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Catálogos pequenos, grandes artistas

14 mar. 2023, 18:52
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A Música na Minha Cabeça

A Música na Minha Cabeça

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Fotografia de Martim Sousa Tavares
Martim Sousa Tavares
Autor de Newsletter
Foto da Newsletter

Um catálogo extenso não é sinónimo de grandeza. E vice-versa.

No máximo, sessenta. É este o número de pinturas que os entendidos acreditam que Johannes Vermeer tenha pintado ao longo da sua vida de 43 anos.

Dessa estimativa, que varia de cinquenta a sessenta, conhece-se mais ou menos a metade, pois chegaram aos nossos dias (autenticados e identificados) 34 pinturas a óleo que sabemos serem da autoria de Vermeer.

É conhecido o seu método lento (exasperantemente lento para os clientes que ia tendo), assim como o zelo extremado que fazia com que chegasse a contrair dívidas a fim de poder pintar com o uso de pigmentos e materiais caríssimos para a época. Em suma, um perfeccionista. São assim alguns dos meus criadores preferidos. Gente de muito labor e catálogos pouco extensos. Na verdade, alguns são mais do que preferidos. São heróis, mesmo.

Pergunto-me quem desse lado conhece a obra de Albert Cossery (na imagem) e a vida por trás da obra.

Em linhas breves, falo de um escritor egípcio radicado em Paris, onde habitou o mesmo quarto num hotel nada charmoso no coração do Quartier Latin durante sessenta anos, desde o final dos anos 40 do século XX até à sua morte em 2008, aos 94 anos.

Cossery escreveu apenas oito romances, já que a sua vida foi dedicada à prática activa da preguiça, designada e entendida enquanto espaço e tempo para a reflexão. A sua actividade foi basicamente a inactividade militante, escrevendo ao glorioso ritmo de uma frase por semana!

Os seus livros, que diga-se de passagem, são brilhantes, passam-se todos na sua cidade natal do Cairo ou em paragens imaginárias do Levante. E todos são, de uma forma ou outra, um manifesto suave e silencioso em defesa dos valores da inércia enquanto forma de resistência e marginalidade mas sobretudo, como forma de liberdade.

Cossery foi um homem livre porque se libertou das expectativas que recaem sobre todos nós: ignorou a pressa, a pressão e a produtividade. Sentiu-se um príncipe caminhando de mãos nos bolsos pelas ruas de Paris, na sua bolha de tranquilidade, imperturbável perante o mundo em ebulição à sua volta.

Segundo o próprio, é assim que vivem os homens sábios no Egipto. O trabalho é para os tolos, aqueles que não compreenderam nada na vida. No meu livro preferido de Cossery, Mandriões no Vale Fértil, acompanhamos a vida de uma família privilegiada que se dedica a um sono indolente e constante, acordando apenas para fazer as suas refeições, preparadas por uma empregada que, essa sim, tem de trabalhar. Um livro de tal forma preguiçoso que chega a ser perigoso e assustador lê-lo, porque vai contra tudo aquilo que nos ensinam sobre produtividade, bem-estar, realização e ambição pessoal.

Alguns compositores também são de certa forma como Vermeer ou Cossery. Catálogos curtos não porque viveram vidas tragicamente curtas, como Schubert ou Mozart, mas porque o seu ritmo foi outro, deixando um catálogo mais restrito de forma quase propositada. Um deles, e bem fascinante, é Édgard Varèse, a quem a história da música reconhece o estatuto de gigante do modernismo, que no entanto deixa um legado feito de apenas 17 composições.

Na verdade, Varese, que nasceu em 1883 em Paris, escreveu mais música, sobretudo enquanto vivia na Europa, mas um incêndio num armazém de Berlim em 1913 propagou-se ao local onde tinha todos os seus manuscritos e eliminou para sempre todas as suas composições de juventude. Em 1915 o compositor, agora desprovido de catálogo, emigrou para os EUA devido à guerra na Europa e foi como um recomeço de vida de alguém que não olha para trás.

Se a sua música de juventude era (segundo se diz) inspirada pelos românticos tardios como Strauss ou pelo simbolismo de Debussy, a música escrita em solo americano será algo de totalmente novo. E dessa música, temos apenas as ditas 17 composições, compostas de forma espaçada ao longo dos cinquenta anos que ainda viveu na América.

Deixo-vos este link para que possam ouvir (e ver) Amèriques, a sua obra orquestral mais famosa e talvez mais inspirada. Recomendo vivamente que a degustem de fio a pavio porque 1) se calhar não a conheciam e 2) porque não é todos os dias que nos deparamos com uma orquestra tão descomunal e de timbres tão ricos, capaz de evocar sonoridades que vão das civilizações pré-colombianas ao mais cosmopolita modernismo do século XX.

Muita da obra de Varese, como vimos, foi consumida pelas chamas de um incêndio. Contam-se histórias de que as partituras que não desapareceram nessas chamas foram destruída pelo próprio, como que para fazer tabula rasa no seu próprio legado, eliminando aquilo que não estava à altura da sua própria exigência.

Aqui entramos numa nova dimensão, que é a de autores que destroem a sua própria criação. A lista é longa e oferece-nos as mais variadas razões e episódios curiosos. Um deles é o pintor francês Charles Camoin (1879-1965) que, após uma exposição de sucesso em 1913, atravessando um período de doença mental, destruiu cerca de oitenta pinturas suas, deixando os destroços numa grande pilha de tela rasgada. A partir destes destroços, e à sua revelia, um amigo reconstruiu algumas telas e preparava-se para as vender em leilão, não tivesse Camoin ripostado com um processo em tribunal, que ganhou. Assim, as malogradas telas acabaram sendo destruídas uma segunda vez, once and for all.

Em música, existe um caso parecido, devido também à doença mental. Trata-se de Henri Duparc (1848-1933), que aos 37 anos decidiu abruptamente parar de compor e, pouco tempo depois, deu às chamas a quase totalidade do seu catálogo, salvando-se apenas as obras que já tinham sido publicadas e uns quantos manuscritos. No total, ficaram cerca de quarenta composições de enorme beleza, que nos fazem lamentar a perda de tanta música que nunca havemos de ouvir.

Para provar a dimensão da perda, recomendo a belíssima composição orquestral Aux Étoiles, que Duparc dedicou ao açoriano Francisco de Lacerda, compositor e maestro que desenvolveu uma interessante carreira em França na transição entre séculos, até regressar definitivamente a Portugal em 1928.

Ao ouvir esta música, aos nossos ouvidos extraordinária, do mesmo nível de tantas outras cujo autor decidiu queimar por as considerar vergonhosas, não podemos deixar de nos questionar sobre a nossa própria legitimidade para desejar ouvir aquilo que o autor destruiu. Afinal de contas, a quem pertence a criação? Ao criador ou ao mundo inteiro?

E, às vezes, não terá o autor razões para destruir uma sua obra?

Um caso interessante é o do romance inacabado que Vladimir Nabokov pediu que a mulher destruísse após a sua morte. A viúva, incapaz de o fazer, guardou o manuscrito toda a vida. Este passou para o filho, que também foi incapaz de o destruir e acabou publicando-o em 2009.
O Original de Laura, como se chama, foi um flop e a crítica foi unânime ao considerar que o autor tinha razões para o querer destruir.

Pois é, por muito genial que seja um autor, temos de aceitar que por vezes uma obra não saia assim tão genial. E por isso, por muito que nos custe a acreditar, depois de ouvir um pouco da música de Varèse e Duparc, temos de aceitar que os compositores podiam ter razões válidas para querer a eliminação da sua própria obra.

Um outro caso famoso, que não posso deixar de citar, é o de Franz Kafka, que pediu ao amigo Max Brod que deitasse ao lume os seus escritos após a morte do autor. Há quem diga que Kafka só o fez porque sabia que Brod nunca destruiria a sua obra, mas ainda assim a humanidade correu o risco de nunca vir a conhecer alguma da mais brilhante narrativa de todos os tempos. E é graças a Max Brod (grande abraço!) que os meus leitores podem, ao longo desta semana e da próxima, vir ao Teatro São Luiz assistir à ópera Na Colónia Penal, segundo o conto de Kafka e com música de Philip Glass.

Trata-se da estreia lisboeta deste título (que também irá ao Porto em Outubro) que, prometo, não vos vai desiludir. E não digo isto porque lá estarei, no fosso de orquestra, a dirigir a parte musical. É mesmo a melhor sugestão que posso fazer e só tenho pena de não poder eu próprio assistir a uma récita sentado na plateia. Enfim, são as dores de quem está com a mão na massa.

Martim Sousa Tavares desenvolve uma atividade múltipla em prol da música clássica e da cultura. Dirige orquestras, é autor de programas na televisão, na rádio e em podcast, escreve música e sobre a música e realiza conferências [ver o perfil completo].

 

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