Histórico de atualizações
  • Cedências, insistências e omissões

    Neste artigo do João Almeida Dias pode recapitular tudo o que esteve em causa na discussão do Brexit e os resultados da sessão no parlamento britânico:

    O plano B de May tem poucos avanços, algumas cedências e uma omissão

    Obrigado por ter acompanhado este liveblog.

  • Discussão do Brexit termina sem soluções nem conclusões

    E assim termina a sessão sobre o Brexit, com Theresa May a discursar e a responder aos deputados durante duas horas e meia — mas sem que, nesse tempo, fossem produzidos avanços significativos no imbróglio em que se tornou o Brexit.

  • A maior parte dos deputados já saíram da Câmara dos Comuns, permanecendo apenas Theresa May, Jeremy Corbyn e alguns resistentes, dos quais uma parte significativa são deputados do SNP.

  • O que Theresa May rejeita, omite e aceita

    Theresa May já fala (e responde a perguntas de deputados) há quase duas horas. Durante este tempo, Theresa May tem sido clara nalgumas questões (nega um segundo referendo, rejeita cancelar o Artigo 50, não quer ir a eleições antecipadas), omissa noutras (não refere se vai pedir à UE uma extensão do Artigo 50 ou se avança para uma saída sem acordo) e concede apenas em dois assuntos. O primeiro é a garantia de que vai tentar rever o backstop entre as duas Irlandas — algo que não é certo que Bruxelas aceita, tal como o parlamento; o segundo é a abolição da taxa de 65 libras que estava prevista os cidadãos da UE pagarem caso quisessem continuar a viver no Reino Unido.

  • Rees-Mogg sugere saída sem pagamento à UE

    “Quando for a Bruxelas, vai levar consigo uma cópia do relatório Câmara dos Lordes de março de 2017, que diz que se sairmos sem um acordo não lhes [UE] devemos nenhum dinheiro, dando-lhes mais vontade para falar?”, perguntou Jacob Rees-Mogg, deputado do conservador e um dos mais destacados parlamentares pró-Brexit. O deputado do Partido Conservador refere-se aos 39 mil milhões de libras que o Reino Unido terá de pagar à UE para sair.

    Theresa May respondeu-lhe que as coisas não são bem assim. Referindo-se a uma apreciação do procurador-geral na semana passada e também a um esclarecimento da Câmara dos Lodres, disse: “Eles próprios reconheceram que talvez haja obrigações sob outros aspetos da lei internacional e seu conselho é que existiria a obrigação de pagar no caso de uma saída sem acordo. E eu acredito que devemos ser um país que respeita as suas obrigações legais”.

  • Críticas a May estendem-se ao próprio partido: "Mais uma semana a empurrar os problemas com a barriga"

    Anna Soubry, uma das deputadas do Partido Conservador que mais defende a permanência do Reino Unido na UE, foi até agora a voz mais crítica para a primeira-ministra a partir do seu próprio partido.

    “Desculpe, mas isto não é suficiente Este processo está a fazer do nosso país uma anedota. As pessoas deste país estão preocupadas e as empresas não têm as certezas de que precisam para poderem crescer”, disse. ”

    “Em dezembro a primeira-ministra, perante a possibilidade de ver o seu acordo ser chumbado, atrasou a votação e disse que ia à UE resolver o backstop. Nós esperámos e nada mudou. A semana passada foi uma derrota histórica. Primeira-ministra, esta câmara já se expressou: rejeitou esmagadoramente o acordo da primeira-ministra. E aqui estamos com mais uma semana a empurrar os problemas com a barriga. E a verdade é que nada mudou”, disse a deputada conservadora.

  • Ex-ministro para o Brexit pede a May que não cancele nem estenda o Artigo 50

    Dominic Raab, ex-ministro de Theresa May para o Brexit, que saiu em desacordo perante o acordo encontrado com Bruxelas, instou agora a primeira-ministra a afastar qualquer alteração ao andamento do Artigo 50, trate-se de cancelamento ou de suspensão.

    “Posso instá-la a não só garantir que não revoga o artigo 50, mas também garantir que não vai estendê-lo, já que isso cria insegurança às empresas? Assim pode dar ao público a garantia de que vamos sair a 29 de março como nos comprometemos”, disse o ex-ministro e atual deputado.

    Theresa May não respondeu diretamente, dizendo apenas: “O que estou a fazer é tentar encontrar um acordo com esta câmara para que possamos sair a 29 de março”. Ou seja, Theresa May não afastou de forma clara uma extensão do Artigo 50.

  • "Se está a falar a sério, porque é que não dá voz ao parlamento antes de acabarmos as negociações do Artigo 50?"

    Yvette Cooper, deputada do Partido Trabalhista, critica governo por não colocar a hipótese de o acordo do governo britânico não voltar a ser votado na sua totalidade.

    Yvette Cooper: “A primeira-ministra fala com o se tivesse perdido por 30 votos e não 230. Agora, diz que quer dar uma voz ao parlamento na declaração política no futuro da parceira com a UE. Mas, sinceramente, nós não já tínhamos ouvido isto tudo antes. Se está a falar a sério, porque é que não dá voz ao parlamento antes de acabarmos as negociações do Artigo 50 e não depois? Por que não dar ao parlamento a possibilidade de votar as suas linhas vermelhas, incluindo a pertença ao mercado único? caso contrário, como é que podemos acreditar numa única palavra?”.

  • Oposição pouco convencida com concessões de Theresa May

    A oposição não parece estar encantada com as concessões de Theresa May, pondo até em causa que haja concessões de todo. Jeremy Corbyn (Partido Trabalhista) e Ian Blackford (SNP) mantiveram os pontos anteriores. O primeiro quer uma garantia de que não há saída sem acordo. O segundo insiste numa suspensão do Artigo 50, um novo referendo e acena com a saída da Escócia do Reino Unido. Os soundbites de um e de outro são iguais aos da semana passada — e às anteriores, também. Por isso, parece claro: os dois maiores partidos da oposição não estão convencidos com o plano B de Theresa May.

  • Corbyn pede fim de "conversações de fachada", May pede-lhe: "Podemos ter apenas uma conversação, então?"

    “Acabe com as conversações de fachada. O parlamento vai debater e decidir. E desta vez espero que o governo oiça”, terminou Jeremy Corbyn.

    Theresa May respondeu aludindo ao facto de Corbyn não ter aceitado sentar-se à mas com May. “Ele diz que temos de acabar com as conversações de fachada, mas será que podemos ter apenas suma conversação, então? Ele diz muito sobre o que se disse nas conversações, mas ele não tem como saber, porque ele não apareceu”, atirou a primeira-ministra ao líder da oposição.

  • Corbyn insiste novamente em compromisso de não haver saída sem acordo

    “A primeira coisa que tem de fazer é reconhecer que a clara maioria desta câmara é contra sair sem um acordo e por isso deve garantir que não há saída sem acordo”, reforçou Jeremy Corbyn, insistindo numa das suas linhas vermelhas. E disse que, no caso de uma saída sem acordo, seria criada uma fronteira entre as duas Irlandas — o que violaria o Acordo de Belfast.

  • Jeremy Corbyn responde a Theresa May: "Não mudou absolutamente nada"

    Já fala Jeremy Corbyn. Tal como já o tinha feito na semana passada, insiste que Theresa May está “em negação”. “O atual acordo é impossível de cumprir”, disse. “Quais são as linhas vermelhas que está disposta a mudar?”, questionou. E depois disse que o que foi hoje apresentado é uma “manobra de relações públicas” e que “não mudou absolutamente nada”.

  • Novamente... não há novo referendo

    Theresa May torna a negar novo referendo. “Não me parece que haja uma maioria nesta câmara para que sigamos esse caminho”, disse.

  • Cidadãos da UE que queiram continuar no Reino Unido já não terão de pagar 73 euros

    Theresa May anuncia a abolição do pagamento de 65 libras (73,60€) para todos os cidadãos da UE que trabalham e vivem legalmente no Reino Unido para assim continuarem. Este era uma exigência da parte de diferentes setores do parlamento.

  • Theresa May anuncia criação de comités de diálogo entre governo e partidos

    Theresa May anuncia a criação de comités de diálogo do governo com outros partidos, para ser desenhada política comum e consensual para o Brexit:

    “Vamos procurar o input de várias vozes de fora do governo. Isso tem de incluir a garantia de que o parlamento tem uma palavra e envolvimento nestas decisões. É responsabilidade governar, mas também é da minha responsabilidade ouvir as preocupações legítimas de colegas, desde aqueles que votaram para sair àqueles que votaram para ficar, para formar o nosso mandado de negociações para a nossa parceria de futuro com a UE.”

  • Theresa May admite rever o backstop

    Theresa May reforça o seu compromisso com a não formação de uma fronteira entre as duas Irlandas, mas admite mudanças no backstop, muito criticado pelos unionistas da Irlanda do Norte, do DUP. “Vou falar esta semana com os colegas, incluindo do DUP, para entender como é que podemos cumprir as nossas obrigações com o povo da Irlanda do Norte e da Irlanda, de forma a ter o maior apoio do parlamento. E depois vou levar essas conclusões à UE”, disse.

  • May mantém a sua linha, para já

    Theresa May ainda não anunciou nenhuma nova medida nem nenhuma concessão da sua parte. Para já, tem sublinhado os pontos previamente defendidos e atacado Jeremy Corbyn por não ter ido a negociações com Theresa May.

  • May volta a afastar cancelamento do Artigo 50 e novo referendo

    “A melhor maneira de afastar uma saída sem acordo é se esta câmara aprovar um acordo de saída da UE. A outra maneira é revogar o Artigo 50, o que significa fiar na UE. Há outros que pensam que devemos ter mais tempo, por isso devemos estender o Artigo 50 para dar mais tempo ao parlamento para discutir como devemos sair e como deve ser o acordo. Isto não é afastar uma saída sem acordo, mas simplesmente adiar o ponto de decisão”, disse Theresa May.

    Theresa May disse depois de que é contra “revogar” o artigo 50 por não respeitar o referendo e o seu resultado. Também afastou a possibilidade de um segundo referendo. “O nosso trabalho é implementar o trabalho do primeiro”, disse.

  • May arranca gargalhadas irónicas

    Theresa May diz que o governo “mudou de postura” quanto ao Brexit e disse que não houve “pré-condições” para se sentar à mesa com os outros partidos. Esta declaração mereceu gargalhadas da bancada trabalhista. Irónicas, claro.

  • Theresa May começa a falar

    A primeira-ministra começou a falar. Dentro de momentos, detalhará o plano B para o Brexit.

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