Momentos-chave
- Tusk: "É difícil ver o que mais podemos fazer"
- Proposta de acordo de May chumbada
- Apenas 20 deputados decidiram mudar de ideias e apoiar May
- Corbyn: Governo "está a tentar enganar a sua própria bancada"
- May afirma que UE pode impor segundo referendo em caso de pedido de extensão
- May: "Se este acordo não for aprovado, o Brexit pode estar perdido"
- Fontes do DUP garantem que partido vai votar contra o acordo
- Avaliação de procurador-geral a melhorias no acordo deixa May em maus lençóis
Histórico de atualizações
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E assim nos despedimos por hoje.
Amanhã o Observador continuará a acompanhar os desenvolvimentos na Câmara dos Comuns, com a votação sobre a possibilidade de um no deal (ou hard Brexit, saída à bruta ou Brexit sem acordo, como preferir chamar-lhe).
Obrigada por ter estado connosco!
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May lutou pelo acordo até a voz lhe doer
Para compreender um pouco em que pé fica o Brexit depois do dia de hoje, pode ler o nosso Especial, onde se explica que May lutou por este acordo até a voz lhe doer, mas que pode bem terminar sem voz. A possibilidade de uma saída sem acordo é mais forte do que nunca e as formas de evitar tal cenário são, no mínimo, criativas. A 17 dias da data marcada para o Brexit, só podia sê-lo.
Theresa May lutou até a voz lhe doer. Não convenceu e arrisca-se a um “no deal”
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PM espanhol: deputados britânicos "não conseguiram chegar a um consenso básico"
O primeiro-ministro espanhol, Pedro Sánchez, também já reagiu a esta votação nos Comuns. Num artigo de opinião publicado no El País, Sánchez afirmou que os deputados britânicos “nem ratificaram o acordo de saída, nem conseguiram chegar a um consenso básico sobre as possibilidades existentes: uma saída sem acordo ou permanecer na UE”. Contudo, reforçou que Espanha estará preparada para todos os cenários, “com ou sem acordo”.
A reação do líder espanhol é particularmente relevante por causa de Gibraltar: na península vivem cerca de 30 mil pessoas, na maioria cidadãos britânicos, mas muitos espanhóis atravessam diariamente a fronteira para ir trabalhar neste território britânico ao largo de Espanha.
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Primeiro-ministro holandês: "espero uma justificação credível e convincente"
O primeiro-ministro da Holanda, Mark Rutte, já reagiu, afirmando que é necessária “uma justificação credível e convincente” para qualquer extensão do Artigo 50.
A solução tem de vir de Londres”, disse Rutte. “Se o Reino Unido apresentar um pedido fundamentado para a extensão, espero uma justificação credível e convincente. A Europa dos 27 vai considerar o pedido e decidir por unanimidade. O bom funcionamento das instituições da União Europeia tem de ser assegurado.”
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Andrea Leadsom continua na Câmara a responder aos pedidos de clarificação dos deputados — “iremos votar a que horas na quinta-feira?”, “se for pedida uma extensão será de quanto tempo?”, etc. —, mas mantém o suspense. Limita-se a dizer que a votação de amanhã será sobre o no deal e, se não for aprovado, haverá nova votação na quinta-feira.
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75 conservadores votaram contra o acordo
Já tínhamos reparado que o acesso ao site da Câmara dos Comuns que discrimina os resultados das votações estava em baixo. O Guardian confirmou isso mesmo, mas conseguiu apanhar um resumo da divisão dos votos por partido. Aqui fica ela:
A favor do acordo
Conservadores: 235
Trabalhistas: 3
Independentes: 4Contra o acordo
Trabalhistas: 238
Conservadores: 75
SNP: 35
Independentes: 17
Lib Dems: 11
DUP: 10
Plaid Cymru: 4
Verdes: 1 -
Já foi entregue uma emenda à moção de saída sem acordo
O presidente da Câmara anunciou entretanto que já recebeu uma proposta de emenda à moção que será votada amanhã, sobre a possibilidade de saída do Reino Unido da UE sem acordo.
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Calendário para os próximos dias sairá a conta-gotas
Andrea Leadsom, a representante do Governo nos Comuns, anuncia agora o calendário para os próximos dias:
- Quarta-feira (13 de março) começará com uma declaração de um membro de Governo, seguido de debate e votação sobre a possibilidade de uma saída sem acordo
- Quinta-feira (14 de março) há debate de uma moção sobre o tratamento de doenças raras
O calendário deixa alguns membros perplexos, já que quinta-feira continua um dia marcado como antes, que apenas será alterado na sequência da votação de amanhã, se for o caso.
Bercow pede para Leadsom esclarecer: isso significa que, se houver alterações, amanhã fará uma clarificação sobre o dia seguinte? A ministra garante que sim. E acrescenta que não haverá alterações de horários: “A moção será apresentada da forma habitual”, garantiu.
“Se uma saída sem acordo for aprovada, isso tornar-se-á a política do Governo. Se for chumbada, será votada a possibilidade de uma extensão do Artigo 50 no dia seguinte”, resume.
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Barnier: "As nossas preparações para um cenário de no deal são agora mais importantes do que nunca"
Também Michel Barnier, negociador-principal da UE, já reagiu à votação. E deixou um aviso: “As nossas preparações para um cenário de no deal são agora mais importantes do que nunca.”
The EU has done everything it can to help get the Withdrawal Agreement over the line. The impasse can only be solved in the #UK. Our “no-deal” preparations are now more important than ever before.
— Michel Barnier (@MichelBarnier) March 12, 2019
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Tusk: "É difícil ver o que mais podemos fazer"
Entretanto, já há reações de Bruxelas: “Lamentamos o resultado da votação desta noite e estamos desiludidos porque o Governo britânico não conseguiu uma maioria em torno do Acordo de Saída acordado entre as duas partes em novembro”, afirmou um porta-voz de Donald Tusk, presidente do Conselho Europeu.
“Do lado da UE, fizemos tudo o que era possível para conseguir um acordo. Tendo em conta as garantias extra que demos em dezembro, em janeiro e ontem, é difícil ver o que mais podemos fazer.” O porta-voz remata: “Uma solução para o impasse só pode vir de Londres.”
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Margem de 149 votos de diferença
A margem de derrota (149 votos) é, apesar de tudo, menor do que a registada em janeiro (230). No entanto, mais uma vez o resultado é uma derrota para May.
This is the moment MPs rejected Theresa May's Brexit deal by 149 votes https://t.co/EoQuh5vMKo pic.twitter.com/0h26lHA8Q5
— ITV News (@itvnews) March 12, 2019
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Corbyn: "A primeira-ministra tentou apressar o relógio e o relógio ficou sem tempo para ela. Talvez seja altura de irmos a eleições"
“Um no deal tem de ser retirado de cima da mesa”, diz Jeremy Corbyn, líder do Partido Trabalhista, depois de ter reforçado que a votação desta noite mostra que o acordo de May estava “morto”.
Também afirma que irá tentar reunir apoio sobre a sua proposta. E acrescenta: “A primeira-ministra tentou apressar o relógio e o relógio ficou sem tempo para ela. Talvez seja altura de irmos a eleições.”
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May anuncia liberdade de voto para os membros do Governo na questão de amanhã do "no deal"
Theresa May anuncia que continua a acreditar “que o melhor para o Reino Unido é sair de forma ordenada, com um acordo”.
Contudo, tendo em conta a situação, anuncia que irá respeitar o que já tinha prometido e que se mantém o calendário proposto: votação na quarta-feira sobre saída sem acordo e, em caso de chumbo, votação de adiamento na quinta-feira.
Sobre a votação de amanhã, May anuncia que não dará nenhuma orientação de voto — o que significa que os membros do Governo podem votar como bem entenderem sobre a possibilidade de sair sem acordo.
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Proposta de acordo de May chumbada
Câmara dos Comuns chumba acordo: 391 votam contra, 242 a favor.
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Tem agora início a votação sobre a proposta de acordo do Governo de Theresa May com a União Europeia para uma saída ordenada a 29 de março.
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Barclay: "É tempo de escolhermos, apoiarmos esta medida e fazermos o país andar"
“O aconselhamento jurídico serve para informar uma decisão política, que é o que temos de fazer hoje”, declara o ministro para o Brexit.
“É tempo de escolhermos, apoiarmos esta medida e fazermos o país andar”, remate.
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Barclay, ministro para o Brexit: "Não creio que a UE queira entrar de má-fé neste acordo"
Tem agora a palavra Stephen Barclay (ministro para o Brexit), no discurso final antes da votação.
“Esta noite o Governo apresenta um pacote de medidas que extingue o risco de no deal“, afirma. “Os receios de ficarmos presos no backstop têm sido repetidamente ditos nestes debates. Não creio que a UE queira entrar de má-fé neste acordo.”
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Últimos discursos antes da votação
Theresa May já está de novo na Câmara para a votação.
Tem agora a palavra Keir Starmer, ministro-sombra para o Brexit do Labour: “É agora óbvio que as expectativas não se concretizaram”, diz, relativamente às alterações ao backstop.
A votação do acordo será daqui a cerca de 15 minutos.
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"A meia hora da votação, ainda não sei o que vou votar", diz deputado
Steve Double, deputado conservador que é a favor do Brexit, acabou de fazer uma revelação na Câmara que provocou muitos comentários: “A meia hora da votação, ainda não sei o que vou votar.” É um bom exemplo do estado de confusão em que os Comuns estão mergulhados neste momento.
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Apenas 20 deputados decidiram mudar de ideias e apoiar May
O Telegraph coloca neste momento o número de deputados que mudaram de ideias e que irão afinal apoiar May apenas em 20.
Espera-nos, por isso, uma mais do que provável derrota do acordo esta noite, ao que tudo indica.