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Enquanto dormia… |
… chegava o dia em que se vai saber se, pela primeira vez em Portugal, um ex-primeiro-ministro vai a julgamento e por que crimes, sendo que um deles pode ser o de corrupção. A partir das 14h30, o juiz Ivo Rosa fará a leitura da decisão instrutória da Operação Marquês — que será seguida em direto no nosso site e com uma emissão especial na rádio — em que ficaremos a saber o futuro dos 28 arguidos (além de José Sócrates, há Ricardo Salgado, Carlos Santos Silva, Zeinal Bava, Henrique Granadeiro e Armando Vara, por exemplo), e todas as hipóteses estão em aberto. O Luís Rosa traçou os três cenários possíveis, desde os extremos, que são decretar a nulidade do processo ou aceitar todas as acusações do Ministério Público, ao meio termo, que parece o mais plausível: deixar cair alguns crimes, como os de corrupção de que Sócrates está acusado. Mas tudo isso tem implicações. E ainda pode haver reviravoltas e até a separação do processo. |
Se já está algo esquecido de todo este caso, sugiro as seguintes leituras: |
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Na polémica da AstraZeneca, Portugal seguiu outra vez a corrente da maioria dos países e vai dar esta vacina apenas a pessoas acima dos 60 anos (aquelas para as quais inicialmente não estava recomendada). Depois da confirmação de que os casos de coágulos (ainda que raros) relacionados com este medicamento aconteciam sobretudo em pessoas mais jovens (houve dois casos em Portugal, nenhum fatal, e só um relacionado com a AstraZeneca), o Infarmed, a DGS e a task force decidiram alterar as regras: a consequência mais imediata é um segundo adiamento da vacinação de professores e profissionais de escolas por um semana. Saiba que impacto terá esta limitação por idades, que atrasos pode provocar e o que acontece a quem já tomou a primeira dose. |
Mas há outra questão relacionada com a vacinação em Portugal que continua por resolver: a dos autarcas. Depois das irregularidades em que alguns presidentes de câmara foram vacinados indevidamente, o despacho de 26 de janeiro sobre políticos e “pessoas que asseguram serviços essenciais” colocou-os entre os grupos prioritários. Alguns recusaram e quiseram sê-lo apenas na sua vez como cidadãos normais, outros já foram vacinados, mas a Inês André Figueiredo e a Rita Penela descobriram que, mais de dois meses depois, alguns ainda nem sequer foram contactados. Fernando Medina, presidente da câmara Lisboa, e Manuel Machado, presidente da câmara municipal de Coimbra, e também presidente da Associação Nacional de Municípios Portugueses, são dois deles. A task force diz que desconhece as falhas e responsabiliza as ARS — isto depois de a ministra Ana Abrunhosa ter lamentado as discussões sobre este tema no funeral de Almeida Henriques, numa declaração… digamos infeliz. |
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