Enquanto dormia… |
… revelávamos como a ex-CEO da TAP, Christine-Ourmières-Widener, escapou a um corte de 30% na sua remuneração fixa. Um corte que, sublinhe-se, foi aplicado aos outros membros da comissão executiva de que a gestora fez parte. É essa a conclusão que ressalta do último relatório e contas da transportadora, que o Observador consultou e que — ao contrário do restantes elementos de direção — está em branco na parcela “reduções remuneratórias”. Um caso único na lista de nove nomes (entre membros executivos e não executivos) da equipa que Widener integrou. A luz verde para que o corte não fosse aplicado foi dada pela comissão de vencimentos da empresa, que não teve a mesma posição quando, mais tarde, Luís Rodrigues foi convidado a trocar a SATA pela TAP. |
Mostrávamos os indicadores dos tempos de espera por uma consulta — desoladores, olhe-se para onde se olhar. A realização de uma consulta de especialidade com prioridade normal não devia ir além dos 120 dias, depois da marcação. Mas, no raio-x que fez a esta realidade, o Observador constatou que em quase dois terços (64%) das principais especialidades a espera excede (em alguns casos, largamente) os prazos máximos estipulados pela Entidade Reguladora da Saúde (ERS). Oftalmologia (com uma demora superior a três anos), Imunoalergologia (com 608 dias de espera) e Reumatologia (548 dias) são os casos mais críticos. O problema maior é que, como já vimos, esses casos estão longe de ser uma exceção. |
Sérgio Conceição conduzia o FC Porto ao terceiro título da época. Depois da Super Taça e da Taça da Liga, a equipa conquistou a Taça de Portugal, ao bater o Sp. Braga por 0-2 (com um auto-golo de André Horta e um golo de Otávio, num jogo em que cada uma das equipas viu um dos seus jogadores ser expulso, com vermelho direto, por entradas duríssimas sobre o adversário). Mas já antes do jogo o treinador do Porto tinha reconhecido: uma vitória no Jamor não seria a salvação de uma época que terminou, apesar de tudo, com um segundo lugar no campeonato. Mas o dia no Jamor teve mais histórias: |
- Final da taça é dia de festa, e isso significa sempre imagens e testemunhos únicos.
- Com a taça na mão, este domingo, Sérgio Conceição só queria “desfrutar”. Do futuro, fala-se amanhã (ou já hoje).
- Não marcou (esteve quase, e que golo teria sido!), mas assistiu nos dois lances que acabaram com a bola ao fundo das redes do Braga. Galeno, o homem que jogou a sua terceira final da Taça consecutiva (todas com direito a título) e que até já disputou o troféu em representação das duas equipas que estiveram em campo este domingo.
- Outro nome do jogo, Uribe está de partida para o Médio Oriente — palavra de Pinto da Costa. A despedida, essa, ninguém deu por ela.
- E vão 68 títulos para o presidente do Porto no futebol (ou 69, se a contabilidade incluir aquele campeonato da equipa B, ganho em 2016).
- A família até alugou um autocarro na esperança de ver Artur Jorge vencer o primeiro título aos comandos do Sp. Braga. No final, o treinador estava ““desiludido” face à “ambição” da equipa, mas também “emocionado” com “o apoio dos adeptos”.
- Uma nota paralela ao jogo: sete pessoas (duas delas, menores de idade) foram detidas pela ASAE por venda de bilhetes para o jogo a “preços muito acima do valor” a que foram colocados no mercado. Alguns, estavam a ser vendidos por 120 euros (quando tinham sido comercializados por, no máximo, 35 euros).
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Assinalava-se ainda o Dia Mundial das Crianças Vítimas de Agressão. Em Kiev, Volodymyr Zelensky juntou à data um registo que seria sempre negro, independentemente do seu valor concreto: pelo menos 500 crianças ucranianas já foram mortas pelas “armas e o ódio russos”, desde o início da invasão. No mesmo dia, o Washington Post revelava como meios de combate entregues pelos Estados Unidos e Polónia à Ucrânia foram usados em ataques em território russo. A informação gerou dúvidas sobre a capacidade de Kiev para gerir os meios que lhe são enviados pelos países ocidentais — uma preocupação ainda mais relevante num momento em que iam surgindo sinais cada vez mais fortes da disponibilidade dos aliados da Ucrânia para a entrega de aviões de combate F-16. Sobre o início da contraofensiva, a estratégia é não falar: porque “os planos gostam do silêncio.” Para acompanhar a evolução do conflito, pode seguir o nosso liveblog da guerra. |
E se ainda não ouviu, permita-me deixar-lhe duas sugestões que, acredito, não vai querer perder. Uma é a última edição do Fora do Baralho, em que se prestou particular atenção à “derrocada” eleitoral do PSOE nas eleições regionais, que levou Pedro Sánchez a antecipar em quase meio ano as eleições gerais; outra, o 7º episódio do Cheque In, o podcast que acompanha a par e passo a comissão de inquérito à TAP (e que nem precisa de argumentos para que queira entrar a bordo). |
Já no Contra-Corrente, o facto de nenhum membro do Governo ter sido convidado para a Ovibeja e para a Feira Nacional da Agricultura deu o mote para o José Manuel Fernandes e a Helena Matos aprofundarem a análise sobre o estado da Agricultura em Portugal. A partir das 10h10, a antena está aberta para que possa participar. Veja aqui como pode fazê-lo. |
Só mais uma informação, que lhe será da maior utilidade: a Rádio Observador está a chegar ao Ribatejo e Oeste em duas novas frequências, que nos permitem alcançar mais 600 mil pessoas. Em 92.6 fm, já pode ouvir a emissão de Santarém às Caldas da Rainha, de Alenquer a Alcobaça, ou de Torres Novas a Peniche. Em Rio Maior, ficará disponível ainda uma micro-frequência adicional, em 99.5 fm. |
Nesta newsletter encontra as principais notícias para começar esta semana bem informado. E já sabe que, ao longo do dia, pode acompanhar o que de mais importante se passa no mundo e em Portugal no nosso site e na Rádio Observador. |
Tenha uma ótima segunda-feira. |