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  • E é assim que fechamos a nossa noite de Super Tuesday. Recapitulando: nos republicanos vence Trump e nos democratas ganha Clinton. Trump tem agora um adversário direto em Cruz, depois de uma noite da qual Rubio terá alguma dificuldade em recuperar. Já Clinton, terá de contar com a concorrência de Sanders por mais algum tempo, mesmo que o futuro lhe pareça risonho.

    Ficam a faltar os resultados do Alaska (Partido Republicano) e da Samoa Americana (Partido Democrata). Assim que possível, daremos conta desses números no nosso site.

    Aos nossos leitores, obrigado pela companhia. Vamos falando. Boa noite!

  • Republicanos à espera do Alaska para confirmarem noite de sucesso de Trump

    PALM BEACH, FL - MARCH 01:  Republican Presidential frontrunner Donald Trump speaks to the media at his Mar-A-Lago Club on Super Tuesday, March 1, 2016 in Palm Beach, Florida. Trump held a press conference, flanked by New Jersey Governor Chris Christie, after the polls closed in a dozen states nationwide.  (Photo by John Moore/Getty Images)

    John Moore/Getty Images

    Há uns meses seria uma piada, hoje é a mais pura realidade: Donald Trump está cada vez mais perto de ser o nomeado do Partido Republicano para as eleições presidenciais norte-americanas de 8 de novembro de 2016. A ajudar a este facto estão os resultados do Super Tuesday, a noite da qual Trump saiu como o grande vencedor entre os republicanos.

    Donald Trump venceu em sete estados: Alabama, Arkansas, Georgia, Massachusetts, Tennessee, Vermont e Virginia.

    Sobram três. Um deles é o Texas, que caiu nas mãos de Ted Cruz — que também arrecadou o Oklahoma, confirmando-se assim como o homem melhor posicionado para fazer frente a Trump. Houve ainda o Minnesota, onde Marco Rubio conseguiu a sua primeira vitória — um fraco prémio de consolação para um candidato que ainda não conseguiu afirmar-se verdadeiramente como um potencial vencedor destas primárias.

    Falta saber o resultado do Alaska, o remoto Estado cuja personalidade política mais célebre é Sarah Palin — antiga governadora do Alaska, vice de John McCain nas presidenciais de 2008 e, mais recentemente, apoiante confessa de Trump.

    Mesmo que não venha a ganhar o Alaska — e as sondagens sugerem que também ganha lá — Trump sai desta noite com o seu favoritismo renovado e reforçado. A esta hora, conta com 258 delegados, contra 110 de Cruz, 70 de Rubio, 23 de Kasich e 8 de Carson.

  • Democratas. Hillary vence sete estados, Sanders ganha em quatro

    MANCHESTER, NH - SEPTEMBER 19:  Democratic presidential candidate Hillary Clinton raises her arms stands on stage during the New Hampshire Democratic Party Convention at the Verizon Wireless Center on September 19, 2015 in Manchester, New Hampshire.  Challenger for the democratic vote Sen. Bernie Sanders (I-VT) has been gaining ground on Clinton in Iowa and New Hampshire.  (Photo by Scott Eisen/Getty Images)

    Scott Eisen/Getty Images

    Enfim, os resultados do Estados onde os democratas foram a votos estão fechados. O primeiro Estado a ser declarado foi o Vermont (Sanders) e o último foi o Massachusetts (Clinton). A ex-secretária de Estado sai desta noite como a grande vencedora dos democratas — mas ainda não foi desta que Sanders se deu por derrotado.

    Clinton venceu no Texas, Arkansas, Tennessee, Alabama, Georgia, Virginia e Massachusetts.

    Sanders venceu no Colorado, Oklahoma, Minnesotta e Vermont.

    Assim, Hillary conquista sete estados, contra quatro que vão para Sanders.

    Mas há outras contas que são mais importantes nesta noite: o número de delegados. Aqui, o New York Times coloca Hillary Clinton em clara vantagem. Hoje, Clinton arrecadou 417 delegados, somando assim um total de 508 desde que começaram as eleições. E Sanders conseguiu ganhar 230 — o que, feitas as contas, lhe confere um total de 295 delegados.

    Para fechar esta Super Tuesday do lado democrata, falta saber os resultados da Samoa Americana — um território onde os democratas disputam 10 delegados.

    Posto isto, a balança está claramente a favor de Hillary Clinton — e o calendário, tal como a escassez de tempo, jogam contra Sanders. Mas, para já, o senador do Vermont ainda não está arrumado. Hillary terá de contar com a sua oposição já no próximo embate. A data é sábado, 5 de março. Os locais serão o Kansas, o Louisiana e o Nebraska.

  • Democratas. Clinton vence no Massachusetts

    Foi por pouco. Hillary Clinton foi declarada como vencedora do Massachusetts com 50,5% dos votos, ao passo que Bernie Sanders ficou com 48,3%. A certeza e da Associated Press, que esperou até 91% dos votos estarem contados para confirmar o facto.

  • As caras de Clinton e Sanders

    A Associated Press preparou uma infografia onde coloca a cara de Sanders e de Hillary nos estados que cada um ganhou. Assim, com a ajuda do mapa (a uma hora destas é mesmo preciso fazer um desenho), recapitulemos:

    — Hillary: Texas, Alabama, Arkansas, Georgia, Tennessee, Texas e Virginia;

    — Sanders: Colorado, Minnesota, Oklahoma e Vermont.

    Já só falta saber o destino do Massachusetts. A esta hora, com 91% dos votos escrutinados, a contagem continua renhida mas a pender para Clinton, que tem 50,5%. Sanders tem 48,3%.

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  • Democratas. Sanders vence no Minnesota

    Entre os derrotados da noite de Super Tuesday, Bernie Sanders parece ser cada vez mais o que fez melhor figura — uma posição que pode disputar com Ted Cruz, dos republicanos, que conseguiu o enorme estado do Texas. Isto porque Bernie Sanders acaba de ser confirmado como o vencedor de mais um Estado. Desta vez, o Minnesota.

    Com 43% dos votos contados, a Associated Press e a CNN deram a vitória ao socialista, que já conta com 58,7% dos votos. Hillary Clinton ficou-se pelos 41,3%.

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  • Republicanos. Rubio vence o Minnessota

    Já tínhamos dito que era provável e agora confirma-se: Marco Rubi é o vencedor no Minnesota. A confirmação é da Associated Press. Esta será a única razão que Rubio terá para sorrir numa noite que, decididamente, não lhe correu de feição.

    Para já, estão contados 53% dos votos neste Estado que faz fronteira com o Canadá. Os números dizem ainda que Rubio tem 37,3% dos votos, seguindo-se Ted Cruz com 28% e Donald Trump com 21,1%.

    Também aqui há uma novidade: além de ser o único Estado a ser conquistado por Rubio, o Minnesota é o único onde Trump aparece em terceiro. É a primeira vez que tal acontece desde que estas eleições primárias do Partido Republicano começaram.

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  • Ponto de situação. A noite da confirmação de Clinton e de Trump

    Era o que as sondagem previam: a noite de Super Tuesday ia servir para Hillary Clinton e Donald Trump consolidarem as suas lideranças nos respetivos partidos e assim darem um passo considerável em direção à nomeação. Hoje, mais do que nunca, estão os dois mais próximos de disputar as eleições presidenciais de 8 de novembro de 2016.

    Do lado dos republicanos, Trump venceu no Alabama, Arkansas, Georgia, Massachussets, Tennessee, Vermont (embora tenha ficado com os mesmos delegados de Kasich, cinco, venceu-o em pontos percentuais) e Virginia. Até agora, só há três estados que lhe escapam: o Texas e o Oklahoma, que foram para Ted Cruz; e o Minnessota, que deverá ser o prémio de consolação do maior derrotado da noite dos republicanos, o senador da Florida, Marco Rubio.

    Feitas as contas, e até agora, hoje Trump venceu 139 delegados (passando a ter um total de 221); Cruz ganhou 52 (total de 69): Rubio arrecadou 25 (total de 41); Kasich somou 13 (total de 19) e Carson juntou 2 (total de 7).

    Quanto aos democratas, Hillary venceu no Alabama, Arkansas, Georgia, Tennesssee, Texas e Virginia. Ainda não é certo que tenha vencido no Massachussets, mas, com 76% dos votos contados, tem 51% dos votos contra 48% de Bernie Sanders. Quanto ao socialista, estão confirmadas as vitórias no seu Estado, o Vermont, e no Oklahoma. E ainda é possível que venha a vencer noutros dois estados. Um é o Colorado, onde está com 58% contra 41% de Clinton numa altura em que 24% dos votos estão contados. O outro é o Minessota. Para já, estão contados 15% dos votos — e Sanders aparece com 59%, acima dos 41% de Clinton.

    Até agora, Bernie Sanders juntou um número considerável de delegados. Ao todo, ganhou 145 nesta noite, somando assim um total de 210. Mesmo assim, os números são francamente melhores para a sua adversária. Hoje, Hillary Clinton ganhou pelo menos 335 delegados, somando assim um total de 426 — um crescimento exponencial que Sanders terá dificulades em parar.

  • Ted Cruz diz que é o "único candidato que pode vencer Trump" e diz aos outros para desistirem a seu favor

    Até agora, Trump é o grande vencedor da noite de Super Tuesday dos republicanos. Mas também há Ted Cruz, que conseguiu sair por cima no Texas e no Oklahoma. O suficiente para, depois de também ter vencido no Iowa, agora dizer: “Hoje à noite, vimos que a nossa campanha é a única que tem vencido, que consegue vencido e que vai vencer Donald Trump”. Como tal, Cruz fez um apelo aos restantes candidatos republicanos para além de Trump, numa mensagem que, acima de tudo, terá sido dirigida a Rubio: “Enquanto o campo ficar dividido, o caminho de Donald Trump para a nomeação fica mais fácil. E isso seria um desastre para os republicanos, para os conservadores e para a nação”.

    “Aos candidatos que não conseguiram juntar delegados suficientes, eu peço respeitosamente que considerem que nos juntemos. Que nos possamos unir”, disse. A alternativa a isto, garante, será sempre Trump. Algo que deve ser evitado a todo o custo, segundo Cruz: “A América não devia ter um Presidente cujas palavras nos envergonhariam se os nossos filhos as repetissem”.

    De seguida, Cruz alegou que Trump não é uma “verdadeiro conservador”, referindo que ele é a favor da “medicina socializada”, isto é, cuidados de saúde universais. Além disso, acusou Trump de ser a favor do planeamento familiar e contra a segunda emenda da Constituição, que refere “o direito de de ter e empunhar armas”. Por fim, quis distanciar-se de Trump ao não deixar nenhum espaço para dúvidas quanto a Israel (“a América vai ficar, sem qualquer tipo de desculpas, ao lado de Israel”) e o Irão (“eu vou rasgar aquele acordo [nuclear] em pedaços”).

    Por fim, terminou com promessas de menos impostos e regulações e mais vigilância das fronteiras. E, claro, com uma alusão a Ronald Reagan, o Presidente dos EUA entre 1981 e 1989 de quem Cruz tem um retrato no seu escritório em Washington D.C..: “Juntos, vamos acabar com o Obamacare. Vamos abolir o IRS. Vamos acabar com as regulações que estão a matar as nossas empresas. E vamos para amnistia [de imigrantes ilegais] e vamos assegurar as nossas fronteiras. E o resultado vai ser pequenos negócios a explodir, milhões de trabalhos bem pagos, os salários a sabir e os jovens a saírem das universidades com duas, três, quatro, cinco ofertas de emprego. A partir de hoje, deixem-nos mostrar que o amor de Reagan, o otimismo e a fé que ele depositou no povo americano não foram em vão.”

  • Republicanos. Trump vence no Arkansas

    Donald Trump continua a sua demonstração de força rumo à nomeação republicana — nesta Super Terça-Feira só não venceu o “big prize” do Texas (mas recolherá muitos delegados, ainda assim) e o Oklahoma, ambos perdidos para Ted Cruz; o Minnesota também está por um fio, mas poderá cair para o lado de Rubio.

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    As sondagens não erraram por muito e no final de fevereiro já davam Trump como vencedor no Arkansas. Mas não deixa de ser curioso que em abril de 2015 (e nem um ano passou desde então), aquando da primeira sondagem conhecida, o milionário só recolhia 4% das intenções de voto. Em fevereiro eram já 34% os eleitores republicanos do Arkansas que nele votariam se as primárias fossem naquele dia.

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  • Donald Trump critica Clinton, menoriza Rubio e cumprimenta Cruz


    Para o que é costume, Donald Trump até falou de forma relativamente calma quando fez o seu discurso de vitória esta noite. Mas não foi por isso que não mandou algumas farpas. As primeiras, para Hillary Clinton, que, do seu lado, aproveitou o seu discurso para criticar Trump. Agora, a resposta do magnata nova-iorquino: “Eu estive a ver a Hillary Clinton e ela estava a falar de salários, a dizer que tudo é mau, tudo é pobre… Mas ela está lá há tanto tempo! Se ainda não melhorou as coisas, não é agora que vai fazê-lo”.

    “Ela disse que quer tornar a América unida de novo. Eu estou a tentar perceber o que é que isso quer dizer… Eu acho que é melhor tornar a América grande de novo. Gosto mais disso”, disse, referindo-se ao seu slogan de campanha.

    Mais farpas? Claro. Para Rubio, o atual ódio de estimação de Trump: “Sei que foi uma noite muito dura. Ele trabalhou muito, eu sei que ele trabalhou muito. E gastou muito dinheiro. Mas ele é um peso leve”. Mais à frente, voltou à carga: “Estão a declarar o Marco Rubio como o grande perdedor desta noite. O que é verdade. Ele não ganhou nada, ponto. E, já agora, eu acho que [o discurso dele] foi muito mau, nunca vi ninguém a falar numa noite destas e ser mau, mas ele tem de ser mau. Só que não vai ganhar nada”. E ainda fez menção ao caso dos e-mails de Clinton: “Não sei se a vão deixar concorrer [nas presidenciais], o que ela fez foi um crime. Portanto, se ela puder concorrer, eu vou ficar muito surpreendido. E esse vai ser um dia muito, muito triste”.

    E, no mesmo seguimento de ideias, falou da Florida (é de lá que Trump fala, tal como Rubio e Clinton), cujas primárias são a última esperança de Rubio para conseguir marcar uma posição nesta campanha. Mas, em vez de falar de política, falou de negócios. Dos seus, isto é. “Temos muitos empregados na Florida, é um sítio espetacular onde investir.”

    Quanto a Ted Cruz, Trump manteve uma cordialidade que lhe tem sido pouco comum — verdade seja dita, Cruz tem recusado lançar ataques a Trump, pelo menos do género daqueles que Rubio lhe tem feito chegar. “Tenho de dar os parabéns ao Ted, porque eu sei o quão arduamente ele trabalhou no Texas.”

    No final, respondeu a perguntas de jornalistas. Um dos temas foi o muro que pretende erguer entre os EUA e o México — muro esse que, voltou a insistir, deverá ser custeado pelo país vizinho: “O México não vai pagar o muro? É tão certo que eles vão pagar o muro como tu estares aí de pé. Claro que vai pagar, eu sou um homem de negócios, eu sei como é que isto se faz”.

    Ao longo da sua intervenção, Trump contou com a presença de Chris Christie, o governador de New Jersey que também concorreu às primárias republicanas e que entretanto desistiu e declarou o apoio ao magnata nova-iorquino.

  • Republicanos. Cruz vence no Texas

    Entretanto, parece ser já certo que Cruz venceu mesmo no seu Estado, o Texas. Juntando este pergaminho ao do Oklahoma. Para já, a contagem da Super Tuesday está em cinco estados para Trump e dois para Cruz, que parece cada vez mais ser o único candidato capaz de fazer frente a Trump — e, mesmo ele, sem grande vigor.

  • Nem todo o sul é de Hillary. Mas já foi

    No Estado do Oklahoma (o primeiro do sul onde Hillary é derrotada esta Super Terça-Feira por Bernie Sanders) a derrota só começou a desenhar-se no último mês. Sobretudo aí, como uma clara inversão da tendência de voto.

    Em outubro, por exemplo, as sondagem davam a Hillary uma vitória mais ou menos folgada, com 30% das intenções de vota, contra 18,6% de Sanders. Isto quando a corrida não era ainda a dois, mas contava também com O’Malley e Chafee. Mais recentemente, em janeiro, a folga era maior: 41% para Clinton, 15,6% para Sanders.

    A última sondagem, porém, de 28 de fevereiro, dava 42,2% das intenções de voto a Bernie Sander e 41,4% a Hillary Clinton. Pela primeira vez em meses, o socialista do Vermont tomava a dianteira no Oklahoma. E tomou-a até esta noite.

  • Democratas. Bernie Sanders ganha no Oklahoma

    Fica confirmado que o Oklahoma deu a vitória aos candidatos menos bem colocados na campanha. Depois de Cruz nos republicanos, o democrata Bernie Sanders consegue passar por cima de Hillary Clinton naquele Estado.

    Numa altura em que 65% dos votos estavam contados, Sanders reunia 52% e Clinton tinha 40,4% — diferença bastante para a Associated Press declarar o socialista como vencedor naquele Estado.

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    As sondagens já o colocavam à frente, mas não de forma tão expressiva.

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  • Republicanos. Cruz vence no Oklahoma

    Depois do Texas, Cruz vence no Estado vizinho do Oklahoma. A certeza foi dada pela Associated Press e confirma Cruz como o segundo vencedor — ou, entre os derrotados, o que se sai melhor — entre os republicanos.

    Com 51% dos votos contados, Cruz tem 34,2% e Trump segue com 29,8%.

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    O Oklahoma fica aqui como prova de que as sondagens nem sempre são à prova de bala. De acordo com o Huffington Post Pollster, Trump deveria ter 34.7% dos votos no Oklahoma, seguindo-se Rubio com 21,4% e Cruz com 18,6%. Nada mais errado, ficámos agora a saber.

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  • Derrotado, Rubio volta a atirar-se a Trump e já tem os olhos postos na primária da Florida

    “Vamos enviar a mensagem de que o partido de Lincoln e de Reagan e a presidência dos EUA nunca vai ser tomada por um aldrabão”, disse. A mensagem é para o alvo do costume: Donald Trump.

    E, depois, o segundo alvo preferido de Rubio: Barack Obama. “Pela primeira vez na nossa vida, os jovens americanos acreditam que o sonho americano está morto. Não está morto, mas está em perigo. Porque depois de oito anos de Barack Obama, ele desapareceu para milhões. Mas aqui estão as boas notícias: nós não temos de estar nesta estrada.”

    Marco Rubio tem sido algo ridicularizado pela mesmo feito que hoje tornou a repetir: numa noite de derrota (até agora, ainda não ganho nenhum estado), faz um discurso de vitória. “Quando eu for Presidente dos EUA, não vamos só salvar o sonho americano. Vamos expandi-lo para chegar a mais pessoas do que em qualquer outra altura”, disse.

    A verdade é que a vida de Rubio ficou hoje ainda mais complicada. Mas ainda há esperança para: senador da Florida que é, está confiante de que vencerá no seu próprio Estado, que vai a votos a 15 de março. A Florida elege 99 delegados nos republicanos e tem um sistema de tudo ou nada: quem vence, fica com todos. Os outros, saem de mãos a abanar.

    E o que dizem as sondagens? Na verdade, nada que seja animador para Rubio. Trump aparece à frente com 42,1% e Rubio só tem 23,8%.

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  • Hillary Clinton: "O país só próspera quando todos prosperámos, só é forte quando todos o somos"

    Hillary Clinton, tal como Bernie Sanders quando discursou há pouco no Vermont, não começou por discursar sobre a vitória que obteve nos Estados do sul. Hillary começou por deixar uma mensagem, mais ou menos clara, a Donald Trump. É ele (até pelos resultados que já alcançou nesta Super Terça-Feira) o alvo a abater.

    “Por todo país, os democratas votaram para quebrar barreiras, para que todos nos reergamos. Agradeço a todos os que votaram em mim. Mas vamos precisar que todos vocês continuem a apoiar-me, a dizer aos vossos vizinhos, aos vossos amigos, para votarem em mim. A América só próspera quando todos prosperámos, só é forte quando todos o somos. Não queremos tornar a América grandiosa novamente. Ela já o é. O que a América tem de ser é de todos.”, começou por dizer Hillary Cliton, numa alusão clara ao lema de campanha (“Make America Great Again”) de Donald Trump.

    Depois, continuaram as indiretas a Trump, mas sempre com foco naqueles que o milionário vem atacando: as minorias e os imigrantes. “A classe médio precisa de aumentos. A classe média precisa de empregos, de empregos bem pagos, para que as famílias vivam melhor, para que tenham um futuro melhor. As crianças, todas elas, devem ter direito a frequentar boas escolas, a ter professores bons, independentemente de onde venham. Vamos quebrar barreiras. Vamos exigir direitos iguais. Direitos iguais para as mulheres, para os afro-americanos, para os imigrantes que trabalham são explorados, direitos iguais para os LGBT, direitos iguais para todos.”

    E concluiu, Hillary Clinton: “Eu sei que muitos americanos perderam a fé no futuro. Num futuro de oportunidades para os seus filhos, as oportunidades que eles merecem. Mas vamos dar-lhes esse futuro. Juntos.”

  • Arkansas renhido entre republicanos

    Se por um lado o Arkansas ficou facilmente resolvido do lado dos democratas com a vitória previsível de Hillary Clinton, do lado dos republicanos os primeiros votos contados fazem adivinhar uma luta renhida.

    Com menos de 1% dos votos contados, Donald Trump vai à frente, sim, mas por uma unha negra. Trump tem 31,4%, Rubio tem 30,7% e Cruz tem 25,1%. Até agora, é o Estado mais renhido entre os republicanos, com apenas 6,3% a separar o primeiro do terceiro classificado.

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  • Hillary Clinton faz o primeiro discurso da noite

    Hillary Clinton está em Miami, na Florida, e fala agora pela primeira vez nesta noite.

    Começou por felicitar o seu adversário, Bernie Sanders. “Este país pertence a todos nós, não apenas aqueles no topo. Não só daqueles que têm uma certa aparência, uma certa fé ou uma certa maneira de pensar”, disse. Parece evidente que a mensagem é para Trump.

    “Tentar dividir a América entre nós e eles não é maneira certa de fazer as coisas”, disse.

  • Na terra de Bill, Hillary foi (novamente) a primeira-dama

    cantarola o refrão dos Radiohead: No alarms and no surprises.

    A sul, Hillary Clinton venceu, até ver, cinco em cinco. Tal como nos restantes, também no Arkansas (onde Bill Clinton foi governador) as sondagens mais recentes, de fevereiro, davam uma vitória de Hillary sobre Bernie Sanders. Ambas (uma é de dia 2 e outra de dia 14 de fevereiro) com 57% das intenções de voto. Curiosamente, e tal como vem sucedendo desde o início da corrida democrata à Casa Branca, Hillary foi-se tornando, mês após mês, cada vez menos popular — o que é diferente de se dizer que é “impopular”; a verdade é que dificilmente algum candidato poderia manter até final os níveis de popularidade que Hillary Clinton chegou a alcançar.

    Em setembro de 2014, por exemplo, uma sondagem Suffolk/USA Today chegou a dar 71% das intenções de voto a Hillary no Arkansas. Não contra Sanders (que ainda não era candidato na altura), mas contra nomes “presidenciáveis”: Joe Biden, Andrew Cuomo, Elizabeth Warren e Martin O’Malley (o ex-governador do Estado de Maryland foi o único que se chegou à frente com uma candidatura).

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