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Enquanto dormia… |
… olhávamos para as novas 10 proibições anunciadas pelo Governo que vêm apertar o confinamento. Para que não haja dúvidas, nem escapatórias ou forma de contornar as regras anunciadas a semana passada, segundo António Costa, foi preciso clarificar algumas medidas. E perante os números galopantes da pandemia, que o primeiro-ministro admitiu que vão continuar a subir nos próximos dias, foi necessário colocar ainda mais travões. O controlo do trabalho presencial vai ser mais rigoroso, as lojas (13h) e até supermercados (17h) vão fechar mais cedo ao fim de semana, não se poderá circular entre concelhos, acabaram-se os passeios nas marginais e as idas aos parques, e nada de um café na esplanada mesmo que a chávena seja entregue pelo postigo. Se quer saber o que pode e o que não pode fazer, leia estas 15 respostas. Mas, apesar de o Governo cortar nas exceções, ainda se mantêm 52 (mais 17 do que em março): entre elas as escolas, que se mantêm a funcionar, e os ATL, que até estavam fechados, vão abrir para crianças até aos 12 anos. |
Os médicos pedem mais e Marcelo acabou a noite a admitir o fecho de universidades e do secundário perante os dados da Covid-19. Ontem Portugal tornou-se o país do mundo com mais casos por milhão de habitantes e o segundo com maior número de mortes (atrás da Eslovénia), na pior segunda-feira da pandemia, em que se atingiu o máximo de mortes e de internamentos, com os hospitais à beira da rutura em vários pontos do país e reservas de sangue que só chegam para quatro dias a uma semana. Basta olha para o mapa e ver que 85% dos concelhos portugueses passaram para risco de contágio extremo ou muito elevado. Nestes primeiros 18 dias do ano, há aliás sete números que explicam bem o descontrolo da situação: estamos com uma média de 5,5 infetados por minuto e 5,4 internados por hora e saltámos para o dobro dos casos ativos. O epidemiologista Manuel Carmo Gomes afirma que podemos vir a ter tantas mortes em dois meses como tivemos nos últimos dez. |
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