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Enquanto dormia… |
… o Observador publicou um extenso trabalho sobre os argumentos invocados pelas defesas dos arguidos no processo da Operação Marquês, cuja decisão instrutória vai ser conhecida na tarde de sexta-feira, mas que está longe de terminar. O Especial do Luís Rosa e da Sónia Simões recorda como os advogados da maioria dos arguidos – de José Sócrates e Carlos Santos Silva a Armando Vara, passando por Ricardo Salgado – optaram por invocar “nulidades e alegadas ilegalidades” que o Ministério Público (MP) terá cometido na obtenção da prova durante a fase de inquérito. Apenas a defesa de Zeinal Bava optou por tentar desmontar os factos apresentados pela acusação. Seja como for, estes argumentos constituem o ponto de partida para o juiz Ivo Rosa apreciar o despacho de acusação. E é quase certo que o polémico juiz de instrução criminal não seguirá na íntegra a acusação do Ministério Público. |
… Outra advogada foi notícia durante a madrugada. Não por questões jurídicas ou grandes casos na barra dos tribunais, mas sim pela relevância política. O PSD escolheu oficialmente (e em definitivo) Suzana Garcia como candidata à câmara da Amadora, uma localidades mais populosas do país. A decisão – que deu polémica (pelas posições que a advogada assume) e levantou críticas internamente – foi homologada pelo Conselho Nacional do partido já passava da meia-noite. Rui Rio teve de sair em defesa da escolha, bem à sua maneira: a polémica nos media – que recordaram como a comentadora defende a castração química ou a sua proximidade ao Chega – foi injustificada. |
O tema das moratórias bancárias continua a preocupar economistas e instituições internacionais (mais do que à banca portuguesa). Em entrevista ao Edgar Caetano, o professor da Nova SBE Paulo Soares Pinho diz que o Estado está a falhar na sua função essencial de apoiar os cidadãos durante a pandemia e deixa um alerta: quando as moratórias de crédito a clientes empresariais acabarem (fim previsto para 30 de setembro) “muitas empresas que vão fechar a porta e abrir, ao lado, livre de dívidas”. |
Hoje o FMI divulga o Fiscal Monitor, um relatório dedicado às questões orçamentais em todo o mundo. Como a análise da instituição é feita usando a base de dados do World Economic Outlook, o Vítor Oliveira foi dar uma espreitadela e lá estavam as previsões para o défice português deste ano e dos anos seguintes. As notícias não são boas: o Fundo Monetário Internacional acredita que vamos fechar o ano com um défice de 5,04%, pior do que a última previsão, feita em outubro, que apontava para 2,7%. E só em 2024 (já numa nova legislatura) as contas públicas deverão estar no verde. Fique atento que ao longo do dia haverá mais pormenores. |
Nesta newsletter tem as principais notícias para começar esta quarta-feira bem informado. E já sabe que a qualquer hora encontra toda a informação atualizada no nosso site e na rádio Observador. Até amanhã. |