”, acrescentou a sociedade gestora.

    Ainda no Twitter, a empresa informou que começou a devolver as bagagens dos passageiros que estavam no aeroporto no dia do atentado suicida.

    A Brussels Airport convidou ainda os utentes a entrarem em contacto com as respetivas companhias aéreas, tendo em conta o fim de semana da Páscoa, que marca o início de duas semanas de férias escolares na Bélgica.

    Lusa

  • Entretanto, o canal de televisão francês BFMTV fez um vídeo em 3D para reproduzir o atentado no aeroporto de Bruxelas na última terça-feira. Veja aqui.

  • Khalid era procurado pela Interpol por terrorismo desde dezembro

    O procurador belga anunciou esta quinta-feira que na sequência dos atentados de Paris tinha sido emitido, dia 11 de dezembro de 2015, um mandado de captura internacional contra Khalid El-Bakraoui – o homem que se fez explodir no metro de Bruxelas esta terça-feira.

    De acordo com o jornal belga L’Echo, o nome de Khalid aparece citado no site da Interpol como uma das pessoas referenciadas no quadro do terrorismo, apesar de não aparecer referenciado como pessoa procurada por terrorismo nos registos da polícia federal. Já o nome do irmão, Ibrahim, que terá sido expulso da Turquia no verão passado, não consta dos registos da Interpol.

    Foi entretanto instaurada uma comissão de inquérito para apurar responsabilidades.

  • Seria o projeto inicial a central nuclear?

    O canal público belga avançou esta quinta-feira que os terroristas terão vigiado o diretor da central nuclear de Tihange. O RBTF revela que após a operação policial em Forest, da qual resultaria a detenção de Salah Abdeslam, foram sete os trabalhadores que perderam acesso à central nuclear, um número que subiria para 11 após os ataques de terça-feira em Bruxelas, que mataram 31 e deixaram feridas cerca de 300 pessoas. Na sexta-feira foram também mobilizados militares para a central.

    Dois dos três responsáveis pelos atentados no aeroporto de Bruxelas e na estação de metro Maelbeek eram irmãos: Khalid e Ibrahim el-Bakraoui. Enquanto Ibrahim detonou um dos engenhos explosivos no aeroporto, Khalid foi o responsável pela explosão no metro. O canal público belga informa ainda que na gravação do testamento, Khalid menciona Bakkali Mohamed, um homem que foi detido após os atentados de Paris, em novembro.

    O site noticioso DH informa que os terroristas terão vigiado o diretor do programa de investigação e desenvolvimento nuclear belga, através de uma camera oculta à frente da sua habitação. O que resultou desse vídeo foi resgatado pelos irmãos el-Bakraoui após a detenção de Bakkali Mohamed. As autoridades terão tido acesso ao vídeo, que divulgava também ligações entre eventos e células em França, Bélgica e Síria, e por isso mobilizaram 140 militares para as ruas para assegurar a segurança.

  • Ministros da Justiça e do Interior apresentam demissão - PM recusa

    Os ministros belgas da Justiça, Koen Geens, e do Interior, Jan Jambon, apresentaram pedidos de demissão, que foram no entanto recusados pelo primeiro-ministro, Charles Michel. O Conselho de Ministros da Bélgica está reunido desde manhã para analisar, especificamente o processo relativo a Ibrahim El-Bakraoui, e terá sido no decorrer da reunião que os ministros se ofereceram para deixar as pastas.

    De acordo com o jornal belga L’Echo, o ministro do Interior tomou a decisão na sequência de “alegados erros no dossiê do terrorismo”. Em causa está o facto de a Turquia afirmar que no verão passado deteve Ibrahim El-Bakraoui e, depois de o ter expulsado para a Holanda, informou as autoridades belgas de que se tratava de um “combatente estrangeiro”, informação que terá sido ignorada.

    Também o ministro da Justiça, Koen Geens, apresentou a demissão, mas o pedido voltou a ser negado pelo primeiro-ministro, Charles Michel, que tem reforçado a ideia de que o Governo precisa de estar coeso para ultrapassar o momento difícil.

    Na quarta-feira Geens tinha dito que a Bélgica desconhecia quaisquer ligações de Ibrahim El-Bakraoui ao terrorismo.

  • Boa tarde, vamos acompanhar aqui, como de costume, os principais desenvolvimentos dos dias seguintes aos atentados de Bruxelas que vitimaram pelo menos 31 pessoas e feriram centenas. A polícia continua à procura de dois suspeitos. Entretanto, já há pedidos de demissão de ministros.

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