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Enquanto dormia… |
António Guterres já está em Borodyanka, a primeira das três cidades símbolo da Ucrânia alvo de massacres das tropas russas que vai visitar esta manhã. Emocionado, o secretário-geral das Nações Unidas disse apenas: “Vejo as minhas netas a fugir em pânico, parte da família talvez morta”. Daqui segue depois para Bucha e por último para Irpin. |
O líder da ONU chegou a Kiev ontem à tarde, depois de uma viagem de dez horas de carro. Antes de fazer um pequeno passeio, rodeado de segurança e sempre de máscara, pela cidade, teve uma conversa com os jornalistas portugueses no terraço do seu hotel. Afirmou que foi a Moscovo com a “humildade de perceber” que não conseguia “chegar a uma sala e convencer” Putin de todas as suas ideias, e revelou o “acordo de princípio” para uma das suas primeiras prioridades: retirar esta sexta-feira os civis retidos na fábrica de Azovstal, em Mariupol. O Carlos Diogo Santos e o João Porfírio, enviados do Observador à Ucrânia, contam os detalhes do que disse o ex-primeiro-ministro português, que ao princípio desta tarde se reunirá o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky. |
Mas mal Guterres saiu de Moscovo, Putin cumpriu uma das suas ameaças. A Gazprom cortou o fornecimento de gás à Polónia e à Bulgária, dizendo que qualquer forma de contornar este corte implicará que o gás deixe de circular para outros países. O presidente do Conselho Europeu, Charles Michel, falou em “medida unilateral agressiva”, a Alemanha mudou de posição e já admite o embargo ao petróleo russo, ainda que “gradual”, e “irritada” contra a chantagem, a Europa acelerou na busca por alternativas, como contam a Ana Sanlez e a Ana Suspiro. Pode haver, no entanto, boas notícias para Portugal: até certo ponto, o acordo ibérico para o limite ao preço da energia pode proteger o nosso país da escalada do gás. Temos 10 respostas para lhe explicar como. |
Pode seguir os desenvolvimentos mais recentes da guerra na Ucrânia no nosso liveblogue, onde acompanharemos ao minuto este 64.º dia de guerra. Eis alguns destaques até ao momento: |
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Por cá, esta tarde começa o debate na generalidade da proposta do Orçamento do Estado (que é votada amanhã). Ontem, Ana Mendes Godinho ‘acertou o passo’ com o que já tinha afirmado Fernando Medina: na audição parlamentar, a ministra do Trabalho e da Segurança Social disse que o Orçamento não tem “todos os ovos no mesmo cesto”, que há medidas “para vários destinatários em função das vulnerabilidades” e que responde à subida de preços. Mas a oposição insistiu que o que há é insuficiente para famílias e empresas. Será este o pingue-pongue desta quinta e sexta-feira (mas com o resultado já conhecido perante uma maioria absoluta). |
Com outras contas feitas, a três jornadas do fim da época e já sem ilusões sobre o segundo lugar depois do empate com o Famalicão, o Benfica oficializou ontem Roger Schmidt como novo treinador. O alemão que sucede a Nélson Veríssimo assinará até 2024 com mais um ano de opção e traz para o Benfica três filosofias: futebol de ataque, aposta nos jovens e exigência física, explica a Mariana Fernandes. O Bruno Roseiro conta as razões das sua escolha e conversa também com o Ricardo Conceição no podcast A História do Dia sobre se esta mudança de técnico pode ajudar o Benfica a recuperar da crise e qual é a estratégia do clube. |
Preparam-se mudanças também no acesso ao Ensino Superior, podendo ser suprimidos alguns exames. Esse é o tema do Contra-Corrente de hoje, na Rádio Observador, onde o José Manuel Fernandes e Helena Matos questionam se há um risco de facilitismo para entrar na Universidade. Para participar em direto pode ligar ou enviar uma mensagem de áudio pelo Whatsapp para o 910024185. |
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