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O Campeonato começa hoje. Pode não parecer mas a temporada 2020/21, aquela que ainda traz as consequências de uma pandemia que arrastou a anterior durante mais de um ano civil, começa hoje. Às 19h, em Famalicão, o Benfica vai tentar começar a reconquista da Primeira Liga da melhor forma e dar o pontapé de saída necessário para uma época exigente, apertada, desenhada ao mais ínfimo pormenor e sem grande espaço para escorregadelas. Tudo isto acontece hoje. Ainda que não pareça. | E não parece porque o tema da semana, embora em tudo relacionado com a jornada inaugural da Primeira Liga, esteve longe de ser o Famalicão-Benfica. No domingo, o Sporting anunciou o cancelamento do jogo do Troféu Cinco Violinos, marcado para as 19h30 desse mesmo dia em Alvalade e contra o Nápoles. O motivo era aquele pelo qual ultimamente as coisas são canceladas: três jogadores tinham testado positivo para a Covid-19. O número foi aumentando ao longo da semana — de três para sete, de sete para oito, de oito para dez casos no total — e na quarta-feira ficou confirmado que Rúben Amorim e João Pedro Araújo, treinador e diretor clínico, também estavam infetados. | No meio de tudo isto, surgia uma preocupação: o jogo de sábado, dia 19, contra o Gil Vicente e a contar para a primeira jornada da Liga. Se o Sporting tinha já 10 casos entre jogadores e elementos do staff, os gilistas contavam 15, 10 deles atletas. De forma oportuna, a Liga de Clubes reuniu na segunda-feira com as autoridades de saúde — um encontro que já estava agendado mas que ganhou caráter de urgência face aos casos nas duas equipas e aos dois jogos adiados na Segunda Liga durante o fim de semana pelo mesmo motivo — e Pedro Proença garantiu desde logo que o encontro permanecia marcado. À saída da conversa com a DGS e o Ministério da Saúde, o presidente da Liga explicou que os jogadores que tinham testado negativo nas duas equipas iriam ser novamente testados e que, em cenário de ambos os plantéis estarem “aptos”, a partida da primeira jornada iria mesmo acontecer. | O Sporting rumou a Lagos, no Algarve, com os 19 jogadores que tinham testado negativo. Na quarta-feira, na habitual conferência de imprensa das autoridades de saúde, Graça Freitas garantiu que “tudo estava a ser feito” para evitar o adiamento da partida, reiterando desde logo que só esse jogo estava em causa e nunca o arranque da da Primeira Liga. No dia seguinte, porém, o Gil Vicente foi impedido de treinar pela DGS — e depressa se percebeu que as notícias não ficariam por aí. Em comunicado, a ARS Norte acabou por confirmar que “não estão reunidas as condições” para a realização do jogo no sábado, principalmente devido ao aumento de casos no Gil Vicente, que entretanto já chega aos 19 no total. | Já hoje, dia do inaugural Famalicão-Benfica, os responsáveis do Gil Vicente garantiram ao Observador que a Liga “está a fazer tudo” para que a decisão ainda seja revertida. Em sentido contrário, o Sporting voltou a ver o número de casos a aumentar, com os positivos de João Palhinha e outro elemento do staff — são agora 12 os infetados nos leões, sendo que estes dois últimos estavam no Algarve, no início de “bolha” que o clube tentou criar para desinfetar a Academia e fugir à origem do surto. Um surto que, no Sporting, tem também as modalidades como principal preocupação: a atividade do voleibol está suspensa e existem casos também no basquetebol. No meio de tudo isto, e com infetados em pelo menos cinco clubes da Primeira Liga (Benfica, Sporting, Gil Vicente, V. Guimarães e Farense), o regime de exceção previsto no protocolo desenhado para o futebol não se altera e qualquer jogador que teste negativo a 48 horas de uma partida, mesmo que tenha estado em contacto direto com um colega infetado, pode treinar e participar no encontro. | Certo é que o Sporting tem desde já nove baixas para o jogo da terceira pré-eliminatória de acesso à Liga Europa, na próxima quinta-feira, com o Aberdeen (Alvalade, 20h) — Max, Renan, Borja, Gonçalo Inácio, Eduardo Quaresma, Rodrigo Fernandes, Pedro Gonçalves, Nuno Santos e João Palhinha. Esta sexta-feira, curiosamente, os leões ficaram também já a saber que, caso derrotem o Aberdeen, ou reencontram o LASK ou cruzam com os eslovacos do Dunajská Streda no playoff; enquanto que o Rio Ave, que eliminou o Borac na Bósnia com golos de Tarantini e Jambor (0-2), está no caminho do AC Milan e do Bodø/Glimt da Noruega se conseguir ultrapassar o Besiktas na terceira pré-eliminatória, na Turquia (quinta-feira, 18h). | E por falar em competições europeias, chegamos ao outro assunto da semana — que acabou algo esquecido, como todos os outros, entre o vai não vai do adiamento do Sporting-Gil Vicente. Na terça-feira e em Salónica, o Benfica foi eliminado pelo PAOK na Liga dos Campeões, caiu para a fase de grupos da Liga Europa e falhou a fase final da Champions pela primeira vez em 11 anos consecutivos. Vertonghen fez um autogolo, Zivkovic entrou em campo para marcar à antiga equipa, Cebolinha foi o melhor dos encarnados mas não evitou a tragédia grega. No final, Jorge Jesus assumiu a responsabilidade, lembrou que existiam pontos positivos na exibição da equipa e apontou ao sucesso na Liga Europa. Pareceu deixar a ideia de ainda querer mais um avançado — minutos depois de o Benfica ter perdido quase 40 milhões de euros com a eliminação e depois de um verão em que o clube investiu 80 — mas desmistificou o tema na antevisão da visita a Famalicão, garantindo que não pediu mais nenhum reforço a Luís Filipe Vieira e que, a acontecer, só um central será contratado. Rúben Semedo, como se sabe, é o preferido. | Luís Filipe Vieira que, depois de muita polémica, acabou por deixar cair os nomes de António Costa e Fernando Medina da Comissão de Honra para as eleições marcadas para o próximo mês de outubro — e garantiu que, se for condenado, sairá da liderança do Benfica “pelo próprio pé”. Uma semana que começou com listas e nomeações para o presidente encarnado e que terminou com mais um problema judicial, já que Vieira foi constituído arguido na Operação Lex. | Lá fora e no arranque da Premier League, o Arsenal venceu o Fulham (0-3), o recém-promovido Leeds de Bielsa deu trabalho ao campeão Liverpool (4-3), o Wolves entrou a ganhar no Campeonato com a estreia de Vitinha mas foi eliminado da Taça da Liga pelo Stoke City na estreia de Fábio Silva e o Tottenham de José Mourinho caiu aos pés de um renovado Everton de Ancelotti (0-1), ainda que tenha garantido a manutenção na Liga Europa com uma vitória sofrida na Bulgária face ao modesto Lokomotiv Plovdiv (1-2). O Chelsea, com os reforços Kai Havertz e Timo Werner no onze inicial, bateu o Brighton (1-3). Os próximos dias marcam as estreias de Manchester United (Crystal Palace, sábado, 17h30) e Manchester City (Wolves, segunda-feira, 20h15) na Premier League, enquanto que o jogo grande da jornada fica reservado para Londres e para o Chelsea-Liverpool (domingo, 16h30). Em Espanha, o campeão Real Madrid arranca a defesa do título no domingo, contra a Real Sociedad (20h), numa semana que ficou marcada pelo regresso de Messi com o Barcelona num particular com o Girona, pela moção de censura ao presidente Bartomeu assinada por 20 mil adeptos e pelo processo interposto por Quique Setién ao clube, que diz que só foi despedido oficialmente nos últimos dias. Em Itália, a Juventus e Cristiano Ronaldo arrancam a Serie A com uma receção ao Sampdoria (domingo, 19h45). | No ténis, Dominic Thiem venceu Alexander Zverev na final do US Open e tornou-se o primeiro desde 2004 a conquistar um Grand Slam depois de perder os dois sets iniciais. Na vertente feminina, Naomi Osaka bateu Azarenka, repetiu a vitória de 2018 e conseguiu utilizar as sete máscaras que levou para o torneio para homenagear as vítimas da violência policial nos Estados Unidos. | Na Fórmula 1, Lewis Hamilton voltou às vitórias ao conquistar o primeiro lugar de um Grande Prémio da Toscânia que teve duas bandeiras vermelhas e que foi o milésimo da história da Ferrari. No Moto GP, Miguel Oliveira arrancou mal no GP de San Marino, recuperou e acabou em 11.º. Este domingo, volta às pistas no Grande Prémio da Riviera de Rimini. Ainda nas modalidades, Armand Duplantis, de apenas 20 anos, fez história e superou o registo do mítico Sergey Bubka: chegou aos 6,16 metros e alcançou o maior salto à vara de sempre em competição ao ar livre. Em França, o Tour acaba este fim de semana, com as duas últimas etapas e a possível consagração de Primoz Roglic, já depois da desistência de Egan Bernal, o vencedor do ano passado. | E no meio de tudo isto, novamente, o Campeonato começa hoje. O Benfica visita o Famalicão esta sexta-feira e o FC Porto joga já no dia seguinte, sábado, em casa e contra o exigente Sp. Braga (21h). E à beira de uma temporada de confronto entre Jorge Jesus e Sérgio Conceição, existe muito a separar encarnados e dragões, assim como existe muito a uni-los. Entre os treinadores, os reforços e os objetivos delineados na Luz e no Dragão. |
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Eu, a TV e um comando
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O jogo em palavras
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Pódio
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1
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Osaka utilizou sete máscaras no US Open com nomes de vítimas das desigualdades raciais nos EUA. Deixou uma mensagem para fora antes de escrever uma mensagem no court – e vencer Azarenka na final.
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2
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Numa maratona entre amigos, Thiem superou Zverev no tie break do quinto set e ganhou US Open, tornando-se o primeiro desde Gaudio em 2004 a conquistar um Grand Slam após perder os dois primeiros sets.
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3
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O sueco Armand Duplantis, de 20 anos, bateu o recorde do mundo de salto com vara, num 'meeting' na cidade polaca de Torun, com um salto de 6,17 metros.
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A antevisão
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Primeira Liga NOS
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Sem podermos assistir ao vivo, pelo menos por enquanto, resta-nos seguir as equipas da Primeira Liga, com o ritmo e os passos certos de cada uma. Esta é uma playlist possível para a dança no relvado.
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Terceiro tempo
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