Histórico de atualizações
  • O homem que se segue

    É certo que são vários os possíveis candidatos à substituição de Theresa May, mas a liderança dos tories — e o cargo de primeiro-ministro — dificilmente escaparão a Boris Johnson. Que diferença fará no Brexit? E como lidará com Nigel Farage? A Cátia Bruno explica que está na hora do “Show Boris”.

    Chegou a vez do “Show Boris”. Fará alguma diferença para o Brexit, depois da saída de May?

    Obrigada por ter acompanhado este liveblog. Boa noite e bom fim-de-semana!

  • Donald Trump: "Sinto-me mal pela Theresa"

    O Presidente dos EUA, Donald Trump — que irá ao Reino Unido daqui a menos de dez dias numa visita de Estado —, comentou perante os jornalistas a demissão da primeira-ministra britânica. “Sinto-me mal pela Theresa, gosto muito dela. É uma boa mulher, trabalhou muito. Ela é muito forte”, declarou o Presidente norte-americano, sublinhando que “alguns esperavam” esta decisão, “outros não”.

    “Gosto muito dela e irei estar com ela daqui a duas semanas”, reforçou.

  • Maioria dos britânicos quer eleições antecipadas

    A sondagem é da Sky News e é clara: dois terços dos inquiridos (65%) acha que o Reino Unido está crise e a maioria (54%) acha que o país devia ir a eleições antecipadas depois de o novo primeiro-ministro tomar posse. 36% está contra e há ainda 11% de indecisos a registar.

  • Brexit sem acordo? Está mais provável, diz Goldman Sachs

    Entretanto, após o anúncio de demissão de May, o Goldman Sachs aumentou a sua probabilidade de um Brexit sem acordo de 10% para 15%, de acordo com a Sky News. A isto não será alheio o facto de que o candidato mais destacado na corrida à sucessão é Boris Johnson, um conhecido Brexiteer.

  • As dores de cabeça do sucessor de May

    Theresa May está de saída, os conservadores arranjam um novo líder e tudo está bem quando acaba bem? Não exatamente.

    O próximo primeiro-ministro continuará a ter de lidar com a dor de cabeça do Brexit, como relembra o correspondente de política da Sky News Jon Craig. Que desafios terá o sucessor de May enfrentar?

    • A matemática no parlamento continua a ser complicada. Há posições para todos os gostos (pró-hard Brexit, pró-união aduaneira, pró-referendo, pró-modelo Noruega, anti-Brexit, anti-união aduaneira, anti-hard Brexit…) e encontrar uma solução que reúna o apoio de uma maioria continua a ser complicado, seja quem for o primeiro-ministro.
    • Bruxelas não está disposta a ceder. Renegociar o acordo disponível parece praticamente impossível, portanto a não ser que o sucessor de May defenda uma saída sem acordo, parece difícil perceber como pode ser conseguida uma solução melhor.
    • O governo está completamente dividido. Os ministros dividem-se: alguns como Amber Rudd e Phillip Hammond são contra um hard Brexit, outros como Penny Mordaunt ou Liam Fox são entusiastas dessa possibilidade.

  • Graham Brady, o 11º candidato possível à sucessão? Pelo menos 10 são fortes candidatos

    O Observador fez uma pequena coletânea com os 10 candidatos mais prováveis à liderança dos conservadores, que pode ver aqui. Já há três confirmados (Boris Johnso, Jeremy Hunt e Esther McVey), o antigo e o atual detentor da pasta dos Negócios Estrangeiros, mas há muito mais candidatos prováveis que se podem apresentar na corrida.

    E eis que surge agora o rumor de que pode haver um 11.º: o presidente do Comité 1922 (grupo parlamentar dos conservadores), Graham Brady, que se reuniu com May ainda hoje para a pressionar demitir-se. Trata-se de Graham Brady, que anunciou à Press Association que se irá demitir no cargo por ter sido abordado por muitos colegas que lhe pediram que se candidatasse: “Decidi demitir-me do cargo de presidente do Comité 1922 para garantir um processo de eleição justo e transparente”, justificou.

    Significa que está a considerar concorrer? Em breve saberemos

    O filho do motorista, um fluente em japonês e vários antigos ministros. Quem pode ser o sucessor de May?

  • Jeremy Hunt anuncia candidatura à liderança dos tories

    Jeremy Hunt, atual ministro dos Negócios Estrangeiros de May, acaba de anunciar a sua candidatura à liderança dos conservadores.

    A notícia foi dada ao jornal local do seu círculo eleitoral, o Franham Herald. “Faz sentido que seja o meu círculo eleitoral o primeiro a saber”, anunciou num evento político. De seguida gravou um vídeo onde presta homenagem a May, destacando a sua “coragem e determinação”.

  • Boris Johnson: a 31 de outubro, "o Reino Unido vai sair da UE, com ou sem acordo"

    O homem que é visto como mais provável sucessor de Theresa May na liderança do partido conservador (e do governo em Downing Street), Boris Johnson, já fez alguns comentários sucintos à saída de Theresa May.

    Citado pela agência Bloomberg, Boris Johnson disse defender uma abordagem “pragmática” ao Brexit, sendo certo que é preciso o país se “preparar” para a eventualidade de uma saída sem acordo.

    “Não queremos uma saída sem acordo, mas a única forma de termos um bom acordo é prepararmo-nos para uma saída sem acordo”, afirmou.

    Boris Johnson não parece ter dúvidas de que, a 31 de outubro “o Reino Unido vai sair da UE, com ou sem acordo“.

    Reação dos mercados a estas palavras? A libra acentuou as quedas da manhã, no mercado cambial.

  • Kremlin descreve mandato de May como "período muito complicado"

    O Kremlin descreveu hoje o mandato de Theresa May como “um período muito complicado” para as relações entre o Reino Unido e a Rússia, indicando “acompanhar com atenção” a situação após o anúncio da demissão da primeira-ministra britânica.

    Infelizmente, não me lembro de qualquer contribuição para o desenvolvimento das relações bilaterais entre a Rússia e o Reino Unido. É mais o oposto, o mandato da primeira-ministra May constitui um período muito complicado do nosso relacionamento”, referiu o porta-voz do Kremlin, Dmitri Peskov, à imprensa.

    Peskov escusou-se a comentar o anúncio da demissão de May e salientou ainda que a Rússia está a acompanhar “com grande atenção todos os processos relacionados com o ‘Brexit’, que afetam não apenas o Reino Unido, mas também a situação na União Europeia”.

  • "Se o Reino Unido quiser repensar a sua decisão de sair, Portugal ficará muito contente"

    À entrada para o tradicional almoço na Cervejaria Trindade, que marca as últimas horas da campanha socialista para as eleições europeias, o Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva reagiu à demissão da Primeira-Ministra britânica, Theresa May.

    Para Santos Silva, a saída de May significa “uma crise política no Reino Unido, mas todos sabemos que eles têm os mecanismos necessários para as soluções rápidas das crises e portanto esperemos que haja um novo governo e sobretudo que as autoridades britânicas possam ser mais claras de forma a que a aprovação do acordo negociado entre a União Europeia e o Reino Unido possa fazer-se”, diz o responsável pela diplomacia portuguesa.

    O Ministro dos Negócios Estrangeiros considera que a existência de um novo prazo para resolver a questão do Brexit, “significou da parte da União Europeia a manifestação de uma disponibilidade que é a atitude que nos tem caracterizado”, lamentando apenas que continue a faltar “uma decisão dos britânicos”.

    Augusto Santos Silva aproveitou para recordar que Portugal tem sido “dos países europeus que mais se empenharam que o acordo fosse feito de forma a garantir os interesses europeus e britânicos” e também dos países “que mais se batem para que a relação futura entre a União Europeia e o Reino Unido seja a mais próxima possível”, acrescentando que “como todos temos dito — o Presidente da República, o Primeiro-Ministro e eu próprio –, se o Reino Unido quiser repensar a sua decisão de sair, Portugal ficará muito contente”, conclui.

  • Espanha antecipa período de dificuldades e saída dura após demissão de May

    A porta-voz do Governo espanhol, Isabel Celaá, qualificou hoje como uma “má notícia” a demissão da primeira-ministra britânica, Theresa May, porque esta decisão “antecipa um período de dificuldades” e um “‘brexit’ duro” (sem acordo).

    “O ‘brexit’ duro parece nesta circunstância uma realidade quase impossível de travar”, disse Isabel Celaá na conferência de imprensa após o Conselho de Ministros espanhol.

    A porta-voz disse que a renúncia é uma “má notícia” para aqueles “que desejam uma retirada ordenada do Reino Unido da União Europeia (UE)”.

    Isabel Celaá deixou claro que o Governo espanhol preparou todas as “medidas de contingência” que são de sua responsabilidade para “garantir a melhor situação” dos cidadãos e das empresas espanholas com interesses no Reino Unido.

    “Podemos esperar um novo líder conservador duro (…) diante de tempos difíceis”, acrescentou.

    O ex-ministro dos Negócios Estrangeiros, Boris Johnson, favorável ao ‘brexit’, está entre os favoritos para a substituição de Theresa May.

    “As dificuldades que estamos a enfrentar como resultado dessa saída desordenada (do Reino Unido) são um exemplo claro do que pode acontecer se nos deixarmos levar pelo extremismo”, disse Isabel Celaá.

    “Temos de enfrentar esta situação, reforçando a União, uma União Europeia forte graças a acordos e consensos e não uma União limitada pelo extremismo, egoísmo, nacionalismo”, prosseguiu a porta-voz do Governo socialista espanhol.

    Agência Lusa

  • Mais uma reação de Jeremy Corbyn, o líder trabalhista

    O líder do partido trabalhista já tinha reagido através do Twitter, pedindo eleições gerais o mais rapidamente possível, mas houve já uma segunda reação em entrevista à BBC.

    Jeremy Corbyn diz que compreende a “pressão” sob a qual Theresa May estava, mas lamenta não se rever no discurso de despedida de May e no retrato que fez do país.

    Corbyn antevê que um novo líder dos conservadores “não vai resolver o problema” que se estava a criar na negociação inter-partidária (cujo fracasso levou à desistência dos trabalhistas, precipitando a saída de May). Por isso, Corbyn repete que a única solução é convocar novas eleições.

    E será que a saída da May leva o Labour a olhar com melhores olhos para a realização de um segundo referendo? “Penso que o tempo de falar sobre isso será quando pudermos perceber qual seria a direção das alternativas que iriam ser colocadas, num sentido ou no outro”.

  • Nuno Melo: "Demissão ajuda a perceber o que está em jogo nestas eleições"

    O cabeça de lista do CDS-PP às europeias considerou hoje que a demissão da primeira-ministra britânica, Theresa May, e o Brexit são sinais “dos tempos” muito preocupantes e do que há a fazer na União Europeia (UE).

    “O Brexit é um sinal muito nítido de um momento muito preocupante”, afirmou Nuno Melo, em Penafiel, distrito do Porto, minutos depois de ser conhecida a demissão de May, em Londres, à margem da primeira ação de campanha eleitoral para as eleições europeias de domingo.

    Sem comentar a situação interna no Reino Unido, o eurodeputado preferiu analisar a saída da primeira-ministra no contexto europeu e enquadrar o Brexit no quadro das eleições para o Parlamento Europeu, que se realizam no domingo em Portugal.

    “Essa demissão neste dia mostra e ajuda a perceber tudo aquilo que está em jogo nestas eleições europeias”, disse, pelo impacto e “confusão” que o Brexit terá, com um “impacto muito incerto quer para os britânicos quer, seguramente, para a UE.

    E lembrou que o Reino Unido é um mercado com 70 milhões de consumidores, um aliado na Europa, “potência que ajudou à vitória das democracias”, alertando para os extremismos que é preciso combater no continente europeu através do voto nestas eleições.

    “Quem valoriza quem somos, quem aposta neste espaço comum, que é de partilha de livre circulação de bens, pessoas, capitais, de oportunidades, de fim de fronteiras, tem mesmo que votar e é por isso que eu também digo quem quer combater o extremismo não se pode abster, porque os extremismos estarão todos nas urnas”, disse.

    Agência Lusa

  • “A história de Theresa May é a história de políticos que tentaram levar a cabo as mentiras que disseram aos seus cidadãos”, diz Rui Tavares

    O cabeça de lista do Livre às eleições europeias, Rui Tavares, afirmou hoje que o pedido de demissão da primeira-ministra britânica evidencia a “tragédia do Brexit”, considerando “impossível de obter” a saída do Reino Unido da União Europeia (UE).

    “A história de Theresa May é a história de políticos que tentaram levar a cabo as mentiras que disseram aos seus cidadãos”, disse Rui Tavares, à margem da greve climática estudantil, que decorreu hoje em Lisboa.

    Rui Tavares considerou que “é a tragédia do ‘Brexit’” e que se tornou um projeto “impossível de obter”.

    “O Livre alertou para ela [a impossibilidade de o Reino Unido sair da UE] e houve partidos, alguns deles à esquerda, que nas suas convenções disseram que Portugal devia fazer um referendo igual. Que não se devia chorar uma lágrima pelo fim da União Europeia”, recordou, concluindo que esses mesmos partidos hoje estão a ver “quem chora lágrimas por um projeto em que foram vendidas mentiras aos cidadãos britânicos”.

    Rui Tavares sublinhou também que “qualquer partido que se meta a tentar concretizar um ‘Brexit’ de acordo com critérios que em 2016 foram falsamente vendidos aos britânicos” estaria a tentar consumar algo que “é evidentemente mentira”.

    Na opinião do primeiro candidato do Livre, o exemplo do Reino Unido deve servir de exemplo aos eurocéticos portugueses: “A saída do euro seria um erro trágico para Portugal.”

    Agência Lusa

  • Até meados de julho, irá haver um novo líder dos conservadores

    O presidente do partido conservador, Brandon Lewis, é um dos autores de um comunicado emitido pelo partido onde se explica sucintamente como vai ser o processo de escolha de um sucessor para May.

    O calendário para a escolha de um novo líder começa com a indicação de nomes a partir da semana que começa a 10 de junho. Depois, há “rondas sucessivas de votação” no comité central do partido (o Committee 1922), até que seja escolhida uma lista final de candidatos a apresentar a todos os membros do partido”.

    “Antecipamos que este processo seja concluído até ao final de junho, permitindo que sejam feitas pequenas reuniões por todo o Reino Unido, para que os membros possam conhecer e questionar os candidatos, para depois poder votar a tempo de o resultado ser anunciado antes de o parlamento entrar no período de verão”. O que significa, portanto, que em meados de julho irá haver um novo líder.

  • Negociador-chefe da UE manifesta "respeito pleno" por May

    Num tweet sintético, o francês Michel Barnier, líder da negociação do Brexit, pelo lado europeu, manifestou o “respeito pleno” por Theresa May e pela sua “determinação” no processo de trabalhar para uma saída ordeira do Reino Unido da União Europeia.

  • David Cameron reage: "Sei quão doloroso é aceitar que o seu tempo acabou"

    O antecessor de Theresa May, David Cameron, elogia o discurso de Theresa May e diz saber “quão doloroso é aceitar que o seu tempo terminou”.

    Theresa May teve um discurso “forte e corajoso”, defende David Cameron, através de uma publicação no Twitter. Cameron diz que May tem razão ao dizer que o compromisso não é uma palavra suja — à primeira-ministra demissionária é devido um “agradecimento pelos esforços incansáveis que fez pelo país”.

    “Sei quão doloroso é aceitar que o seu tempo acabou e que é necessário um novo líder”, assinala David Cameron, fazendo votos para que “o espírito do compromisso se mantenha”.

  • Evening Standard lamenta que May não tenha governado como falou hoje

    O editorial do jornal liderado pelo antigo ministro das Finanças de David Cameron (George Osborne) lamenta, em editorial, que May não tenha governado o mesmo tom com que hoje se despediu do cargo.

    “O seu discurso desta manhã mostrou o que podia ter sido uma forma alternativa de ser primeira-ministra: com humanidade, com compreensão do que é o Reino Unido moderno, com respeito pelo que foi conseguido pelos seus antecessores, e com retidão sobre o compromisso que é preciso fazer para seguirmos em frente enquanto país”.

  • A reação cautelosa de Emmanuel Macron, o presidente francês

    O Presidente francês, Emmanuel Macron, saudou hoje o “trabalho corajoso” da primeira-ministra britânica, Theresa May, e pediu também uma “rápida clarificação” sobre o ‘Brexit’, após o anúncio da demissão da chefe de Governo britânica, indicou a Presidência francesa.

    “É muito cedo para especular sobre as consequências desta decisão”, disse Emmanuel Macron.

    “Os princípios da União Europeia (UE) continuarão a ser aplicados, incluindo a prioridade para preservar o bom funcionamento da UE, que necessita de uma rápida clarificação” sobre o ‘Brexit’, acrescentou o chefe de Estado, citado num comunicado da Presidência.

    Agência Lusa

  • Juncker lamenta demissão de May e compromete-se a trabalhar com sucessor

    O presidente da Comissão Europeia acompanhou hoje “sem alegria pessoal” o anúncio de demissão de Theresa May e comprometeu-se a estabelecer uma relação de trabalho com o novo primeiro-ministro, “seja ele quem for”.

    “O presidente Juncker acompanhou o anúncio da primeira-ministra May sem alegria pessoal. O presidente Juncker gostava da primeira-ministra May e apreciava trabalhar com ela. Como vincou outras vezes, Theresa May é uma mulher de coragem por quem tem muito respeito”, disse a porta-voz do executivo comunitário, Mina Andreeva, numa declaração em nome de Jean-Claude Juncker.

    Na mesma nota, lida pela porta-voz da Comissão Europeia na conferência de imprensa diária da instituição em Bruxelas, o político luxemburguês compromete-se igualmente “a respeitar e a estabelecer relações de trabalho com o novo primeiro-ministro, seja ele quem for, sem parar as suas conversações com a primeira-ministra May”.

    Mina Andreeva esclareceu ainda que a demissão da líder do Governo britânico não altera a indisponibilidade do executivo comunitário para renegociar o Acordo de Saída do Reino Unido da União Europeia (UE), firmado entre Bruxelas e Londres em novembro passado e já ratificado pelo Conselho Europeu.

    Agência Lusa

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