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Enquanto dormia… |
… a incerteza sobre a aprovação do Orçamento de Estado continuava, apesar de haver alguma aproximação entre o Governo e os partidos de esquerda que se têm equilibrado na linha da tensão há duas semanas. O ponto está na dimensão dos ganhos que poderão obter na negociação como escreve a Rita Tavares no artigo que faz a nossa manchete nesta manhã: “Apoio social mais alargado, ‘ajustamentos’ com o PCP e um acordo de paz com o PAN”. |
- À direita o PSD veio ontem confirmar o que o Observador já tinha avançado na sexta-feira: vai mesmo votar contra ao mesmo tempo que desafia a “cigarra” socialista a estar à altura do desafio, conta-nos o Miguel Santos Carrapatoso. Rui Rio lembrou que o partido até se poderia abster tendo em conta a pandemia e a presidência portuguesa da União Europeia e mais outras duas razões, mas motivos mais altos se levantaram para o chumbo social-democrata. Um deles é que é um Orçamento “para agradar ao PCP e ao Bloco”, outro foi a soberba do primeiro-ministro que dispensou o PSD das negociações. A reação do PS não se fez esperar: José Luís Carneiro acusou Rio de abandonar a defesa de “interesse nacional” num momento em que mundo vive “uma das maiores crises”.
- Seja como for, a maioria dos portugueses acredita que o Orçamento vai mesmo ser aprovado e que se for chumbado a culpa será da esquerda, diz uma sondagem para o Jornal de Negócios e Correio da Manhã.
- Hoje o ministro da Economia vai ao Parlamento defender as medidas de apoio às pequenas e médias empresas, num Orçamento em que há pouca economia e que na verdade são mais repescadas do que novas, explica a Beatriz Ferreira.
- Entretanto, ontem ficámos a saber que uma das medidas que pretende estimular o consumo, o IVAucher, vai ter “tempos de implementação” sujeitos a uma “avaliação específica” que terá em conta a evolução da pandemia.
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Nos Açores vive-se a reta final de uma campanha, em rotações mínimas por causa da pandemia, para as eleições de domingo. Vasco Cordeiro acelera para a maioria absoluta, descreve a Rita Dinis que está em reportagem em São Miguel e acompanhou o presidente do governo regional, e candidato pelo PS a um terceiro e último mandato. José Manuel Bolieiro, o candidato do PSD, bem o tenta travar acusando o adversário de fazer o “discurso do medo”, numa campanha “quase intimidatória” nesta entrevista que deu ao Observador. A conversa aconteceu antes de se saber que o líder social-democrata do PSD está a ser investigado pelo Ministério Público por insolvência culposa quando era presidente da Câmara de Ponta Delgada, avança hoje o Público. |
Do outro lado do Atlântico, outras eleições, outra campanha, esta bem mais animada. Barack Obama interveio pela primeira vez ao vivo na campanha de Joe Biden e como não podia deixar de ser criticou Donald Trump acusando-o de gerir a Casa Branca como um “reality show”. Se já não houvesse polémica q.b nesta corrida eleitoral, esta manhã surgiu a notícia de que o Irão e a Rússia estão a tentar interferir nas presidenciais de 3 de novembro. Hoje há frente-a-frente com Trum p e Biden dá-se um passo em frente num dos temas quentes: a escolha de Amy Coney Barret para o Supremo Tribunal dos EUA. José Gomes André, professor da Faculdade de Letras de Lisboa, pergunta neste ensaio se este tribunal se tornou numa arma política. |
Numa outra reta final está a cor mais falada em Portugal nos últimos dias devido a um nome: João Almeida. O ciclista português segurou ontem a camisola rosa no Giro (a Volta à Itália), ultrapassando uma das etapas mais complicadas da última semana da competição. A jornalista Mariana Fernandes não perde um pormenor desta corrida e acredita que “o pódio, pelo menos o pódio, está cada vez mais perto”. |
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