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Enquanto dormia… |
… contavam-se espingardas no CDS, uma atividade que se vai arrastar até amanhã, numa batalha que se avizinha renhida. Francisco Rodrigues dos Santos e Adolfo Mesquita são os comandantes das duas fileiras que se confrontam neste Conselho Nacional extraordinário do qual sairá um partido mais definido. Para já, o atual líder parece estar em vantagem, mas o antigo vice-presidente de Assunção Cristas, que motivou estas eleições internas, não perde a esperança. Hoje, Telmo Correia, num artigo de opinião que escreveu para o Público, vem insistir na necessidade de um congresso, sob pena de Francisco Rodrigues dos Santos, ser um “líder coxo”, mesmo que ganhe na reunião de amanhã. |
Continua a saga da violação das regras do Plano de Vacinação, com mais ou menos interpretações alargadas (ou abusivas?) do que é ser-se prioritário. Ontem ficámos a saber, numa notícia Observador, que o Grupo Luz Saúde vacinou todos os funcionários e administradores dos hospitais da Luz e do Beatriz Ângelo. |
- Numa outra notícia Observador, tornou-se ontem conhecido que o novo dirigente da delegação do INEM no Porto, afinal, também autorizou o uso de vacinas que sobravam em pessoas externas ao instituto (numa pastelaria, por exemplo), facto que levou à demissão do seu antecessor.
- Foram as irregularidades na aplicação da vacina a pessoas não prioritárias que fizeram com que Francisco Ramos, o coordenador da task force do Plano Nacional, se demitisse. Será que agora o eterno secretário de Estado ainda poderá chegar a ministro?, pergunta Ana Kotowicz, que lhe traçou aqui o perfil.
- Mas, pede o primeiro-ministro, não se tome a parte pelo todo, ou melhor a fruta pelo pomar. António Costa veio ontem dizer que um “fruto podre” não põe em causa “o grande sucesso” do Plano de Vacinação, sublinhando que esses desvios devem ser punidos, poucas horas depois de o PSD propor autonomizar a vacinação irregular como crime com penas de prisão até aos três anos.
- Já Marta Temido optou por dirigir a sua irritação contra quem denuncia a batota na lista dos prioritários, criticando o “manto de suspeição” que se está a lançar sobre o processo.
- Os problemas no processo de vacinação não se limitam apenas ao desrespeito pela lista dos prioritários ou à escassez de vacinas que tem posto a Comissão Europeia sob fogo cerrado de vários países, obrigando Ursula von der Leyen a admitir que subestimou as dificuldades. É que Portugal não antecipou a compra de seringas pequenas para aproveitar a sexta dose dos frascos da vacina e os fabricantes não estão a cumprir as entregas. E, pelos vistos, as vacinas prometidas não estão a chegar todas às autarquias. Pelo menos a Cascais, segundo denunciou esta manhã Carlos Carreiras à Rádio Observador: só vai receber 100 e não 3.335 vacinas na próxima semana, como era esperado.
- Há ainda mais uma questão a inquietar a Europa: a vacina produzida por Oxford/Astrazeneca pode ou não ser ministrada a maiores de 65 anos? Já são dez os países que não o recomendam (com a Bélgica a descer o limite para os 55 anos). Por outro lado, um estudo veio lançar alguma sombra numa notícia animadora, a de que bastaria uma dose desta vacina bastaria para prevenir até dois terços das transmissões do SARS-CoV-2. Só que ontem vários investigadores pediram cautela nessa análise: dizem que o salto para essa conclusão foi demasiado grande.
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Foi Nanú quem marcou a noite desportiva. Não apenas pelo choque terrível com Kritciuk (que não foi penálti) na partida que ditou a derrota do FC Porto frente ao Belenenses SAD, mas porque estava a ser o melhor em campo até aí, como escreve Mariana Fernandes na crónica do jogo. Sérgio Conceição não gostou que não tivesse sido assinalada a grande penalidade pela arbitragem: “É revoltante. Fomos enganados, fomos roubados aqui”. |
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Bom dia e bom fim de semana (não se esqueça que é proibido circular entre concelhos a partir das 20h00, mas não se aborreça por ter de ficar em casa: damos-lhe sete sugestões que vão desde concertos e o Ano Novo Chinês à mesa). |