Enquanto dormia… |
… António Costa perdia o seu braço-direito no Governo. Miguel Alves demitiu-se depois de o Observador avançar a notícia de que o secretário de Estado Adjunto do primeiro-ministro tinha sido acusado pelo Ministério Público (MP) do crime de prevaricação, por suspeitas de atos praticados enquanto ainda era presidente da Câmara Municipal de Caminha. Chegava ao fim, 55 dias depois de começar, a experiência governativa do homem que há menos de três meses entrou em São Bento com a missão de assegurar a coordenação política do Governo — estabilidade também seria uma palavra válida para definir essa missão, mas estabilidade foi o que essa escolha menos trouxe. |
Horas antes do desfecho político do caso, a ministra da Presidência recusava que houvesse dois pesos e duas medidas do Governo no momento em que elementos do Executivo são visados em processos judiciais. E, então, ao final da tarde, tudo se desenrolou em poucos minutos. Miguel Alves apresentou o pedido de demissão, Costa aceitou-o de imediato (mas não sem dirigir uma farpa dirigida ao MP pela sua “originalidade”) e Marcelo ratificou a exoneração. Os detalhes da acusação judicial são contados pela Rita Penela e pelo Luís Rosa — que também avançaram a notícia do despacho de acusação. O tema é analisado pelo Ricardo Conceição na História do Dia desta sexta-feira e todo este caso vai estar em análise pelo José Manuel Fernandes no Contra-Corrente, a partir das 10h10 na Rádio Observador. |
Justiça e política cruzavam-se noutro caso e a história conta-se em dois rápidos episódios. Ao final da manhã desta quinta-feira, o Observador pré-publicou um capítulo do novo livro do jornalista Luís Rosa, “O Governador”, ed. D. Quixote, e que é o resultado de cerca de 30 horas de entrevista ao antigo responsável máximo do Banco de Portugal (BdP), que será lançado a 15 de novembro. Horas mais tarde, o primeiro-ministro anunciou que já tinha ligado a Carlos Costa e, perante a ausência de um “retratamento” ou de um “pedido de desculpas”, Costa — o primeiro-ministro — ligou ao seu advogado para que avançasse com um processo judicial para “defesa do bom nome” da “honra” e da “consideração” do chefe do Governo. “É a justiça também a funcionar”, rematou o socialista. O PSD já disse que exige saber se houve ou não houve pressão sobre o antigo governador do BdP. |
Na antevisão do regresso às reuniões do Infarmed — o encontro entre Governo e especialistas começa dentro de poucos minutos, às 9h — o Observador tomava o pulso ao momento pandémico em Portugal (e no mundo) e antecipava aquilo que deverão ser as recomendações para a atual fase. Com uma aparente subida da mortalidade (a análise tem nuances, a Marta Leite Ferreira explica) e uma redução acentuada da testagem, a mensagem dos peritos continua a ser de tranquilização: está tudo controlado. Ainda assim, devem propor ao Governo o regresso das máscaras nos transportes públicos, sobretudo pela população mais fragilizada, e nos locais de maior concentração de pessoas. |
E o selecionador nacional anunciava as escolhas para o Mundial do Qatar. A lista conta com algumas ausências — Renato Sanches, Gonçalo Guedes e João Moutinho, por exemplo — e, como resume o Bruno Roseiro num raio-x aos 26 de Fernando Santos, Portugal apresenta-se (à partida, porque ainda há jogos a disputar) com um grupo “mais novo, mais ‘português’, mais inspirado na Premier e sem Sporting”. Na apresentação dos nomes que devem rumar ao Qatar, que a Mariana Fernandes também esteve a acompanhar, o selecionador nacional voltou a fazer all in: “O que é que pode dar? É ser campeã do mundo. Acredito que é possível, os meus jogadores acreditam que é possível. É isso que esta equipa pode dar.” Portugal não foi o primeiro país a revelar o leque de selecionados, mas também não foi o último. França, Inglaterra, Brasil, entre outros, também já avançaram os nomes com que pretendem disputar o Mundial. |
E agora, conhecida que está a lista de convocados, um desafio renovado: dê um salto ao nosso interativo “O Mister sou eu” e defina o 11 ideal de Portugal para disputar a primeira partida, que acontece já no dia 24 de novembro, frente ao Gana. O calendário da competição não sofreu alterações, mas pode sempre traçar novos cenários para a caminhada da seleção nacional no Qatar, com o TotoMundial, outro interativo que o Observador preparou para a competição e em que pode tentar antecipar resultados das várias fases da competição, os finalistas e o campeão mundial. |
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Boa sexta-feira! |