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Enquanto dormia… |
… a campanha eleitoral queima os últimos cartuchos. Hoje termina e os candidatos dão o tudo por tudo nestas últimas horas, em que várias sondagens obrigam a fazer contas à vida. No nosso explicador pode ver como são feitas as sondagens. |
- António Costa sai da campanha com todos os cenários em cima da mesa. No PS ninguém tem dúvidas se ganhar, Costa vai reunir-se “não só com Catarina Martins mas com todos, à exceção do Chega, com quem não há nada a falar”.
- Só que Rui Rio acredita que pode mesmo vencer as eleições. No Porto, teve Paulo Rangel, Luís Filipe Menezes e José Pedro Aguiar-Branco — que estiveram do lado de lá da barricada, em algum momento, no PSD — ao seu lado para sinalizar isso mesmo. O dia seguinte — se a vitória acontecer — terá outro líder no PS (Costa já disse que sairia se perdesse as eleições), mas terá de haver convergências desta feita à direita.
- André Ventura será equação num governo à direita? O líder do Chega adaptou a letra de Rui Veloso (Anel de Rubi) para a mensagem a outro Rui, o Rio: “Mesmo sabendo que sou uma espécie de PS dois, eu dou-lhes a hipótese de termos um Governo para mandar António Costa para casa no domingo.”
- Ainda nas direitas, João Cotrim de Figueiredo — cuja caranava se cruzou ontem com a do PSD — acredita que a Iniciativa Liberal pode chegar ao terceiro lugar, deixando para trás “forças do passado, inimigos do progresso e forças extremistas”, como Bloco de Esquerda, CDU e Chega.
- É pela saída do PS do Governo que Francisco Rodrigues dos Santos dá nova designação à sigla CDS – “Costa Deve Sair”. Mas o líder do partido centrista não desarma também contra o bloco central e contra o Chega.
- A disputa pelo terceiro lugar parece acesa. Catarina Martins vai dizendo que é o Bloco que continua em terceiro — “as sondagens não são votos”. E é do Bloco de Esquerda que se segue a versão do voto útil, o que “desempata a vida política em Portugal, esse é que é o voto útil”. A líder do Bloco de Esquerda, que ontem na campanha teve ao seu lado Ana Drago, luta, também, para por o Chega de lado.
- Jerónimo de Sousa está de volta à campanha. Enfiou PS e PSD no mesmo saco, mas o que o preocupa mesmo é a ascensão da direita. E, por isso, à esquerda o discurso parece já um sinal de coligação: “Um deputado da CDU contará duplamente para derrotar a direita. É um deputado a menos na direita e não deixará passar a direita nem a extrema-direita, promovidos por projetos reacionários”.
- Rui Tavares, no único comício que realiza durante toda a campanha — a que o Livre chamou festa de encerramento, em Lisboa –, mostra-se confiante de que o partido vai para o Parlamento para ficar. E nas hostes do Livre acredita-se que a noite de domingo pode ser de surpresa.
- Inês Sousa Real atacou bloco central, mas também os partidos mais à direita Chega e Iniciativa Liberal. Mas houve outro fantasma na campanha do PAN. Catarina Rodrigues. A deputada que se liberou do partido deixou o PAN com menos um deputado, que, agora, quer resgatar.
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Muitos falam em voto útil. Mas o que é isso do voto útil. É o tema do contra-corrente desta sexta-feira com José Manuel Fernandes e Helena Matos. Ligue 910024185 e entre em direto. |
No final de um dia de campanha, normalmente cansativo, alguns dos líderes falaram ao Observador por telefone. Naquela que foi a sua última chamada, em dois dias de campanha. Cenas que estão fora dos ecrãs, mas que estão nos microfones da Rádio Observador e na pena do jornal online. |
Segunda-feira será tempo de outros balanços. O dos votos. Prepare-se para o ato eleitoral, vendo que partidos estão mais próximos do seu ponto de vista, no nosso Votómetro. Para refletir. Não é uma recomendação de voto. E para o pós-eleitoral vá fazendo também, por si, as contas na nossa Coligadora, e veja as coligações possíveis. |
Mas enquanto a campanha decorre, lá fora ainda existe uma pandemia. Mas é cada vez mais assunto a mudança de atitude em relação à Covid-19. Vai chegar um momento em que o SARS-CoV-2 será encarado (mais ou menos) como os vírus respiratórios mais comuns, mas ainda não se sabe se será tão benigno como uma constipação ou tão ou mais grave que a gripe sazonal. Também não se sabe bem quando acontecerá ou, pelo menos, não será igual em todo o mundo. A polémica em torno da contabilização pela DGS do número de mortes continua. A DGS garante que contabilização de mortos por Covid-19 segue regras da OMS. Mas cada hospital segue métodos diferentes. |
Ao longo do dia, vamos continuar a acompanhar a atualidade, em particular neste último dia de campanha eleitoral. Na reta final disponibilizamos gratuitamente todos os artigos sobre as legislativas. Amanhã será dia de reflexão e domingo é dia de decisão. Nesta newsletter encontra as notícias essenciais desta manhã. Siga-nos no nosso site e na Rádio Observador. Bom fim de semana |