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Enquanto dormia… |
… o hospital Amadora-Sintra tinha conseguido resolver as falhas e estabilizado o sistema de oxigénio que desde ontem à noite obrigou a transferir de urgência 53 doentes Covid (hoje serão transferidos mais 19). Do que já se sabe desta situação preocupante, a culpa foi da sobrecarga das redes devido ao elevadíssimo número de internados, a maioria com necessidade de oxigénio medicinal em alto débito, que nem o reforço do fornecimento conseguiu suportar. O Fernando Fonseca é o hospital com mais internamentos por Covid-19 do país (363 quando a capacidade inicial era para apenas 120), uma subida de 400% desde 1 de janeiro. Quer o bastonário da Ordem dos Médicos, quer a bastonária da Ordem dos Enfermeiros, dizem que o que aconteceu era expectável e que pode repetir-se noutro locais. Manuel Guimarães diz mesmo que não foi uma “avaria”. |
As notícias sobre a Covid-19 em Portugal continuam aliás bastante desanimadoras. O dia de ontem foi de novos máximos, com quase 300 mortes (291) e o ultrapassar da barreira das 11 mil vítimas mortais, e um total de 6.472 pessoas internadas que ajuda a pedir ajuda internacional. Por isso, na reunião com os primeiros partidos (hoje serão ouvidos os restantes) para renovar o estado de emergência, Marcelo Rebelo de Sousa admitiu que o encerramento de fronteiras está previsto e defendeu o ensino à distância. Já as novas prioridades do plano de vacinação — que deixam profissionais de saúde e idosos de fora, mas incluem deputados, autarcas e magistrados do Ministério Público — não páram de gerar polémica: os partidos mostraram-se contra esta generalização aos órgãos de soberania e líderes partidários e deputados rejeitaram ser vacinados, cedendo o seu lugar a quem acham que deve ser realmente prioritário. Com uma exceção. |
E foi na política que já à entrada da madrugada, estourou uma verdadeira bomba no CDS-PP. Adolfo Mesquita Nunes, há muito apontado como candidato à liderança, pediu eleições internas urgentes, argumentado que “a crise de sobrevivência que o partido atravessa não conseguirá ser resolvida com esta direção”. Está tudo bem claro no artigo de opinião publicado no Observador, com o título “Uma nova força para o CDS”. |
Um desafio que surgiu a poucas horas da entrevista de Francisco Rodrigues dos Santos em direto na Rádio Observador, que pode ouvir a partir das 9h00 (online, ou em 98.4 FM em Lisboa e 98.7 FM no Porto). O líder dos centristas diz que “neste momento o mais importante é por o interesse nacional à frente da geografia dos partidos” — ou seja, o combate à pandemia –, mas diz que se sente legitimado para continuar, ainda que esteja disponível para discutir os problemas internos do partido. Daqui a pouco terá a entrevista na íntegra em podcast e mais tarde poderá lê-la no nosso site. |
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