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Enquanto dormia… |
… quem assistiu ao primeiro debate entre Donald Trump e Joe Biden antes das presidenciais para os EUA dificilmente conseguiu adormecer. Entre gritos, insultos e acusações, naquele que já é considerado o pior debate de sempre, mal sobrou tempo para falar de política ou trocar ideias entre os candidatos conservador e democrata às eleições de 3 de novembro. Dos muitos jornalistas do Observador que se mantiveram acordados, o João de Almeida Dias e o João Francisco Gomes acompanharam em direto a batalha de Cleveland no liveblog que esteve na nossa manchete ao longo da noite, que o João de Almeida Dias analisou depois aqui e comentou na rádio já esta manhã. O João Francisco Gomes, baseando-se em vários media, fez seis fact checks ao que Trump e Biden disseram sobre pandemia, recessão ou violência policial e onde fugiram à verdade. Quem ganhou? As sondagens apontam para Biden, mas… |
Por cá, mas à porta fechada e sem câmaras a transmitir, houve discussão entre António Costa e Catarina Martins (e a comitiva do Bloco de Esquerda) para desbloquear o impasse das negociações para a aprovação do Orçamento do Estado. O encontro com os bloquistas teve lugar na noite de ontem e vai repetir-se hoje de manhã com Jerónimo de Sousa (e a equipa do PCP). Os dois partidos foram chamados a São Bento para debaterem diretamente com o chefe do Governo as grandes divergências que estão a travar um acordo à esquerda, a começar pela solução para o Novo Banco. Problema: os bloquistas não sentiram que tivessem existido quaisquer avanços, e, como contam a Rita Tavares e a Rita Dinis, deixaram um aviso: só com mais encontros a dois com Costa (já têm mais um marcado para este fim de semana) as coisas se poderão vir a resolver. As “negociações não estão fáceis”, “não é bluff“, garantiram, ignorando as palavras/promessas de Costa durante a manhã ao lado de Ursula von der Leyen– “haver uma crise política era absolutamente insano”. No meio destas conversações, a frase da presidente da Comissão Europeia, que em entrevista ao Rui Pedro Antunes disse estar “confiante que os políticos portugueses vão ser muito responsáveis”, pode vir a ser considerada até uma pressão(zinha) externa dispensável. |
A outra novidade do dia foi o regresso do público aos estádios. Depois de o secretário de estado da Saúde, António Lacerda Sales, ter garantido em entrevista e numa das conferências de imprensa da DGS, que a a atual situação em Portugal (ontem registaram-se 688 novos casos e desde maio que não havia tantas pessoas internadas nos cuidados intensivos), não permitia para breve que houvesse assistência em recintos desportivos. Depois de ter sido recusada presença de personalidades na tribuna VIP do Estádio da Luz. Depois de muitas críticas de Pinto da Costa. Ontem as autoridades de saúde (a)cederam ao pedido da Liga para que o Santa Clara-Gil Vicente fosse o primeiro jogo com (mil) adeptos nas bancadas. E logo depois soube-se que a Federação também chegou a acordo para que os dois jogos da seleção, o Portugal-Espanha e o Portugal-Suécia, em Alvalade, pudessem receber 5% e 10% da lotação das bancadas. |
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