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  • Pacheco de Amorim: "Nunca nos coligaríamos com o PS para derrubar o governo minoritário [do PSD]"

    Diogo Pacheco de Amorim garante que, se Luís Montenegro diz que não faz coligação com o Chega”, o ónus “está do lado de quem ganha” e que “tem de ouvir as áreas políticas que são tidas como contíguas ou passíveis de formar Governo”.

    Questionado, em entrevista ao Observador, sobre se o Chega irá chumbar um hipotético governo social-democrata, o deputado diz que é “muito difícil antecipar” a ação do partido e que “tudo depende da diferença que possa haver entre os dois partidos”. E esclarece: “Uma coisa é o PSD ganhar com 30% e nós termos 10%, outra coisa é o PSD ganhar com 24% e o Chega ter 22%. O ónus está, caso ganhe o que me parece cada vez mais difícil, do lado de Luís Montenegro”. “Tentar passar o ónus para o Chega é um truque barato”, acrescenta.

    Sobre uma moção de rejeição a um Governo de Montenegro, aliado a socialistas, considera que “ao lado do PS seria complicado”. “Nunca nos aliaremos ao PS, nem para isso, quanto muito ficamos quietos. Teremos de ver caso a caso, mas nunca nos aliaremos ao PS numa moção”, compromete-se.

    E alerta: “Nós nunca entraremos numa coligação em que não estejamos no Governo. A apresentação de uma moção depende da posição do PS e de muita coisa. Nunca nos coligaríamos com o PS para derrubar o governo minoritário [do PSD].”

    [Ouça aqui a entrevista a Diogo Pacheco Amorim]

    Diogo Pacheco Amorim: “Se recusar Chega, alguma coisa muda no PSD”

    Além disso, afirma que também não haverá nunca uma coligação de Governo com o Chega “sem um documento de acordo muito claro e com cronograma, porque aprendemos com os Açores”, onde não foram cumpridas as condições de um acordo de incidência parlamentar. E assegura: “É preciso estar no conselho de ministros”.

    O deputado do Chega também tem a convicção de que o PSD não deixará que Montenegro deixe de governar por não se aliar ao Chega. “Se não quiser uma coligação alguma coisa vai acontecer com o PSD, eu conheço bem porque estou nisto há 40 anos, estou convencido que o partido não deixará que Luís Montenegro não governe porque não quer governar com o Chega”, antecipa.

    O deputado admite que o mais provável, nesta situação, é que “Montenegro seja substituído”. E lembra que “o líder do partido, no PSD, não tem de ser necessariamente primeiro-ministro”.

    Questionado sobre um substituto, admite que dificilmente “não será Passos Coelho”. “Ele lembra-se bem do que aconteceu com Santana Lopes, que queria ir a eleições, e aconteceu o que aconteceu por seguir os conselheiros”, diz.

  • Fascista? Ventura, "incomodado" com "má fé" da comunicação social, assegura que foi "ironia"

    André Ventura reagiu à questão de um militante ter dito, no púlpito da convenção, que era fascista e assegura que foi “ironia”.

    “Fiquei incomodado com o que aconteceu. Foi de uma tremenda má fé. O que militante, que conheço, disse foi: sou avô, sou pai de filhos e alguém disse ‘isso hoje é ser fascista’ e ele disse ‘pois isso hoje é ser fascista’, claramente de forma irónica e a imprensa quis passar isso como se fosse uma afirmação de valor”, diz, acusando que ter havido uma “manipulação da opinião pública”. “Foi uma vergonha.”

  • Terminamos aqui a cobertura do segundo dia da 6ª Convenção do Chega, que decorre em Viana do Castelo.

    Pode seguir as atualizações da sessão de encerramento do encontro do partido, em que André Ventura vai discursar, neste novo liveblog.

  • Só uma das 32 moções apresentadas pelos militantes do Chega foi rejeitada

    As portas fecharam-se na sexta convenção do Chega para que as 32 moções apresentadas durante o dia de sábado fossem votadas pelos militantes do partido liderado por André Ventura.

    Uma das moções com maior expressão eleitoral foi “pela meritocracia e pelo fim da ideologia no ensino”, que já tinha sido uma das mais ovacionadas quando apresentada pelo seu peticionário. Contou com 5 abstenções e ninguém votou contra.

    A única moção rejeitada foi a apresentada por um “círculo de compensação justo”. Mais de 400 militantes votaram contra a proposta.

    Depois de ser aprovada a alteração da agenda para a convenção no domingo, com os trabalhos a serem iniciados com a votação em urna das 9h00 às 11h00 para a alteração dos estatutos, foram encerrados os trabalhos deste sábado.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • Análise: "Assuntos mais pesados ficaram fora do congresso"

    Assuntos como a comunidade cigana, a prisão perpétua ou a castração química já não foram alvo dos militantes. Análise de Miguel Pinheiro e Rui Pedro Antunes com moderação de Miguel Viterbo Dias.

    [Ouça aqui a análise ao segundo dia de trabalhos do Chega]

    Análise: “Assuntos mais pesados ficaram fora do congresso”

  • André Ventura leva exatamente a mesma direção a votos

    André Ventura mantém a direção nacional com que chegou à 6.ª Convenção do Chega. Ao contrário do que tem sido habitual em anteriores reuniões magnas, não faz qualquer alteração num momento em que o foco são as eleições legislativas antecipadas.

    Eis a lista que vai a votos no domingo:

    Presidente: André Ventura

    Vice-presidentes:
    António Tânger Corrêa
    Pedro Frazão
    Marta Trindade

    Adjuntos:
    Pedro Pinto
    Rui Paulo Sousa
    Diogo Pacheco de Amorim
    Ricardo Regalla Dias
    Patrícia Carvalho
    Rita Maria Matias

  • PSD, CDS e Iniciativa Liberal vão marcar presença no encerramento da convenção do Chega

    Três partidos foram convidados para marcar presença no último dia da sexta convenção do Chega, que decorre em Viana do Castelo este fim-de-semana. Na lista de convidados institucionais está o PSD — representado por Hugo Soares — CDS e Iniciativa Liberal.

    O convidado a representar o Governo é João Paulo Correia, secretário de Estado da Juventude e do Desporto. Nuno Sampaio e Rita Magalhães Colaço representarão a Presidência da República.

    Foram ainda convidadas pelo Chega várias entidades institucionais, desde a Ordem dos enfermeiros à Liga dos Bombeiros Portugueses.

  • Cristina Rodrigues diz que Chega é "discriminado" pelo Tribunal Constitucional onde há "influência política"

    Fala agora Cristina Rodrigues, que acusa o Tribunal Constitucional de reger-se por princípios que não são relativos a todos os partidos, mas que se dirigem “a um partido em particular” — o Chega.

    A ex-deputada do PAN, que surpreendeu quando se filiou no Chega, garante que o partido liderado por Ventura é discriminado no tratamento que recebe pelo TC. E questiona: “Faz sentido que este tribunal seja composto por 13 juízes e que 10 sejam decididos pela Assembleia da República?”. A assessora do grupo parlamentar do Chega garante que “há influência política” na instituição.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

    “O TC é um tribunal político. A política intromete-se no tribunal e o tribunal intromete-se na política em resposta”, defende Cristina Rodrigues, que apela a um “regime de incompatibilidade decente”.

    “Devido a toda esta incerteza, a comissão nacional decidiu apresentar uma alteração minimalista que se dirige aos artigos que o TC considera problemáticos. Não podemos permitir que nos acusem de não fazermos todos os esforços para cumprir as exigências do tribunal”, afirma a militante.

  • Tilly critica comunicação social e é ovacionado pelos militantes do Chega

    João Tilly levantou a convenção do Chega com um discurso contra a comunicação social. O militante, conhecido por vídeos que partilha nas redes socias, dirigiu-se, em tom irónico, aos “bravos homens que têm as câmaras aos ombros e os microfones em riste” para garantir que são controlados por aqueles que “estão atrás deles”.

    Tilly refere que os comentadores são como “as marionetas, movidos por cordas”. E garante: “Todos sabemos que são simpatizantes da esquerda, nomeadamente do PS e do Bloco de Esquerda. É uma vergonha não haver comentadores de direita e os que chamam ainda dizem pior do Chega do que os outros.”

    Para o militante, toda a gente malha no Chega, “mas não houve ninguém que crescesse assim nos últimos cinco anos”. E acrescenta: “A visibilidade que André Ventura tem é total. Não há outro político em Portugal que toda a gente conheça.”

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

  • "Chega saberá olhar para as autonomias com a atenção que elas merecem", diz deputado regional

    Miguel Castro fala agora na convenção. O deputado do Chega na Assembleia regional da Madeira garante que o partido quer passar uma “mensagem reformista e humanista” e que a eleição de deputados pelo partido para as assembleias legislativas regionais “são o estímulo para que o Chega continue a aprofundar a sua visão em relação à autonomia da Madeira e dos Açores”.

    O representante regional assegura que o Chega “saberá olhar para as autonomias com a atenção que elas merecem”. Despede-se do púlpito a gritar: “Viva Portugal! Viva a Madeira e os Açores!”

  • Manuel Matias: "Milhares de portugueses morreram por causa da corrupção socialista"

    Manuel Matias dirige-se a André Ventura enquanto próximo primeiro-ministro de Portugal e inicia a sua intervenção na convenção do Chega a “falar aos portugueses comuns e de bem”.

    E explica o que são os portugueses de bem. “São todos os que contribuem para o bem comum com o seu trabalho e que amam a pátria. São também aqueles que vivem em situações extremas e que precisam da nossa solidariedade. Não seguimos a política social da extrema-esquerda”, garante.

    O militante do Chega garante que “o voto é a nossa arma e só com ele é que podemos derrubar este sistema sinistro e viciado” e descreve a corrupção que culminou na demissão de António Costa como uma “teia velha”, que vem de longe e “dos povos de África que roubou os portugueses”. Garante que é também “a teia do caso Casa Pia e dos “criminosos de Camarate”. E apela: “O lugar do corrupto é na prisão. Sempre que um político rouba do dinheiro político é aos mais pobres que rouba”.

    Manuel Matias não tem dúvidas que “vários portugueses morreram por causa de vários governos sucessivos socialistas e da sua corrupção”. Foram “vítimas que morreram por causa da corrupção e do socialismo porque não há hospitais, saúde e ambulâncias”. Propôs um minuto de silêncio por estes “milhares de portugueses”, que foi cumprido pelos participantes da convenção.

  • Ex-conselheiro nacional da IL: partido "cedeu às causas identitárias, cultura woke e atacou a família"

    Nuno Simões de Melo, ex-conselheiro da IL que abandonou o partido, acreditou que o partido liderado por Rui Rocha era um “o projeto que libertaria Portugal do espartilho socialista” e um “partido internamente democrático onde a partilha de ideias fosse acarinhada”, mas percebeu que a IL “cedeu às causas identitárias, cultura woke, atacou a família e o direito à vida e desfraldou as bandeiras fraturantes da esquerda”.

    “Era, como sou, um liberal, conservador e de direita. Desfiliei-me no dia da liberdade. Estão hoje aqui outros companheiros que tomaram o mesmo caminho”, disse, frisando que o manifesto fundador do Chega “defende direito à vida, à liberdade e propriedade, a preservação da família e nação e nenhuma cedência à qualquer versão da luta de classes marxista”.

    “Encontrei um partido unido em torno da sua liderança e princípios, objetivos e na forma de os alcançar, em que todos ajudamos a ficar mais frente”, acrescentou.

  • Chega propõe fim do IMI e IUC, IVA da restauração nos 6% e IVA zero nos bens essenciais até ao fim do ano

    É a vez de Pedro Pinto subir ao palco e esperançoso de que “às 20h da noite de 10 de março” dirá que André Ventura é o “futuro primeiro-ministro de Portugal”.

    Logo depois de André Ventura ser reeleito com 98,9% dos votos, Pedro Pinto refere que os outros “1,1% esqueceram-se de tudo o que foi feito por este homem”. Mas não fecha as portas: “Mesmo esses são bem-vindos e são nossos.”

    E prossegue para dizer que o Governo ainda em funções é “cruel” e que o ministro da Administração Interna “cruel, que disse que não há condições para pagar mais às forças de segurança”.

    “O que não tem vergonha na cara. Há duas campanhas socialistas, António Costa e Pedro Nuno Santos”, ataca.

    Depois de Ventura, Pedro Pinto fica responsável por apresentar propostas do Chega, garantindo que vai fazer “as reformas necessárias, como a reforma urgente da justiça, saúde, ensino e limpar Portugal no combate à corrupção”.

    “Na direita só há um voto, não existe mais direita em Portugal”, para assegurar que o Chega é a “direita credível, social, que não vai cortar salários nem pensões”. E o Chega quer “acabar com IMI, o imposto mais estúpido que existe em Portugal, acabar com o IUC e baixar o IVA da restauração para 6%”. Mais do que isso, o partido pretende manter “o IVA zero em todos os produtos necessários até ao final deste ano e IVA zero em todos os produtos portugueses”.

    Sobre a imigração, realça que o Chega quer que “imigrantes venham para Portugal”, mas não para a “miséria”. “Vemos sem-abrigo em Lisboa e no Porto, não conseguimos dar oportunidades aos nossos”, frisa.

    “Ao contrário do PS somos o partido dos portugueses comuns, que trabalham, dos que se levantam cedo”, aponta, garantindo que o partido quer “acabar com os poderes instalados”.

  • Ventura reeleito presidente do Chega com 98,9%

    André Ventura foi reeleito presidente do Chega com 98,9% dos votos. Só oito congressistas não votaram no atual líder.

    André Ventura teve 733 votos, aos quais se juntaram 7 votos brancos e um voto nulo.

  • Ventura mantém pressão sobre Montenegro. "Probabilidade de haver um governo à direita é de 95%"

    André Ventura não acredita que Luís Montenegro mantenha o cordão sanitário em torno do Chega caso exista uma maioria parlamentar à direita.

    Para o líder do Chega, os sociais-democratas serão sempre penalizados caso não deem sequência a essa maioria de direita. “Se a direita tiver maioria parlamentar, só não governa se não quiser. O PSD ficará responsável se o PS ficar a governar.”

    Quanto à recusa evidente em contar com o Chega, Ventura coloca a bola do lado de Montenegro. “Não posso fazer nada. Não sou eu que estou a dizer que estou fora da solução.”

    Ainda assim, o líder do Chega acredita — ou sugere — que o PSD não permitirá a Montenegro fugir à responsabilidade. “Qual seria a probabilidade de haver um governo à direita se houver uma maioria de direita? 95%”, diz.

    Ventura defendeu também que a sua proposta para as pensões — o líder do Chega quer todos os pensionistas a receber, pelo menos, o salário mínimo, uma medida que custaria entre 7 e 9 mil milhões — vai ser suportada, a longo prazo, através de uma estratégia combinada que passaria por uma “contribuição extraordinária à banca”, pelo “combate à corrupção” e pelo combate à “economia paralela”.

  • 28 frente a frente, dois debates alargados. Conheça o calendário dos debates para as legislativas de 10 de março

    Durante três semanas, haverá 30 momentos de debate entre as principais figuras dos partidos que concorrem às legislativas e que têm assento parlamentar. Partidos sem presença na AR terão um debate.

    28 frente a frente, dois debates alargados. Conheça o calendário dos debates para as legislativas de 10 de março

  • Henrique Freitas "Pela primeira vez, votar no Chega é um voto útil"

    Em entrevista ao Observador, Henrique Freitas, antigo governante do PSD, não tem dúvidas de que se revê no Chega que “está federado à direita”. O antigo secretário de estado assume que lhe custa ver naquilo que a AD se tornou. “Fui votando e enquanto militante base fui percebendo que o PSD deixou de ser PSD e que eu nunca deixei de ser aquilo que sou”, assegura.

    Para o antigo dirigente social-democrata “um partido tem que ler a sociedade” e aponta que “quem anda de táxi em Lisboa percebe em quem é que os taxistas vão votar”. E aponta: “Pela primeira vez, votar no Chega é um voto útil”. Critica ainda que o PSD tenha metido na cabeça “que tem de agradar à esquerda para fazer combate político”, recusando coligar-se ou fazer acordos de governação com o Chega.

    “Comecei com a preocupação da terceira idade e dos antigos combatentes, os valores que tenho são aqueles em que me revejo no Chega. Este é o exemplo claro de um marco e tradição que devia ser do PSD e que o partido abandonou”, assume o ex-social-democrata.

    [Ouça aqui a entrevista a Henrique Freitas]

    Henrique Freitas: “O PSD deixou de ser o PSD”

    Se o “PSD não fala”, para Henrique Freitas a “voz da direita sociológica é o Chega”. E acrescenta: “Não consigo olhar para os atuais dirigentes do PSD e ver essa capacidade de motivação que vejo aqui hoje na convenção.” Confessa que durante a liderança de Rui Rio “foi o último momento” em que votou no PSD e admite que aí a linha política já tinha decaído.

    O antigo governante reafirma que se revê inteiramente no discurso de André Ventura desta manhã e que o vê como futuro primeiro-ministro, mas questionado sobre se escolhe entre Durão Barroso, de quem foi secretário de Estado, e André Ventura, não se compromete.

    “Quem faz política não tem de estar sempre na ribalta, mas foi-me posto um desafio. Tenho uma relação de amizade com Diogo Pacheco de Amorim e foi a partir da Defesa Nacional e dos antigos combatentes que me aproximei do Chega”, revela.

  • Rita Matias: "PS decidiu fazer política de retrete e dar prioridade à questão das casas de banho mistas, o Chega vem só corrigir"

    Rita Matias, nomeada mandatária do Chega para as eleições legislativas, fala das “muitas mulheres conservadoras de direita que tinham sede de ser representadas”. Garante que o seu partido conseguiu isso.

    Questionada sobre a igualdade de género dentro do partido, considera que é “possível” a paridade na bancada do Parlamento já nestas eleições. “Não sei se irá acontecer ou não, estamos a fechar listas, mas o preenchimento de quotas nunca foi nossa prioridade”, afirma, assegurando que o Chega é daltónico, ou seja, “não vê cores, mas sim mérito, e o mesmo em relação a homens e mulheres”.

    “O partido está unido e agora não é altura de discutirmos os lugares, mas sim de discutir ideias”, defende a deputada que aponta as “pessoas de fora” que chegam para se juntar ao movimento. E não tem dúvidas: “As escolhas de André Ventura serão as melhores, mesmo que não sejam as esperadas. Há dois anos ninguém esperava que uma rapariga de 23 anos fosse escolhida para a bancada do Chega”.

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

    Sobre a sua expectativa na manutenção do cargo de deputada, Rita Matias garante que mantém sempre a vontade de “continuar a servir o partido, quer na bancada quer noutra função”.

    [Ouça aqui a entrevista a Rita Matias]

    Rita Matias: “PS é que tornou prioritária a ideologia de género”

    Em relação à questão das casas de banho mistas, que o Chega quer extinguir, a mandatária alega que “não foi o Chega que elegeu a prioridade de uma agenda de ideologia de género, mas sim o PS”.

    E assegura: “Não o escolhemos, mas dizemos presente, já que as casas de banho misto prejudicam as meninas e as mulheres. Se o nosso atual governo decidiu fazer política de retrete e ter como prioritária esta questão, o Chega vem só corrigi-la.”

    Fecha a entrevista ao Observador a garantir que o partido de Ventura irá viabilizar todos os governos à direita “que tenham força para aceitar o Chega”. E alerta: “Se querem ser alternativa ao socialismo não têm como não contar connosco.”

  • "Chega é um partido que atrai mais os homens do que as mulheres por ser um partido de direita"

    Depois de subir ao púlpito da sexta convenção do Chega, Rui Paulo Sousa afirma, em entrevista ao Observador, que existem “imensos imigrantes que não estão a trabalhar” devido ao descontrolo na entrada em Portugal. A prova que apresenta é a de ver “pessoas a passear” no Martim Moniz, em Lisboa, e também em Santarém. E não tem dúvidas: “Se estão a passear é porque não estão a trabalhar.”

    Garante que os imigrantes “são deixados ao abandono, a viver aos 40 e 50 por casa” e que o Chega propõe “portas de acesso”, com a seleção de trabalhadores direcionados “há imensa atividade económica em Portugal que precisa de trabalhadores, como a hotelaria e agricultura. O deputado não se considera racista nem xenófobo e reafirma: “Eu próprio dei trabalho a imigrantes.”

    No entanto, identifica um problema dos que chegam vindos de “países que estão conotados com o islamismo radical, onde existem ataques terroristas”. E acrescenta: “Alguns vêm viver à nossa custa, que já é mau, e virem cometer um atentado ainda pior.”

    Sobre a gestão dos quadros internos do partido, Rui Paulo Sousa admite que este é um “tema complicado em todos os partidos” e que é necessária a “gestão de expetativas de dirigentes para lugares a deputados que são finitos”.

    Assegura ainda que “é falso que o partido seja misógino”. E afirma: “É um partido que atrai mais os homens do que as mulheres, por ser um partido de direita. Não estou a dizer que [as mulheres] tenham menos capacidade”.

    [Ouça aqui na íntegra a entrevista a Rui Paulo Sousa]

    Rui Paulo Sousa: “Por ser de direita, Chega atrai mais homens”

    Afirma mesmo que se não há mais mulheres no partido não é por não quererem, “mas porque elas não querem”. E atira: “Há mulheres que não são escolhidas pela sua capacidade mas para cumprir quotas”. O deputado não se compromete com um número de mulheres a sentar-se no Parlamento após as eleições, mas numa bancada de 40/50 deputados admite que possam ser “20% a 30%”, percentagem que considera ser “muito boa”.

    Ainda sobre as eleições garante que os portugueses “têm que decidir se querem continuar a alimentar o bloco socialista ad eternum”. E afirma: “Não somos inconsequentes e, se a AD ganhar sem maioria, temos que ver o que propõe. Não vamos é assinar nenhum cheque branco, não vamos chumbar por chumbar, mas tudo o que acharmos que não está de encontro com os nossos princípios vamos chumbar, se isso causar a queda do Governo, causa.”

    Por fim, defende: “Duvido que o PS avance com uma moção de rejeição a um governo [da AD], acredito mais que o apoie do que deite a baixo”.

  • Rui Paulo Sousa confirma que teve imigrantes na sua empresa: "Todos são bem-vindos desde que venham por bem"

    Rui Paulo Sousa, que já foi mandatário financeiro do Chega, sobe ao palco e começa por deixar uma nota, tenda em conta o momento eleitoral que se aproxima: “Todos os donativos são bem vindos.”

    Depois do pedido, o tema em causa que tem gerado polémica depois de Rui Paulo Sousa ter criticado a presença de imigrantes quando tinha pessoas de outros países a trabalhar na sua empresa: “Tive imigrantes a trabalhar para mim, na área agrícola é difícil contratar.”

    DIOGO VENTURA/OBSERVADOR

    E esclarece que o Chega não é contra a imigração, desde que “seja controlada, regulada e não como está neste momento em que qualquer um entra neste país sem controlo ou regulamentação”. Ou seja, insiste, desde que as pessoas cheguem para “contribuir para nossa economia e crescimento do país”.

    “Todos esses são bem-vindos, sejam indianos, nepalenses, angolanos, moçambicanos, são tomenses, desde que venham por bem. Aqueles que vêm para não trabalhar e para viverem dos nossos impostos não são, os que não respeitam costumes, história, autoridade e lei”, explica.

    E prossegue: “Os que vêm por mal, façam-nos um favor e vão para outro país.”

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