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Enquanto dormia… |
… as contas aos números de testes à Covid mostravam que estes tinham caído quase para metade em relação ao pico desta 3.ª onda da pandemia, a meio de janeiro. Os números foram dados ao Observador pelos principais laboratórios do país, uma semana depois de ter entrado em vigor a norma que previa precisamente o alargamento da testagem. A estratégia (da Dinamarca) foi considerada essencial para travar a pandemia na última reunião do Infarmed (depois da já famosa intervenção do epidemiologista Manuel Carmo Gomes) e implementada quase de imediato pela DGS, mas afinal ainda mal saiu do papel. |
Hoje os especialistas voltam a reunir com o Governo para discutir a próxima fase de medidas da pandemia. Depois de Marcelo Rebelo de Sousa, António Costa e a maioria dos médicos e infecciologistas dizerem que é ainda muito cedo para falar em desconfinamento, a ministra Mariana Vieira da Silva veio anunciar que esse desconfinamento vai seguramente começar pelas escolas. O encontro desta tarde no Infarmed, além de fazer o ponto da situação da vacinação, deverá traçar cenários e prazos com base nos dados atuais da Covid em Portugal: ontem o número de internamentos voltou a subir ao fim de cinco dias a descer e está ainda muito longe das metas traçadas pelo próprio Presidente, que se baseiam na pressão hospitalar (média de 1.500 internamentos, 200 em UCI, quando estamos atualmente com cerca de 4 mil, 700 em cuidados intensivos). |
Ainda por cima há, literalmente, uma outra variante importante a ter em conta nesta reunião. Ontem foram identificados em Portugal os primeiros sete casos associados à mutação da variante brasileira de Manaus. Trata-se de uma das mutações que mais preocupa os cientistas pelas dúvidas que coloca sobre o efeito das vacinas e junta-se às outras variantes já identificadas no nosso país, como a britânica, a da África do Sul e uma nova, associada à californiana. Em entrevista à Vera Novais, Celso Cunha, virologista do Instituto de Higiene e Medicina Tropical (IHMT), tinha alertado que “ao aparecerem novas variantes, a probabilidade de novas reinfeções é maior e pode haver sintomas mais severos”. |
Em Espanha viveu-se a sexta noite de protestos conta a detenção do rapper Pablo Hasél. Os manifestantes terão sido já bastante menos (de 7 mil reduziram-se para 700), mas foram detidas mais oito pessoas e mais dois polícias tiveram de ser hospitalizados. Ao longo da semana, houve 110 detenções e 91 polícias ficaram com ferimentos. A contestação criou brechas dentro da coligação governamental (o Podemos ainda não condenou a violência) e ganhou dimensão política (as ligações ao independentismo catalão), num braço de ferro entre o que uns consideram simples liberdade de expressão, quando o crime em causa pelo qual o artista foi condenado é o de incentivo ao terrorismo e à violência. |
No campeonato de futebol, o Benfica voltou a escorregar. Empatou com o Farense num jogo sem golos e ficou a 15 pontos do primeiro lugar, que é do líder Sporting. Há 24 anos que os benfiquistas não estavam tão longe do 1.º lugar nesta altura, mas Jesus afasta qualquer hipótese de demissão. Só que, como diz a Mariana Fernandes na crónica do jogo, aos 50 minutos, Darwin pôs as mãos à cabeça e foi a imagem de uma equipa inteira. Hoje o FC Porto fecha a jornada na Madeira com o Marítimo (19h00), antes de receber os leões no Dragão no próximo sábado no clássico que pode deixar quase as contas do título arrumadas. |
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Bom início de semana. |