Enquanto dormia… |
… O Observador dava conta dos últimos desenvolvimentos nas negociações orçamentais. Depois de uma tarde de domingo marcada por troca de acusações de “indisponibilidade” de parte a parte, com o envio de três comunicados para as redações, Luís Montenegro e Pedro Nuno Santos marcaram finalmente uma reunião para sexta-feira para desbloquearem o Orçamento do Estado. Mas o clima dificilmente poderia ser pior: o Governo diz estar à espera do socialista há 23 dias e lamenta bloqueios constantes; Pedro Nuno acusa Montenegro de estar empenhado numa “estratégia de provocação”. A crispação entre as partes é evidente. |
Ao mesmo tempo, o Observador revelava também como vai a relação entre Palácios. A coabitação entre Marcelo Rebelo de Sousa e Luís Montenegro pode ser resumida numa ideia: é feita de distanciamento estratégico e de aproximações táticas. Nos momentos de crise, a dupla tem funcionado, mas o Presidente não vai escondendo desconforto com Montenegro, o “solitário” e “sobrevivente” que vai deixando Belém à margem das decisões importantes. |
Na Madeira, Miguel Albuquerque veio publicamente reiterar a confiança nos seus secretários regionais que são visados numa investigação judicial. O madeirense considera que o recurso a denúncias anónimas para fins políticos “só abre as portas ao populismo” e rejeita retirar consequências políticas de mais um caso judicial a atingir o seu círculo mais próximo. Como explica detalhadamente o Observador, Miguel Albuquerque arrisca-se a perder os secretários regionais das Finanças, Proteção Cívil e Equipamento. O Ministério Público imputa-lhes os crimes de financiamento partidário ilícito e um deles é suspeito de corrupção. |
Destaque também para a entrevista a Miguel Sanz, presidente da Comissão Europeia do Turismo, que defende que os movimentos anti-turismo de massas devem ter canais de discussão com governos e que limitar chegadas é a “solução simples para um problema complexo”. “Há quem defenda que a solução para destinos sobrelotados é diminuir o número de turistas. Isso é uma armadilha”, sugere. |
Um olhar ainda para a política alemã. Fundado há meses, o BSW tornou-se um fenómeno. A sua líder, Sahra Wagenknecht, tem 55 anos, é pró-russa e consegue cativar eleitores da esquerda à direita. E não descarta acordos com AfD. Populista, com um discurso voltado para os trabalhadores e crítico da entrada de imigrantes em território alemão, bem como da política de asilo em vigor, o Razão e Justiça está a mudar o panorama político daquele país. |
De resto, o partido de Wagenknecht estreou-se nas regionais de Bradenburgo com 13,5% dos votos — e com 14 parlamentares eleitos O SPD do Chanceler Olaf Scholz ficou em primeiro lugar nas eleições regionais (30,9%), mas com curta margem sobre o partido de extrema-direita AfD (29,2%). |
Entretanto, vem aí um rio atmosférico no arranque do outono. Depois dos incêndios que afetaram as regiões Norte e Centro do país, a partir de terça-feira deve existir chuva forte e persistente, seguida de uma vaga de frio. Tudo por causa de uma massa de ar tropical vinda diretamente das Caraíbas, que atravessa todo o Atlântico, com conteúdo muito elevado em vapor de água. |
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