Enquanto dormia…

… Miguel Albuquerque explicava, em entrevista ao Observador, que sem uma maioria absoluta nas eleições regionais da Madeira, no próximo domingo, não terá condições para governar — e sai. E mesmo que essa maioria esteja à distância de um único deputado (cenário que as sondagens não sugerem estar no horizonte), o líder madeirense não abre exceções para negociar acordos nem com a Iniciativa Liberal nem com o Chega. Se o PSD-Madeira quiser fazê-lo, essa, diz Albuquerque, já será uma decisão do partido. Mas não contem com ele para isso. Pode contar, isso sim, com uma análise sobre as eleições regionais no Contra-Corrente, com o José Manuel Fernandes e a Helena Matos. Ligue 910024185 e entre em direto.

A pensar noutras eleições — as europeias do próximo ano —, o ‘problema’ de quem apresentar como cabeça-de-lista na corrida ao Parlamento Europeu pode já estar resolvido para a Iniciativa Liberal. João Cotrim Figueiredo é um nome consensual (sem ser oficial) nos corredores liberais e o ex-líder já foi dando sinais de que está disponível para vestir a capa que o partido considerar que lhe assenta melhor.

A expectativa era grande. Afinal, na reunião desta quarta-feira entre os membros do Conselho de Segurança das Nações Unidas, em Nova Iorque, previa-se que Volodymyr Zelensky, Presidente ucraniano, e Sergei Lavrov, ministro dos Negócios Estrangeiros russo, estivessem frente-a-frente pela primeira vez desde o início da invasão da Ucrânia. O encontro (se lhe podemos chamar assim) entre duas das principais figuras da guerra não aconteceu. Quando Lavrov ocupou o seu lugar na sala, há muito que Zelensky já tinha saído. Mas as intervenções que um e outro fizeram no órgão restrito da ONU deixaram claro que há dois discursos absolutamente antagónicos sobre uma série de temas centrais — e, claro, fraturantes: as negociações de paz, o papel da ONU na guerra, as fronteiras da Ucrânia e até a esfera de influência que os dois países querem reforçar no palco internacional. O Observador pôs em confronto essas duas visões e recria o embate direto a que muitos esperavam ter assistido.

É também para as mensagens que Rússia e Ucrânia levaram ao Conselho de Segurança da ONU que se olha, na edição desta quinta-feira do programa História do Dia da Rádio Observador. E continuamos a acompanhar todos os desenvolvimentos da guerra, num dia que começa com a notícia de ataques noturnos sobre seis cidades ucranianas que fizeram pelo menos dois mortos. Ainda nos Estados Unidos, Zelensky é recebido por Joe Biden na Casa Branca e também está previsto um regresso do líder ucraniano ao Congresso norte-americana para um discurso.

O Benfica estreou-se no palco maior do futebol europeu, mas alguém se esqueceu de subir o pano e acender os holofotes. O Estádio da Luz encheu-se para ver a equipa de Roger Schmidt estrear-se com uma derrota frente aos austríacos do RB Salzburgo, por 0-2. O Benfica ainda pôde respirar momentaneamente de alívio, depois de Konaté falhar um penálti nos primeiros minutos do encontro, mas a expulsão de António Silva e o primeiro golo dos austríacos tornaram impossível a missão de repetir a série de resultados conseguida na primeira fase da competição da última época (sem qualquer derrota). O Braga não teve sorte diferente. E o resultado só não foi igual ao do Benfica porque Bruma cabeceou para o fundo das redes da equipa italiana aos 84 minutos. A euforia na Pedreira durou poucos minutos, só até Kianaté ter concedido, aos 88 minutos, um auto-golo que encerrou o primeiro capítulo da Champions com um 1-2.

Por falar em livros, foi também por aí que andou a conversa entre o Pedro Boucherie Mendes, o Bruno Vieira Amaral, a Maria Ramos e o Tiago Pereira na última edição do Pop Up da Rádio Observador. Setembro é mês de rentrées e, porque não?, de definir planos de leitura para o ano que agora começa. Eles sugerem os títulos, eu sugiro-lhe que ouça o episódio.

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Boa quinta-feira.