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Ao contrário da política, que a nível legislativo pode fazer um truque vetado no plano autárquico de quem tem mais votos arriscar não ser governo, uma vitória é sempre uma vitória no futebol. No entanto, e como dizia Rui Vitória na nova pele de comentador da SportTV, Benfica e Sporting têm mais a perder do que a ganhar nesta Taça da Liga. Trocado por miúdos, um triunfo no dérbi vale um troféu e um balão extra de confiança para o resto da temporada. E uma derrota? No atual contexto, significa mais do que isso. |
O estado de espírito que se sentia (e ouvia) nas bancadas do Estádio Doutor Magalhães Pessoa, em Leiria, funciona de certa forma como um espelho do momento que o Benfica atravessa. A primeira parte, ou sobretudo a meia hora inicial, ainda mostrou sinais de uma tentativa de redenção – tal como acontecera a espaços na deslocação a Arouca, na Primeira Liga – depois das exibições mais apagadas mas voltou a ser Vlachodimos a salvar a equipa de uma derrota nos 90 minutos frente ao Boavista antes do triunfo nas grandes penalidades. A grande convulsão no exterior cruza com um grupo em adaptação às novas ideias de Nelson Veríssimo. Como o técnico admitiu, a conquista da Taça da Liga não salva a época mas quebra o jejum do clube de 29 meses sem títulos. E uma derrota? No atual contexto, significa mais do que isso. |
No dia seguinte, o Sporting apostava em espantar alguns fantasmas depois de duas derrotas em três jogos do Campeonato (a última em Alvalade diante do Sp. Braga, naquele que foi o primeiro desaire de sempre de Rúben Amorim em casa para a Primeira Liga) mas até começou a perder, conseguindo a reviravolta com um autogolo e uma grande penalidade. Os leões foram melhores mas nem por isso afastaram de vez aquela intranquilidade que o técnico admite haver na equipa perante um período menos conseguido, com melhorias no jogo sem bola e na reação à perda mas sem o mesmo esclarecimento em posse. Em caso de triunfo com o rival, o conjunto de Alvalade consegue o quarto troféu apenas num ano e o treinador mantém a série 100% vitoriosa na prova. E uma derrota? No atual contexto, significa mais do que isso. |
Um triunfo ou um desaire no dérbi tem sempre o seu peso mas, numa fase em que nenhum dos conjuntos atravessa o melhor momento, a final da Taça da Liga (sábado, 19h45) é típica do “perde, paga”. E o “paga” gera mais dúvidas, mais ansiedade e mais intranquilidade para o que resta da temporada. |
No dia seguinte, à mesma hora em que todos estão de calculadora na mão do país a fazer contas possíveis às coligações que os resultados das legislativas ditarão, o FC Porto, que somou com o Famalicão a sua 14.ª vitória seguida no Campeonato, recebe o Marítimo com algumas baixas (como os adversários diretos, face aos compromissos de seleções sul-americanas e asiáticas de qualificação para o Mundial) mas motivado com a possibilidade de reforçar ainda mais a liderança (domingo, 20h30). Os rivais jogam para o Campeonato apenas na quarta-feira, com o Benfica-Gil Vicente (19h) e o Belenenses SAD-Sporting (20h45). |
Enquanto decorre a Taça das Nações Africanas (com os Camarões de António Conceição e o Egito de Carlos Queiroz nos quartos) e se realizam os tais encontros de apuramento para o Qatar, o mercado tem na segunda-feira o seu último dia que promete ser tudo menos calmo. E aqui é tudo um bocado como a política: as sondagens existem, sendo que uns desvalorizam, outros fingem desvalorizar e outros ainda pedem uma valorização; a campanha também, mesmo que se diga uma coisa e no dia seguinte seja outra; os resultados, esses, não trarão qualquer maioria absoluta mas é diferente ter Luis Díaz, João Palhinha, Grimaldo, Darwin, mais um central e outro avançado para fazer coligação do que perder os melhores… |
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A competitividade reinante no quadro masculino do Open da Austrália podia ser comprovada com três dos quatro jogos dos quartos decididos em cinco sets mas as meias-finais fizeram imperar a lei do mais forte. Rafa Nadal venceu Matteo Berrettini, Daniil Medvedev superou Stefanos Tsitsipas e Novak Djokovic já vai sair a perder num torneio em que não chegou a participar – se o russo conseguir o segundo Major seguido sobe a número 1 do ranking ATP; se o espanhol ganhar, torna-se o jogador com mais Grand Slams. A final masculina será jogada no domingo às 8h30 mas antes haverá a decisão do quadro feminino, com a favorita Ashleigh Barty, australiana que lidera o ranking WTA, a ter pela frente Danielle Collins (sábado, 8h30). |
Esta sexta-feira arranca também o Mundial de Fórmula E, com o português António Félix da Costa a tentar recuperar o título ganho em 2020 depois do oitavo lugar no último ano ainda que só a 13 pontos do que o campeão, o neerlandês Nyck de Vries. O piloto da DS Techeetah entra em cena já esta sexta-feira com o ePrix Diriyah 1 (17h), voltando de novo à pista no sábado com o ePrix Diriyah 2 (17h). Esta foi a semana em que também Miguel Oliveira deu a conhecer a moto da KTM com que tentará melhorar o 14.º posto alcançado em 2021 no MotoGP depois de três pódios e um quinto lugar entre maio e junho – mas aqui o Mundial começará apenas no primeiro fim de semana de março, com o Grande Prémio do Qatar. No Mundial de Ralis, que começou em Monte Carlo, Sébastien Loeb tornou-se o mais velho a ganhar uma prova. |
Nos Países Baixos continua a realizar-se o Campeonato da Europa de futsal, com Portugal a discutir esta sexta-feira com a Ucrânia o apuramento para os quartos da da prova em primeiro ou segundo lugar (19h30), jogando em caso de passagem na segunda-feira com o vencedor ou o segundo posicionado do grupo B onde se encontram Cazaquistão, Eslovénia, Itália e Finlândia (todos com hipóteses). As meias-finais, em caso de nova vitória, estão marcadas apenas para a próxima sexta-feira, dia 4 de fevereiro. De Amesterdão e Groningen para Budapeste, o Europeu de andebol tem as grandes decisões também este fim de semana, com as meias-finais esta sexta-feira (Espanha-Dinamarca às 17h, França-Suécia às 19h30) antes do encontro decisivo que está marcado para este domingo às 17h, também na Hungria. |