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Numa simbiose de ilusão e confiança, João Neves, médio algarvio de 18 anos que chegou ao Benfica ainda no último ano de infantil e fez depois todo o percurso de formação, teve uma resposta contracorrente já na zona mista. “Adversário nos quartos da Champions? Diria que cada adversário terá azar em calhar contra nós porque jogamos muito bem à bola, somos uma equipa que joga um futebol fantástico e por isso estamos onde estamos neste momento”, atirou. Podia ser da idade, do peito cheio pela assistência com que David Neres marcou o quinto golo em mais uma noite de sonho, até da ingenuidade de quem tem talento, imagem de marca (camisola para dentro dos calções) e um futuro promissor pela frente. Provavelmente até foi. No entanto, o jovem médio acabou por exteriorizar aquilo que muitos outros pensam hoje na Luz e que o próprio Roger Schmidt já disse de forma mais dissimulada: não sendo favorito nem tendo os orçamentos de outros, o Benfica não tem de estar inevitavelmente condenado ao insucesso nos quartos da Champions. |
Em 42 jogos oficiais esta época entre quatro competições (23 na Liga e 12 na Champions), o Benfica perdeu uma única vez em Braga, leva 34 vitórias e ultrapassou a barreira dos 100 golos logo na segunda semana de março. Ainda assim, a maior força dos encarnados, que se voltou a revelar em nova goleada ao Club Brugge, é a forma como a mudança de paradigma na ideia de jogo conseguiu potenciar o melhor que a equipa tem no individual para servir o coletivo. Da mesma forma como Gonçalo Ramos assistiu Rafa em campo, Rafa assistiu Gonçalo Ramos com o prémio de MVP que recebeu fora dele. “Estou feliz pelo Benfica e também pelos adeptos, nunca vi tanta paixão e amor pelo futebol como aqui em Portugal”, comentou Roger Schmidt à Amazon Prime Video após os oitavos da Champions. Enquanto não chegam as semanas decisivas, essa é a maior vitória do técnico alemão – recuperar a confiança de quem joga e de quem ajuda quem quer jogar. E até o pré-anúncio de saída de Domingos Soares Oliveira quase passou ao lado durante a semana… |
Para já, existem mais três apurados para os quartos: o Bayern, que voltou a reduzir a nada o novo “projeto desportivo” do PSG; o AC Milan, que foi a Londres aguentar o nulo frente ao Tottenham; e o Chelsea, que conseguiu para já salvar a época ao passar o B. Dortmund. Agora entra em ação o FC Porto, que tenta esta terça-feira (20h) dar a volta à desvantagem mínima trazida de Milão com o Inter à mesma hora da receção do Manchester City ao RB Leipzig. Mais: em caso de passagem dos dragões, Portugal pode ter pela primeira vez duas equipas nos quartos. Já na quarta-feira, também às 20h, há Real Madrid-Liverpool e Nápoles-Eintracht Frankfurt. Por fim, na quinta-feira, regressa a Liga Europa com o Sporting a tentar prolongar a boa resposta dada frente ao Arsenal que terminou com um empate a dois e deixou tudo em aberto (20h). |
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Para já volta a Primeira Liga, com a jornada a começar esta sexta-feira (20h15) no Estádio do Dragão, na receção do FC Porto, que ganhou em Chaves na última ronda, ao Estoril agora orientado por Ricardo Soares. No sábado (20h30), o Sp. Braga, que vem de uma vitória diante do Rio Ave, tem uma difícil deslocação a Vizela, ao passo que no domingo o Benfica, que bateu na passada sexta-feira o Famalicão, tenta reforçar a liderança na Madeira frente ao Marítimo (18h), seguindo-se a receção do Sporting ao Boavista numa fase em que os leões ganharam em Portimão e tentam pela primeira vez o quarto triunfo seguido na prova (20h30). |
Esta será a penúltima jornada antes da paragem para as seleções, ganhando uma outra importância tendo em conta os encontros na próxima semana entre Benfica-V. Guimarães e Sp. Braga-FC Porto (o Gil Vicente-Sporting será só em abril). Na sexta-feira, dia 17, Roberto Martínez anuncia a primeira convocatória de Portugal antes da estreia como selecionador nos jogos com Liechtenstein (dia 23) e Luxemburgo (dia 26). Nota ainda para os últimos desenvolvimentos da candidatura conjunta de Portugal e Espanha à organização do Mundial de 2030, que poderá deixar cair a Ucrânia e reforçar-se (ou não) com a entrada de Marrocos. |
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Prometia muito, ficou pela promessa, promete criar uma nova história. O Grande Prémio do Bahrain ainda foi tendo algumas surpresas até chegar ao momento da verdade. Aí, foi mais do mesmo: Max Verstappen a ficar com a pole position, a Red Bull a dominar por completo a corrida com 1-2 tendo o campeão na frente, a Ferrari a deixar novamente Charles Leclerc apeado, os Mercedes longe das decisões, os McLaren a falharem por completo na primeira abordagem à temporada. No entanto, há algo a mudar. A Red Bull percebe isso, a Mercedes percebe isso. A Fórmula 1 começa a conhecer uma outra versão da Aston Martin, que colocou Fernando Alonso no pódio a ameaçar mais se não tivesse saído tão atrás e Lance Stroll em sexto. O campeão de construtores não tardou a apontar o dedo à cópia do antigo carro feita pelo seu ex-chefe da aerodinâmica, Dan Fallows, mas a competitividade dos britânicos junta-se a outros pontos como o aumento de 400 para 700 funcionários em 2023 ou a nova fábrica em construção perto de Silverstone. Nova rivalidade à vista? |
O próximo capítulo que poderá ou não confirmar a história nesse sentido chegará apenas na Arábia Saudita no dia 19. Para já, o foco estará centrado noutras modalidades: no ciclismo, o Tirreno-Adriático onde estão João Almeida e Nelson Oliveira e a Paris-Nice onde se encontra Rui Oliveira têm no fim de semana as suas grandes decisões; no ténis, as atenções continuam centradas em Indian Wells; no basquetebol há mais um jogo grande depois do dérbi entre Sporting e Benfica, agora com a receção dos encarnados ao FC Porto (sábado, 15h); no voleibol jogam-se as finais da Taça de Portugal masculina (domingo às 17h, antecedida por mais um dérbi entre Benfica e Sporting nas meias este sábado às 18h) e feminina (sábado, 21h); e no râguebi há uma jornada que pode ser decisiva para a atribuição do título no Torneio das Seis Nações, com a Escócia a receber a líder Irlanda (domingo, 15h) e a Inglaterra a defrontar a França (sábado, 16h45). |
A fechar, nota para os Europeus de Pista Coberta em atletismo que terminaram com a melhor presença de sempre de Portugal na competição: duas medalhas de ouro (Pedro Pablo Pichardo e Auriol Dongmo), três pódios (Patrícia Mamona ficou com o bronze no triplo), nove finais (com destaque para a estreante Arialis Martínez, que garantiu a primeira final da história nos 60 metros e igualou o recorde nacional) e um total de 41 pontos acumulados. A esse propósito, Jorge Vieira, presidente da Federação Portuguesa de Atletismo, foi o convidado do programa “Nem tudo o que vai à rede é bola” da Rádio Observador que pode ouvir aqui. |
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Eu, a TV e um comando
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O jogo em palavras
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Pódio
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1
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Leclerc abandou e deu hipótese a Alonso para subir ao pódio. A Red Bull ocupou os dois primeiros lugares, num fim de semana de dobradinha para Verstappen que está num nível diferente da concorrência.
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2
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Roglic repetiu triunfo da véspera e assumiu liderança da geral à frente de Lennard Kämna. Português da UAE Team Emirates voltou a ser oitavo e manteve terceira posição e camisola branca da juventude.
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3
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A judoca portuguesa Patrícia Sampaio conquistou hoje a medalha de bronze na categoria -78 kg do Grand Slam de Tashkent, no Uzbequistão, ao bater a eslovena Metka Lobnik por 'waza-ari'.
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A entrevista
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Atletismo
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Líder da Federação de Atletismo diz que esperava mais medalhas na histórica prestação nos Europeus, dá exemplo da língua para explicar integração dos naturalizados e admite falta de infraestruturas.
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Terceiro tempo
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