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Enquanto dormia… |
… surgiu nova polémica em torno da tese de Trump sobre uma qualquer fraude eleitoral nos EUA. O Washington Post noticiou que um funcionário dos correios da Pensilvânia, que tinha denunciado instruções postais para serem aceites votos enviados depois da data das eleições, recuou afinal nessa denúncia quando foi inquirido por investigadores dos US Postal Services. Pouco depois surgiu o próprio funcionário num vídeo no youtube a garantir que não recuou nas alegações e a pedir ao jornal que retirasse o artigo. Quase ao mesmo tempo, o New York Times publicava um artigo segundo o qual dezenas de responsáveis pelo processo eleitoral, com ligações a ambas as candidaturas, refutaram a existência de qualquer fraude nas eleições. |
Lembra-se de Gabriel Branco, o diretor do serviço de Neurorradiologia do Hospital de Egas Moniz que ajudou a fundar o movimento “Médicos pela Verdade” e está a ser investigado pela Ordem dos Médicos por desvalorizar a Covid-19? Este médico, que é assumidamente contra o uso generalizado de máscaras, passou pelo menos 13 declarações a dispensar pacientes do uso de máscaras ou viseiras. Gabriel Branco garantiu ao Observador que “99,9%” dessas declarações descrevem sintomas relacionados a Neurologia. Mas o presidente da Sociedade Portuguesa de Neurorradiologia considera estes atestados “uma prática excessiva e abusiva” das competências de um neurorradiologista. Mais: em quase todos os casos a que o Observador teve acesso, a consulta que deu origem ao atestado foi a primeira de cada doente com Gabriel Branco. E também a última. Uma investigação da Marta Leite Ferreira e da Vera Novais que pode ler aqui. |
No próximo fim-de-semana, em que apenas será permitido circular na rua depois das 13h00 em casos excepcionais, os restaurantes poderão servir refeições depois dessa hora a quem está a trabalhar ou a regressar a casa? Esse é o entendimento da AHRESP, associação que representa os restaurantes, e que fez já um pedido de clarificação ao Governo, embora consciente de que não há nada no decreto do estado de emergência que permita isso. Ontem, o ministro Eduardo Cabrita, sem se pronunciar sobre esta hipótese suscitada pela AHRESP, pediu aos portugueses para ficarem em casa, em vez de “refletirem de forma criativa sobre as circunstâncias excecionais em que se pode circular”. E admitiu mandar fechar estradas e linhas de comboio para evitar a circulação no fim de semana. |
No Brasil, um dos países mais afetados pela pandemia, Jair Bolsonaro está preocupado é com a retoma do turismo e não poupou no vernáculo, num evento em que chamou “urubuzada” à imprensa: “Tudo agora é pandemia. Tem de acabar esse negócio. Lamento os mortos, lamento. Todos nós vamos morrer um dia. Não adianta fugir disso, fugir da realidade. [O Brasil] tem de deixar de ser um país de ‘maricas’”. |
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