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Enquanto dormia… a polémica da montaria na Azambuja ganhou proporções ainda maiores. A caçada da semana passada – que resultou na morte de 540 animais (11 por hora ou 35 por cada caçador envolvido, um “super recorde”, nas palavras dos próprios) – gerou indignação por parte de forças políticas, movimentos, associações de caça e levou o Governo a apresentar queixa no Ministério Público. Pode estar em causa um crime contra a preservação da fauna. |
Mas, estranhamente (ou talvez não), por detrás de tudo pode estar não apenas a atividade lúdica de uns quantos “caçadores”, mas sim um grande negócio da área da energia… Isto porque a Federação Portuguesa de Caça (FENCAÇA) e o PSD da Azambuja adiantaram que a montaria terá ocorrido para “limpar o terreno” para que pudesse vir a ser construída no local uma mega central fotovoltaica, com mais de 750 hectares, e que atualmente se encontra em processo de consulta pública. A Beatriz Ferreira e a Ana Suspiro prepararam um especial com 11 perguntas e respostas para que fique a saber tudo sobre este assunto. |
E a nova variante do coronavírus descoberta no Reino Unido continua a levantar muitas dúvidas entre os especialistas. Primeiro a questõa era saber se era ou não mais perigosa, depois se afetava ou não a eficácia das novas vacinas; ou se os países, sobretudo os europeus, deveriam ou não fechar portas aos viajantes provenientes das ilhas britânicas (o que acabaram por fazer). Agora a questão é outra: devem ou não as escolas ser fechadas devido a uma estirpe que se transmite muito mais do que as outras (70% mais, como referem os especialistas)? |
Como explica a Ana Kotowicz, a Escócia já adotou essa medida, mas o governo de Boris Johnson tem resistido a seguir o mesmo caminho. Mesmo depois dos avisos dos próprios conselheiros do governo britânico: “Há indicação de que esta variante tem uma maior propensão para infetar crianças”, disse Neil Ferguson, professor e epidemiologista do Imperial College London. No primeiro ataque ao coronavírus, o Reino Unido também optou por uma estratégia diferente – recusando confinamentos e apostando na teoria da imunização de grupo (através de uma, suposta, contaminação controlada da população) – mas, rapidamente, foi forçado a arrepiar caminho. |
Com o Natal aí à porta – ainda por cima com temperaturas mais baixas, o que faz aparecer as doenças que dão sintomas parecidos com a Covid-19 – o Observador foi perguntar a 14 especialistas que medidas vão adotar para passar (ou tentar passar) a quadra em segurança. Natal por Zoom, testes na véspera ou no dia 24 (que não dão “carta branca” para relaxar no distanciamento), mesas separadas ou refeições com distanciamento físico, máscaras e redução no número de pessoas são as estratégias mais referidas. Ou então apostar as fichas no Natal… de 2021. Isto numa altura em que os planos anunciados por Marcelo para passar o Natal foram apontados como “um mau exemplo”. |
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