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Enquanto dormia… |
… chegava o 2 de março, o dia que marca a passagem da entrada oficial de Portugal no mapa da Covid-19. Começou há um ano a era da pandemia no país e com ela a presença diária de Graça Freitas, Lacerda Sales ou Marta Temido nos ecrãs de televisão. Ainda se lembra do “Não use máscara”, um dos primeiríssimos conselhos da Direção Geral da Saúde? A jornalista Tânia Pereirinha recorda-se bem dessa e de outras mensagens contraditórias e com ajuda de especialistas responde à pergunta: “Onde é que a comunicação com os portugueses falhou?”. No texto que faz a manchete do Observador neste início de manhã, explica-nos como o sucesso da comunicação não se afere pela quantidade das conferências de imprensa (que, aliás, acabaram porque, segundo disse ontem a ministra da Saúde, os portugueses estavam cansados de a verem ao lado da diretora geral de saúde, ambas vítimas de “farpas e varapaus”). |
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Outra contagem de dias e o fim de um “segredo”: 45 anos depois, aquele que ficou conhecido como o “Relatório das Sevícias”, deixou de estar catalogado como “secreto” por ordem do Presidente da República. Marcelo Rebelo de Sousa não sabia que o documento que relata prisões arbitrárias, tortura e outros abusos cometidos por forças militares e civis entre o 25 de Abril de 1974 e o 25 de Novembro de 1975, estava assim classificado. Descobriu-o durante a controvérsia acesa com a morte de Marcelino da Mata, foi averiguar e mudou-lhe o estatuto. Pormenor: só existem dois exemplares, publicados em julho de 1976, no Arquivo Histórico de Belém. |
Outro calendário, outra realidade: cinco meses passados, o Chega suspendeu Rui Roque, o militante que levou a votos uma das mais polémicas moções da II Convenção Nacional do partido: a da remoção de ovários a mulheres que tenham abortado “por razões que não sejam de perigo imediato para a sua saúde, cujo bebé não apresente malformações ou tenham sido vítimas de violação”. |
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