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Enquanto dormia… |
… ficávamos a conhecer um parecer do Tribunal Europeu de Justiça que pode implicar uma injeção de dinheiros públicos no Novo Banco. O caso corre há mais de seis anos nos tribunais, envolve uma idosa espanhola de cujo nome apenas se conhecem as iniciais — VR —, um banco islandês que faliu e várias decisões desfavoráveis ao banco português. Se este tiver mesmo de indemnizar a ex-cliente, o que é provável, e, potencialmente, outros clientes, será o Fundo de Resolução que terá de compensar o banco por esse custo de vários milhões, como explica o jornalista Edgar Caetano. |
O Novo Banco foi ontem, aliás, uma das notícias do dia, em que ouvimos Luis Fílipe Vieira surpreender-se — “Segundo maior devedor? Isso até me assusta” —, justificar-se — “Tenho outros negócios, uma boa reforma, vivo bem” —, concluir — “A culpa não é do devedor” — e prometer que pagará: “Eu não fugi nem vou fugir”. O presidente do Benfica esteve como empresário na Comissão de Inquérito parlamentar a explicar as dívidas ao banco em cinco horas intensas que o fizeram desabafar no final: “Bolas, isto dá cabo da cabeça a um homem…”. A jornalista Ana Suspiro acompanhou tudo em direto (pode recordar aqui) e explica o que disse (e o que não disse o devedor) que gerou perdas de 181 milhões, enquanto a Ana Moreira preparou este vídeo com os 10 momentos mais marcantes da audição. |
O Novo Banco é mesmo o tema de hoje do Contra-Corrente, que desde ontem está aberto à participação dos ouvintes e vai para o ar às 10h10. Se quiser dar a sua opinião em direto até às 11h e falar com o José Manuel Fernandes, só tem de ligar a inscrever-se para o 910024185. Pode ouvir em direto aqui ou depois em podcast aqui. |
Marcelo Rebelo de Sousa regressou ontem à estrada, num roteiro de proximidade pelo Minho, marcado por vários “semi”, desde o semi-presidencialismo com recados a Costa ao semi-afecto. Rui Pedro Antunes, João Porfírio e Diogo Teixeira Pereira acompanharam o Presidente da República por terras da avó Joaquina e fizeram esta reportagem com texto, fotos e sons. |
A polémica estalou no sábado mas só ontem à tarde alguém do Governo reagiu finalmente às críticas que João Galamba fez (e apagou) no Twitter ao “Sexta às 9”. Depois de o CDS pedir a demissão do secretário de Estado, que hoje é também reclamada por Paulo Rangel num artigo de opinião do Público, coube ao ministro do Ambiente admitir que o secretário de Estado usou “linguagem desajustada” quando chamou estrume ao programa da RTP, mas que o assunto estava encerrado. |
Um outro “finalmente”, o do Sporting, que rima com “obviamente”? Hoje é o dia D do clube de Alvalade, depois de ontem o Porto ter goleado o Farense, ficar a uma vitória da entrada direta na Champions num jogo em que Sérgio Conceição bateu um recorde, e ter adiado a onda verde e branca. Os sportinguistas têm tudo preparado para logo à noite fazerem já a festa de campeões, depois de um jejum de 19 anos, se vencerem o Boavista, claro. Até um autocarro com a inscrição de 23 campeonatos, quando só lhe são reconhecidos 18, está pronto. Mas como será a celebração do título em em tempos de pandemia? Controlada, como responde este explicador. Ontem, pouco antes do jogo do Porto, Rúben Amorim lá cumpriu a promessa de só falar sobre o assunto quando estivesse a três pontos. Está a dois e assumiu que eram, “obviamente”, candidatos ao título. Sousa Cintra, antigo dirigente do clube não vai perder o jogo, obviamente, e esta manhã já disse à Rádio Observador que o clube “foi prejudicado muitas vezes por forças estranhas, talvez pela sua grandeza”. |
Nesta newsletter já tem as principais notícias para começar o dia bem informado. E, como sempre, manteremos toda a informação atualizada no nosso site e na Rádio Observador. Tenha uma boa terça-feira, e esqueça o mau tempo que ontem trouxe neve, em maio, à Serra da Estrela. |