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Enquanto dormia… |
… A farmacêutica AstraZeneca suspendeu os testes à vacina para a Covid-19 que está a desenvolver em parceria com a Universidade de Oxford. Esta era a vacina que Portugal deveria receber até ao final do ano, caso se comprove que é eficaz. A empresa explicou que a vacina causou uma reação adversa numa das pessoas que participava no estudo, no Reino Unido. Esta reação terá agora de ser estudada, indicou a AstraZeneca, salientando, no entanto, que se trata de um procedimento de rotina e até habitual em testes clínicos deste género. |
Na linha de vários países que se preparam para uma segunda vaga de infeções com a chegada do Inverno e o regresso às aulas, o primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, prepara-se para anunciar hoje que vai proibir os ajuntamentos sociais com mais de seis pessoas, tanto em espaços interiores como exteriores, ainda que com exceções como os locais de trabalho ou as escolas, funerais, casamentos ou modalidades desportivas que se realizem em condições de segurança. Em três dias, a Inglaterra registou um pico de 8.500 novas infeções. |
Ontem foi (finalmente) divulgada a auditoria da Deloitte a quase 20 anos de operações do BES/Novo Banco, ainda que o documento esteja cheio de rasuras que impossibilitam ver os nomes dos grandes devedores do banco ou detalhes sobre operações de concessão de crédito ou vendas de ativos, como participações ou carteiras de imóveis. Mas são 371 páginas com muita informação e que permitem comprovar que o Novo Banco fez vendas de participações e ativos sem analisar conflitos de interesse nem avaliar compradores, ou vendas em que a informação enviada ao supervisor foi dada pelo comprador. Por outro lado, a auditoria indica que quase 50% das perdas do Novo Banco com créditos foram registadas quando o banco já era detido maioritariamente pela Lone Star. |
E como boa parte das perdas do Novo Banco estão cobertas pelo mecanismo de capital contingente – ou seja, como indiretamente a fatura pode ir parar ao contribuinte português – o Observador preparou-lhe um especial com a anatomia das operações que mais perdas geraram. Para ler aqui. |
Num dia cheio de Novo Banco, a Procuradoria-Geral da República (PGR) juntou-se à discussão sobre se o banco liderado por António Ramalho está ou não a vender ativos “ao desbarato”, como acusou o líder do PSD, Rui Rio, num debate parlamentar. E a PGR entende que não existem provas em como as vendas – da forma como estão a ser feitas – possam causar ao Estado dano grave e de difícil recuperação”. Até vai mais longe: como o Estado não é credor do Novo Banco, mas sim do Fundo de Resolução que o compensa pelas perdas, mesmo que o banco estivesse a fazer vendas “ruinosas”, estas não resultariam em prejuízos para o Estado. |
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