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Gestão é uma palavra que aparece quase como default nesta altura do calendário do futebol, quase como se estivéssemos a escrever uma mensagem e a seguir à letra “g” apareça logo de imediato o “estão” que depois completa a ideia. Dos discursos dos treinadores às reações dos jogadores, passando pelas análises ao que se passa, é quase um termo omnipresente em tudo. Gestão física dos atletas, gestão emocional na preparação dos compromissos para diferentes competições, gestão para dar oportunidades aos que menos jogam, gestão dos jogos com prioridade nos resultados e não nas exibições (embora o ideal seja conciliar ambas). Gestão, gestão, gestão, gestão. E mais uma gestão, a emocional. E é aqui que entra o Benfica. |
Ponto prévio: os encarnados estão apenas a um ponto da liderança que perderam na última jornada e têm o “mérito” de depender apenas de si para continuar na Champions, na Taça de Portugal e na Taça da Liga. No entanto, existe uma realidade antes e depois da vitória com o Barcelona, um resultado europeu histórico capaz de encher egos mas que esvaziou o balão da equipa. O que aconteceu a partir dessa noite? A primeira derrota no Campeonato com o Portimonense, um triunfo após prolongamento ante o modesto Trofense na Taça de Portugal, uma goleada caseira com o Bayern, uma vitória surgida no oitavo minuto dos descontos quando ninguém esperava em Vizela para o Campeonato, dois empates seguidos fora com V. Guimarães e Estoril para a Taça da Liga e para a Primeira Liga, nova goleada em Munique. Em sete jogos foram apenas duas vitórias, dois empates e três derrotas, com nove golos marcados e 15 sofridos. |
Os jornais desportivos falam de “panela de pressão” interna, de um alegado desgaste dos jogadores com o treinador e da contestação sentida por Jorge Jesus na Alemanha. Daí que, a seguir à igualdade na Amoreira consentida no final de um jogo que pareceu sempre controlado e do resultado pesado frente ao Bayern com alguma gestão (a palavra sempre em default), a receção ao Sp. Braga na noite de domingo (21h15) assuma uma especial importância pelo contexto em que está inserida e no seguimento dos dois triunfos minhotos na Luz para o Campeonato depois de uma seca de mais de 60 anos sem ganhar fora aos encarnados. Até o facto de haver paragem para as seleções após o compromisso adensa essa relevância também para Jorge Jesus. |
O Benfica não soube gerir da melhor forma o sucesso com o Barcelona, os rivais diretos geriram da melhor forma a reação ao insucesso, fosse a nível nacional, fosse no plano europeu da Champions. |
Depois da goleada no dérbi com o Boavista, que marcou uma estreia de sonho de Danny Loader, o FC Porto volta a deslocar-se aos Açores para defrontar o Santa Clara (domingo, 17h continentais, menos uma em São Miguel) no seguimento de mais uma exibição de afirmação europeia em San Siro (ainda que com empate) frente ao AC Milan que deixou Sérgio Conceição desagradado apenas por ser uma “vitória moral” mas com os dragões no segundo lugar do grupo da Champions após a derrota do Atl. Madrid em Liverpool. Já o Sporting, que se juntou aos azuis e brancos na liderança da Primeira Liga depois da vitória com o V. Guimarães, viaja até Paços de Ferreira (domingo, 19h) motivado por mais uma goleada na Liga dos Campeões frente ao Besiktas (e pela derrota do B. Dortmund com o Ajax, que deixa tudo em aberto no apuramento) e por aquela que foi a sétima vitória consecutiva após o desaire na Alemanha. |
No futebol europeu, o fim de semana antes da paragem reserva mais alguns jogos grandes – ou que pelo menos levantam curiosidade pelo que se passou nos últimos dias. É neste último que entronca o Everton-Tottenham, que marcará a estreia de Antonio Conte no lugar que era do português Nuno Espírito Santo (domingo, 14h), ou o Crystal Palace-Wolverhampton, numa fase em que o conjunto de Bruno Lage ganhou 13 dos últimos 15 pontos e ascendeu ao sétimo lugar (sábado, 15h). Ainda assim, os principais destaques na longa agenda que pode consultar na newsletter vão para o Manchester United-Manchester City (sábado, 12h30), o Celta de Vigo-Barcelona (sábado, 15h15) e o AC Milan-Inter (domingo, 19h45). |
Nota ainda para a Seleção Nacional, que já tem os 26 convocados de Fernando Santos para os dois últimos encontros da fase de qualificação para o Campeonato do Mundo de 2022 frente a Rep. Irlanda (quinta-feira, 19h45, em Dublin) e Sérvia (dia 14, 19h45, no Estádio da Luz). Os regressos de Renato Sanches e João Félix aos eleitos do selecionador foram as principais novidades numa convocatória sem grandes surpresas. |
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O fim de semana será ainda marcado pelo Grande Prémio do Algarve em MotoGP (domingo, 13h), onde Miguel Oliveira tentará esquecer a frustração do pódio falhado na Emilia Romagna com uma queda a quatro voltas do final. Com a principal categoria decidida em relação ao título, conseguido pelo francês Fabio Quartararo na última prova, as atenções estão também centradas no Moto2 (14h30), onde o australiano Remy Gardner tem 18 pontos de avanço sobre o espanhol Raúl Fernández, e no Moto3 (11h20), que tem o espanhol Pedro Acosta na frente com mais 21 pontos do que o italiano Dennis Foggia. |
Mais tarde (domingo, 19h), no México, Max Verstappen e Lewis Hamilton prometem mais um duelo escaldante pelo título mundial de Fórmula 1 numa fase em que o neerlandês lidera com mais 12 pontos do que o britânico. Também no domingo, dia em que terminam os Campeonatos da Europa de Piscina Curta em natação e em que se joga a final do Paris Masters em ténis, nota ainda para duas das maiores maratonas europeias (Barcelona, 7h) e mundiais (Nova Iorque, 13h30) do calendário internacional. |