Momentos-chave
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  • João Ferreira: "O voto que é a derrota de projetos antidemocráticos e de confronto com a Constituição"

    No último discurso nesta campanha eleitoral João Ferreira aproveitou para reforçar que só o voto na sua candidatura garante a “derrota de projetos antidemocráticos e de confronto com a Constituição”.

    Diz o candidato que o voto não se esgotará no próximo domingo e que é “um ponto de apoio numa luta que vai continuar por uma vida melhor” garantindo que “ficará a lutar pelos direitos de todos, todos os dias”.

    Na condição de Presidente da República, João Ferreira promete afetos. “[Um Presidente] Não faltará com o afeto, mas também a palavra firme e intervenção assente num compromisso inabalável com os que sofrem”, disse perante uma sala praticamente vazia, com mais de duas mil pessoas a assistir online à transmissão da sessão.

    No cinema São Jorge, em Lisboa, a candidatura de João Ferreira contou ainda com a música de Celina da Piedade e Sebastião Antunes, em mais um reforço da atenção que é necessária para a área da cultura.

  • "O voto não se faz com uma máquina de calcular, faz-se com convicção", apela Marisa

    O último comício de Marisa Matias já começou e a candidata apoiada pelo Bloco de Esquerda agradece a campanha “extraordinária” e que “está a dar sinais de esperança”. Mesmo no arranque do discurso, Marisa chama a intérprete de língua gestual ao palco para ensinar todos a dizerem “Vermelho em Belém”.

    “Toda a gente já percebeu que esta campanha virou, o voto decide-se no domingo. Se toda a esquerda for votar conseguimos. A solidariedade vence o medo, o ódio e o insulto”, insiste, dizendo que “nada está decidido”. “Prometi que ia enfrentar o medo e assim o fiz, prometi dar voz às pessoas, fiz e continuarei a fazer. Eu acredito no horizonte de esperança que não deixa ninguém para trás”, afirmou.

    A saúde, o emprego, a igualdade, as alterações climáticas foram algumas das “lutas” que Marisa trouxe para a campanha e que recorda na hora do fim.

    “O voto não se faz com uma máquina de calcular, faz-se com convicção”, atira a candidata, agradecendo a todos os que estiveram presentes na campanha e os que ajudaram nas lutas, mas garantindo que no dia a seguir às eleições promete continuar o caminho.

    No domingo, Marisa espera que se use “a arma que é a caneta”, com a certeza de que a “igualdade vai reconhecer preconceito e medo” e apela a uma “geração que tem pressa de mudar de vida, de ter os direitos respeitados”. A candidata quer vermelho em Belém, mas enaltece que “todas as cores contam”, um “arco-íris com todas as cores”.

  • Marcelo usa a pandemia no apelo final ao voto para evitar segunda volta

    Candidato e PR quer continuar em Belém e quer sabê-lo já no domingo. Marcelo apelou a um voto que não deixe nada para a 2ª volta porque é preciso concentrar “vontades” na luta contra a pandemia.

    Marcelo usa a pandemia no apelo final ao voto para evitar segunda volta

  • Mayan, o otimista, espera "vendaval liberal" contra "o socialismo, o extremismo e o populismo"

    Num comício online que esgotou e deixou apoiantes na fila do “stream”, Mayan voltou a vincar diferenças para Marcelo, Ventura e a esquerda. Diz ser alternativa a “socialismo, extremismo e populismo”.

    Mayan, o otimista, espera “vendaval liberal” contra “o socialismo, o extremismo e o populismo”

  • Ventura: "Meus amigos, habituem-se: nunca nos vamos calar"

    André Ventura já discursa. “Fomos os únicos com coragem e força para nos afirmarmos sem medo. Fomos os únicos capazes de colocar esta campanha na tónica que interessava: nos portugueses de bem.”

    No último comício da campanha, num hotel em Lisboa com cerca de 50 pessoas, o líder e candidato do Chega insiste na defesa da maioria de bem contra aqueles que nada fazem.

    “Não temos medo das palavras. A verdade tem de ser dita porque é a verdade que honra os portugueses de bem. Queremos representar aqueles que há décadas sustenta este estado de coisas.”

    “Serei o último a ser vacinado em Portugal. Porque um líder político não se deixa vacinar enquanto há idosos a morrer em Portugal”, continua.

    “Os socialistas nunca souberam governar sem dinheiro”

    “Os socialistas nunca souberam governar sem dinheiro”, continua André Ventura.

    O líder e candidato do Chega sugere depois que António Costa está desesperado pelo dinheiro da Europa e preparado para abandonar o país.

    “Digam-me uma crise que tenha sido superada pelos socialistas. Mário Soares esteve lá, António Guterres esteve lá, o ‘engenheiro’ esteve lá e agora é António Costa”, critica.

    Daí, Ventura partiu para o ataque. “São uns cobardes que impediram que a saúde [pública se articulasse com o privado] e fugiram agora quando viram que o político está a colapsar”, diz. “É o paraíso socialista no seu melhor e não cumprir.”

    “Estamos irritados e chateados”

    O líder e candidato do Chega queixa-se de ser constantemente atacado pelos seus adversários, fazendo referência ao debate com Marisa Matias e às palavras de Ana Gomes numa iniciativa de campanha num canil.

    Ventura defende, por isso, que as palavras que usa para se dirigir aos seus adversários são perfeitamente legítimas. “Meus amigos, habituem-se: nunca nos vamos calar”.

    “Estamos irritados e chateados. Esta campanha vil contra nós que no domingo terá de ter uma resposta”, pede.

    Marcelo é uma “vergonha” de Presidente

    André Ventura fala depois do episódio de Setúbal, lembra que todos os seus adversários, à exceção de Marcelo Rebelo de Sousa, condenaram o sucedido.

    “Marcelo voltou a esconder-se num momento em que um adversário era agredido numa rua de Portugal. Vergonha de Presidente.”

    “Tentaram amedrontar-nos, mas a nós ninguém nos mete medo. A minha dádiva e a minha força estão com os portugueses de bem”, continua.

    “Já ninguém vai na conversa manhosa da extrema-esquerda”

    O líder e candidato do Chega volta a falar dos seus objetivos eleitorais para a noite de domingo, com uma ligeira nuance: apesar de dizer que quer forçar uma segunda volta, Ventura acrescenta que já conquistou uma vitória porque acredita que vai ter mais votos que Marisa Matias e João Ferreira. “Teremos uma grande e retumbante vitória. Já ninguém vai na conversa manhosa da extrema-esquerda.”

    “Acabou o tempo de sermos fofinhos. Vejam o que aconteceu ao PSD e ao CDS, a destruir-se passo a passo quando só o Chega cresce em Portugal.”

  • Portugueses no Botsuana têm de votar a mais de 300 quilómetros na África do Sul

    Os portugueses residentes no Botsuana vão ter de viajar mais de 300 quilómetros em plena pandemia de Covid-19 para votar no serviço consular de Joanesburgo, na África do Sul, nas eleições do Presidente da República neste fim de semana.

    Portugal não dispõe de representação diplomática permanente no Botsuana, sendo os assuntos relacionados com este país acompanhados pela embaixada de Portugal em Pretória e pelo consulado-geral em Joanesburgo, disse à Lusa uma fonte consular.

    Cerca de 24.943 portugueses recensearam-se no consulado-geral de Joanesburgo e 1.650 no consulado honorário em Durban, litoral do país, para a eleição do Presidente da República em 23 e 24 de janeiro, adiantou.

    Nesta eleição na África do Sul, os recenseados podem votar em quatro dos seis serviços consulares no país, nomeadamente em Pretória, Joanesburgo, Durban e Cidade do Cabo.

    Dados de novembro de 2020, indicam que cerca de 125 mil portugueses têm registo consular na África do Sul, 13 mil em Durban e cerca de 20 mil na Cidade do Cabo, segundo fonte consular.

  • Líder da extrema-direita italiana Salvini envia vídeo de apoio a Ventura

    O presidente da Liga, partido da extrema-direita italiana, divulgou esta sexta-feira um vídeo de apoio ao seu homólogo do Chega e candidato presidencial, André Ventura, no último de 13 dias de campanha eleitoral.

    Matteo Salvini, ex-vice-primeiro-ministro e também antigo ministro do Interior, justificou o facto de não poder ter estado presente no jantar/comício da passada sexta-feira, em Viseu, quando o líder do Chega comemorou o 38.º aniversário, com a crise de governação que se vive em Itália.

    “Esperamos mandar para casa a esquerda, que está a fazer apenas o mal, em Itália e na Europa”, declarou o político italiano, com quem Ventura já se reuniu em Roma, no outono.

    “Da Liga, de milhões de italianos, boa sorte a André Ventura, ao povo do Chega, a Portugal, para que escolha bem o próximo Presidente, em nome da honestidade, mudança, família, segurança, trabalho e futuro”, concluiu Salvini.

  • Governo admite problemas para formar mesas de voto em 15 concelhos

    O Governo admitiu esta sexta-feira, a dois dias das presidenciais, que ainda há dificuldades a formar mesas de voto em 15 concelhos, efeito da pandemia de Covid-19, mas garantiu que todas irão funcionar no domingo.

    Em declarações à TSF, o secretário de Estado Adjunto e da Administração Interna, Antero Luís, confirmou as dificuldades na formação das mesas de voto em 15 municípios, que não identificou, seja devido a testes positivos ou seja devido ao confinamento profilático.

    O Ministério da Administração Interna está a trabalhar para tentar resolver o problema, recorrendo à “bolsa de eleitores”, e Antero Luís afirmou que no domingo “não haverá mesas de voto que não abram por falta” de pessoas.

    “Em último recurso haverá uma solução. Quero assegurar que as mesas estarão abertas [no domingo] e terão responsáveis”, afirmou ainda.

  • Televisões com emissões especiais em eleições marcadas pela pandemia

    As três televisões generalistas RTP, SIC e TVI vão ter emissões especiais para a cobertura das eleições presidenciais.

    Em comunicado, a RTP adianta que a emissão dedicada às presidenciais “tem início às 18:00, na RTP3, e a partir das 18:45 entramos num simultâneo RTP1 e RTP3 até ao final da noite”, refere a estação pública. “Às 20:00 iremos revelar a sondagem da Universidade Católica com as primeiras projeções de resultados da noite eleitoral em Portugal”, adianta. A emissão conta com os comentadores da RTP Pedro Adão e Silva, Pedro Norton, João Soares e Miguel Poiares Maduro

    Na SIC Notícias, a noite eleitoral terá início às 19:30, “dada a particularidade destas eleições ocorrerem durante uma pandemia”. Em estúdio vão estar Luís Marques Mendes, José Miguel Júdice e Francisco Louçã, disse fonte oficial da SIC, adiantando que o humorista Ricardo Araújo Pereira também “participará na noite eleitoral, enquanto prepara com a sua equipa o ‘Isto é Gozar Com Quem Trabalha’ da segunda-feira seguinte”. A estação também vai apresentar uma sondagem à boca das urnas.

    Também na TVI a cobertura das eleições “ganha destaque”, através “de uma grande operação de informação, com as equipas TVI no terreno e com comentários em estúdio”. No comentário político, “a TVI terá Paulo Portas, Miguel Sousa Tavares, Manuela Ferreira Leite, Fernando Medina e Rui Moreira”, adianta.

  • Pedro Nuno Santos não deixa Ana Gomes "sozinha"

    O Ministro das Infraestruturas e dirigente do PS, Pedro Nuno Santos, encerrou a campanha de Ana Gomes com um agradecimento pelo facto dos socialistas terem um candidato em quem votar nestas presidenciais.

    [Ouça aqui a reportagem da Rádio Observador]

    Pedro Nuno Santos não deixa Ana Gomes “sozinha”

  • Ameaças à democracia e liberdade? João Ferreira responde que são como "o bicho" que só entra na já madeira podre

    Naquilo que mais se assemelhou a um comício desde o início do período oficial de campanha, em pelo Rossio em Lisboa, o candidato presidencial diz que o voto na sua candidatura é “determinante para defender a liberdade e a democracia”.

    “Falamos de futuro e para o futuro. Queremos construir o futuro à medida dos sonhos e projetos. Não esquecemos as ameaças que pesam sobre o presente, democracia, liberdade e direitos”, diz João Ferreira frisando que essas ameaças são “como o bicho que só entra na madeira já podre”.

    E para combater esse “bicho”, João Ferreira apontou o voto na sua candidatura.

    Antes, tinha subido ao pequeno palco improvisado no Rossio, para cerca de duas centenas de pessoas, o secretário-geral do PCP Jerónimo de Sousa para elogiar a campanha feita por João Ferreira que, considera, “já fez mais que a sua parte”.

    “Na ligação aos trabalhadores, reformados, das artes, da cultura, pequenos e médio empresários, aos que estão preocupados com o seu futuro, uma palavra de iniciativa por um Portugal melhor, mais justo onde o progresso social seja uma realidade”, afirmou Jerónimo de Sousa.

    Sobre o facto de João Ferreira ter centrado a campanha no texto da Constituição, Jerónimo diz que “o problema é que outros falaram pouco daquilo que consubstancia o ato mais avançado da história contemporânea de Portugal que foi o 25 de Abril de 1974”.

  • Presidente do CDS votará "convictamente em Marcelo". E apela aos militantes e simpatizantes que o façam

    “No domingo votarei convictamente em Marcelo Rebelo de Sousa”. A frase é do líder do CDS, Francisco Rodrigues dos Santos, que explica num texto partilhado na sua conta pessoal de Facebook o motivo da sua decisão de voto.

    Marcelo, diz Francisco Rodrigues dos Santos, é “o candidato da direita social, que se reconhece nos valores da Doutrina Social da Igreja” e “o único candidato que coloca o interesse nacional acima de qualquer interesse partidário”.

    É um homem dos afetos, próximo dos portugueses, em especial dos que sofrem. E é um defensor do humanismo cristão no qual o CDS se revê”, escreveu Francisco Rodrigues dos Santos.

    O líder do CDS aponta ainda os motivos de não poder apoiar outras candidaturas, como a de André Ventura, apoiada pelo Chega, e de Tiago Mayan Gonçalves, apoiada pela Iniciativa Liberal.

    Sobre Ventura e o Chega, que o antigo membro da sua direção centrista Abel Matos Santos apoia, escreveu uma referência implícita mas evidente: “Não me revejo em candidatos que dividem o país, colocam portugueses contra portugueses”. Já sobre Mayan Gonçalves, de cuja candidatura o centrista Michael Seufert é mandatário, escreveu não se rever “em candidatos que, dizendo-se do nosso espaço político, não partilham dos mesmos valores de defesa do Estado social, da damília e da vida – em temas tão importantes como a eutanásia e o aborto”.

    A publicação termina assim: “Enquanto Presidente do CDS PP, e ao lado de todos os ex-Presidentes do partido, apelo a todos os militantes e simpatizante, para que no domingo vão às urnas votar em Marcelo Rebelo de Sousa, contribuindo para a formação da maioria presidencial e resolvendo esta eleição à primeira volta”.

  • A viagem de Marcelo pelo seu próprio espólio em Celorico de Basto

    Antes do discurso, Marcelo conduziu a comitiva de jornalistas pela Biblioteca Municipal com o seu nome e foi mostrando alguns elementos do seu espólio pessoal, como os seus caderno do liceu, por exemplo.

  • A viagem de Marcelo pelo seu próprio espólio em Celorico de Basto

    Antes do discurso, Marcelo conduziu a comitiva de jornalistas pela Biblioteca Municipal com o seu nome e foi mostrando alguns elementos do seu espólio pessoal, como os seus caderno do liceu, por exemplo.

  • A última palavra de Marcelo antes dos votos vai para as vítimas da pandemia

    “Que seja para as vítimas mortais e as outras vítimas e para os que na saúde lutam heroicamente dia após dia o derradeiro pensamento neste momento singular da vida de todos. Votar no domingo é dizer que nunca os esqueceremos. Os que partiram, os que sofrem, os que dão a sua vida e saúde para salvarem vida e saúde dos outros”, diz agora Marcelo que encerra o discurso que fez na Biblioteca de Celorico de Basto, fundada por si e que guarda grande parte do seu espólio literário e não só.

  • Marcelo responsabiliza-se por atual situação: "Tudo isto submeto ao vosso juízo"

    “Fui eu quem avançou para o estado de emergência, fui eu quem decretou o segundo estado de emergência em novembro, assumo-o. Tal como assumo ter sido porta voz das sessões com os especialistas”. A responsabilização pela situação atual da pandemia.

    Dirige-se diretamente aos portugueses, fala “na coragem anónima”, mesmo que quando sentiu “o desalento, a desilusão e a frustração”.

    “Tudo isto submeto ao vosso juízo depois de amanhã, como deve ser em democracia, mas também deixo uma mensagem de esperança”.

  • Marcelo pede aos portugueses para "pouparem" país a segunda volta

    O último de Marcelo começou tarde, mas intenso e agora faz o apelo ao voto, “um voto que permita ainda poupar aos portugueses o prolongamento de uma campanha em três semanas cruciais para a pandemia e a concentração de todas as vontades num combate”, o contra a Covid-19.

  • Marcelo diz que "confinar não pode ser álibi para adiar a democracia"

    Em Celorico de Basto, o candidato Marcelo Rebelo de Sousa começa agora a sua intervenção final de uma “exigente campanha eleitoral”. Lê um discurso escrito saudando portugueses e “sinal de apego à cidadania” por parte dos portugueses “que não querem que a democracia se suspenda”.

    “Confinar não pode ser álibi para adiar a democracia”, diz Marcelo que apela ao desconfinamento para o voto “respeitador das regras de saúde pública”.

  • Tiago Mayan otimista no encerramento da campanha: "Domingo vai haver um vendaval liberal"

    No seu discurso no comício online de encerramento, Tiago Mayan Gonçalves afirmou: “Entrei nesta corrida porque tenho um sonho: quero ajudar a construir um Portugal liberal, humanista, tolerante, onde o mérito conta, onde a coragem vale, onde a responsabilidade é sinónimo de confiança. Quero um Portugal com iniciativa, que não esteja condenado a ser o último do pelotão europeu. Não aceito esse fado. Não me resigno perante a estagnação económica”.

    Sobre o passado de governações socialistas, Tiago Mayan afirmou: “Fomos governados por quem acha que é o Estado quem deve comandar as nossas vidas, que deve escolher por nós e decidir por nós. O resultado está à vista, já fomos ultrapassados por todos no panorama europeu”. Depois disso, visou Marcelo:

    “Nos últimos 5 anos, o Partido Socialista contou com um cúmplice de peso no caminho para o empobrecimento. O aliado foi Marcelo Rebelo de Sousa, o presidente que alinhou nas narrativas socialistas, aderiu a pactos de silêncio, e na hora de escolher, escolheu sempre estar ao lado do Governo.”

    Nas críticas a Marcelo, que aponta como o seu principal adversário, Tiago Mayan lembrou “os apoios que tem dentro do PS” para dizer que “Marcelo é mesmo o candidato dos donos disto tudo, do grande centrão de interesses”. E voltou a repetir uma das frases mais reiteradas ao longo da campanha: “Se for eleito, Marcelo arrisca-se a terminar o seu mandato como o presidente do País mais pobre da União Europeia”.

    O candidato liberal defende ainda que “este movimento cresceu” e acrescentou: “Aos olhos de muitos, fomos mesmo a grande surpresa destas eleições. Dizem que fomos uma lufada de ar fresco, mas eu prefiro acreditar que seremos uma enorme onda liberal no próximo Domingo. Estou cada vez mais convencido disso”.

    Otimista, Tiago Mayan Gonçalves diz ainda: “Há cada vez mais gente a não aceitar esta lógica de um país, dois sistemas. Por isso vos digo: domingo vai haver um vendaval liberal”.

    Falando já dos motivos para se apresentar como candidato, explicou: “Entrei nesta corrida porque não podia deixar milhares de portugueses sem voz. Não podia deixar este combate entregue a socialistas, extremistas e populistas. Mostrei que há um caminho diferente para quem não se revê no calculismo de Marcelo Rebelo de Sousa, não acredita nos projetos fracassados da esquerda e não aceita dar o seu voto a quem passou a campanha inteira a colocar portugueses contra portugueses”.

    Houve ainda referências ao amor. Mayan disse ouvir gente que lhe agradece “por ter vindo falar de amor e tolerância contra o extremismo” e reforçou que “hoje, mais do que nunca, não podemos ter medo de falar da força do amor”. E terminou assim: “Hoje sou um homem feliz e domingo seremos muitos a sorrir. Conto com o vosso voto mas mais do que isso, conto com os vossos sonhos! Obrigado pela força que me têm transmitido. Muito obrigado”.

    As imagens do discurso do candidato:

  • "Não nos deixaste sozinhos". Pedro Nuno Santos critica ausência do PS e deixa crítica velada a Marcelo: o político "artificial e da tática"

    Pedro Nuno Santos entra — oficialmente — na campanha de Ana Gomes. Numa conferência online, o ministro das Infraestruturas faz um “agradecimento” carregado a críticas veladas a António Costa e Marcelo Rebelo de Sousa por Ana Gomes não ter deixado os “militantes do PS sozinhos”.

    “Se os socialistas não estão limitados a escolher candidatos de outros partidos deve-se a ti. Não nos deixaste, a nós, militantes do PS, sozinhos”, disse, criticando de forma implícita o facto de a direção de António Costa ter optado por não apoiar nenhuma candidatura, deixando o campo aberto para Marcelo Rebelo de Sousa.

    Depois de Costa, Marcelo: um político da “elite”, que “não é autêntico”, que se rege pela “tática”, que é “artificial” e que é apenas “obcecado com que tudo o que diga seja aceite”. O nome de Marcelo Rebelo de Sousa não foi ouvido nem por uma vez, mas estava lá.

    “Quem é autêntico não está obcecado com que tudo o que diga seja aceite. Não tem a tática permanentemente na cabeça antes de falar. Ana Gomes já tem anos demais de vida política para perceberemos que não tem necessidade de ser elogiada pela elite”, disse numa conferência transmitida online, naquele que é considerado o evento de encerramento da campanha.

    Portugal é consigo, Portugal é connosco

    Portugal é consigo, Portugal é connosco

    Posted by AnaGomes2021 on Friday, January 22, 2021

    E voltaria a insistir: “Ana Gomes diz o que sente e o que é preciso ser dito. Não tem a tática na cabeça antes de falar. É desses polítcos que precisamos: políticos que são autênticos, que não são artificiais”.

    No entender de Pedro Nuno Santos, é por Ana Gomes ter essa “coragem” e essa “genuinidade” que os socialistas se sentem representados na candidatura de Ana Gomes. “Sentimo-nos de alma cheia por termos alguém que transporte este ideário”, disse, referindo-se ao ideário da “justiça, da decência”, assim como da “defesa do SNS”, da “legislação laboral”, da defesa de melhores salários e emprego decente.

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