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Enquanto dormia… |
… Marcelo Rebelo de Sousa divulgou o decreto do próximo estado de emergência, que será prolongado até, pel0 menos, 16 de março. Depois de todos os reparos que fez à porta fechada sobre a falta de planeamento do Governo para desconfinar o país, o Presidente da República insiste que este é o tempo de preparar o futuro e deixa o guião: desconfinamento deve ser planeado “por fases” e acompanhado por mais testes e mais e melhor rastreio — dois objetivos que o Governo tem falhado. |
O decreto será discutido e votado esta quinta-feira no Parlamento, mas não há grande margem para dúvidas: não será o último estado de emergência. Apesar da pressão social e política, com Rui Rio à cabeça, Governo e Presidente da República estão alinhados e só antecipam a reabertura gradual e progressiva da economia em abril, depois da Páscoa. De acordo com uma sondagem da Aximage para a TSF/JN/DN, a maioria dos portugueses já deu março como perdido e também só conta com o regresso em abril. |
Entretanto, e depois de muitos apelos para um consenso, os especialistas consultados na gestão da crise pandémica definiram as condições para um desconfinamento seguro, sem excluírem a hipótese de uma quarta vaga se a situação voltar a ficar descontrolada. |
Quem não tem jeito de chegar a um consenso é o Parlamento, que continua para trás e para frente com o grupo de trabalho para a vacinação de deputados. Vai ser criado, foi criado, vai ser presidido por Edite Estrela, afinal não vai ser presidido por Edite Estrela, porque afinal não há grupo de trabalho algum e tudo será, afinal, articulado com a task force. Os avanços e os recuos contados aqui. |
Noutra frente, continua a troca de galhardetes entre Rui Rio e Carlos Carreiras. Depois de o líder do PSD ter recusado ouvir conselhos do homem que coordenou as autárquicas “desastrosas” de 2017, o presidente da Câmara de Cascais aproveitou uma entrevista ao “Público” para repetir o que já dissera na SIC: estará na linha da frente para aplaudir o regresso de Pedro Passos Coelho. Até lá, sabe que terá em Diogo Pacheco de Amorim, vice-presidente do Chega e grande ideólogo de André Ventura, um adversário na corrida autárquica. |
Eduardo Cabrita, que esta quinta-feira vai apresentar no Parlamento o relatório do estado de emergência da segunda quinzena de Janeiro, onde aponta diretamente o dedo aos portugueses pelo não cumprimento das regras, tem outro relatório quente nas mãos: a Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) quer envolver psicólogos no processo de recrutamento de novos polícias para identificar indivíduos que “tenham um ideário nazi ou que seja adepto da supremacia branca”. |
Augusto Santos Silva é outro ministro com uma grande dor de cabeça por resolver: a Venezuela deu ordem de expulsão à portuguesa Isabel Pedrosa, embaixadora da União Europeia naquele país. |
Já a EDP continua a tentar sacudir a pressão de que tem sido alvo nos últimos dias, depois de vários partidos, do Bloco de Esquerda ao PSD, terem acusado a empresa de fugir aos impostos e de estar a lesar o Estado português em conluio com o Governo. Miguel Stilwell de Andrade, presidente executivo da elétrica, já reagiu e negou todas as acusações. |
Por falar em impostos, convém não esquecer que os contribuintes têm até esta quinta-feira para validar e verificar as faturas de 2020 no Portal e-fatura. |
Nesta newsletter encontra as principais notícias para começar esta quinta-feira bem informado. Como sempre, manteremos toda a informação atualizada no nosso site e na rádio Observador. Até amanhã. |