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Por norma, quando o calendário ainda permite esses “luxos”, as reuniões entre clubes e agentes são feitas de forma presencial ou por Zoom, essa nova ferramenta tão potenciada pelos tempos de pandemia. Nos últimos dias antes de 31 de agosto, imperam as chamadas telefónicas, as mensagens no WhatsApp e as SMS. Foi isso que aconteceu na antecâmara do fecho do mercado de transferências nas principais ligas, que chegou com a surpreendente saída de Nuno Mendes para o PSG num empréstimo a uma taxa “anormal” de sete milhões mais 40 de opção que envolveu ainda a cedência de Pablo Sarabia aos leões sem custos salariais. |
O lateral português estava há muito referenciado pelos principais clubes europeus, que iam contactando os responsáveis leoninos desde o ano passado não numa ótica de negócio mas para recolherem mais informação sobre como é fora do campo ou como se comporta em grupo. No arranque do mercado, marcado ainda pelo Europeu, qualquer proposta concreta mal passaria dos 30 milhões – e assim ficava no plantel. No passado fim de semana, quando muitos duvidavam da possibilidade de haver uma grande transferência, Leonardo, o diretor desportivo do PSG, contactou Hugo Viana, homólogo do Sporting. Tudo começou a avançar. Foram 48 horas com dezenas de chamadas, a possibilidade de Sarabia pelo meio, o agente Miguel Pinho a andar de local em local até sair de uma unidade hoteleira de Lisboa para rumar ao Algarve, Rúben Amorim a falar com o espanhol (tal como Porro), duas propostas antes de chegar à terceira que seria aceite por todos. |
Depois, e durante um par de horas que parecem durar anos, a ansiedade de perceber se aqueles contratos que já estavam assinados por todas as partes entravam a tempo na Ligue 1 e na Liga Portugal. Os materiais para o anúncio nas plataformas dos clubes estavam preparados e tudo saiu da melhor forma ao cair do pano. Sim, até mesmo quando está tudo feito as coisas podem complicar-se porque um problema nos servidores da Liga espanhola ainda prendeu por meia hora um triângulo de movimentações que marcou o último dia: Saúl Ñíguez para o Chelsea, Griezmann para o Atl. Madrid, Luuk de Jong para o Barcelona. Ao Real, aí, só chegou mesmo Camavinga: mesmo com sete contratos e uma equipa de quatro advogados de piquete para a contratação de última hora de Mbappé por 200 milhões, não houve luz verde (nem de nenhuma cor, apenas silêncio) do palácio do emir do Qatar para a venda. Pode recordar aqui todo o nosso liveblog de 24 horas. |
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Também no último dia surgiu a confirmação de mais um dos grandes negócios deste mercado “atípico” onde imperou a força do low cost (que é tudo menos barato) e dos empréstimos com opção de compra: Cristiano Ronaldo vai regressar ao Manchester United, num negócio avaliado em 15 milhões de euros que pode atingir mais oito por objetivos e que teve um impacto negativo nas contas da Juventus em 2020/21 de 14 milhões. Do lado dos italianos, a par do Barcelona, fica a imagem de um clube que se perdeu no labirinto dos números e dificilmente poderia ter um mercado mais modesto. Do lado dos ingleses, houve uma autêntica explosão de euforia que já levou os bilhetes para a possível estreia em Old Trafford frente ao Newcastle no dia 11 para os 2.900 euros. Do lado do avançado, a imagem de alguém feliz e quase aliviado por voltar a casa. |
Aos 36 anos, Ronaldo recuperou o sorriso. E, mais uma vez, o sorriso dele acabou por ser o sorriso de todos os portugueses: numa espinhosa receção à Rep. Irlanda onde já tinha falhado uma grande penalidade (entre uma bola e poste e outras oportunidades falhadas pelos jogadores nacionais), o número 7 tornou-se o melhor marcador de sempre de seleções isolado de Ali Daei com o empate de cabeça aos 89′ e teve ainda tempo para chegar ao 111.º golo pela Seleção no sexto minuto de descontos. Nos festejos, por tirar a camisola, viu o cartão amarelo que o vai afastar do próximo encontro da fase de qualificação para o Mundial no Azerbaijão (terça-feira, 17h, sendo que antes há este sábado um particular com o Qatar às 17h45) mas a festa foi muita e com a promessa de que o número 7 quer continuar a dar espetáculo por mais “três, quatro ou cinco anos”. |
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Também nestes últimas dias de mercado, Rúben Semedo deveria ser um nome a ter em conta – fosse para um clube nacional ou para uma das principais ligas europeias, e até depois da recusa de licença de trabalho que impediu uma transferência para o Wolverhampton, o central estava na calha para sair do Olympiacos. |
Ao invés, e mais uma vez, o internacional português foi notícia pelos piores motivos: depois de uma noite que começou num bar de praia em Oropos e acabou na sua casa na zona nobre de Glyfada, foi acusado por uma jovem de 17 anos de violação que conhecera no fim de semana e ficou quatro dias em prisão preventiva até conhecer as medidas de coação. Ao contrário do que aconteceu em 2018 em Espanha – onde nunca prestou declarações –, sempre que chegava ao Tribunal, ou ele ou a equipa de advogados defendiam a inocência no caso. Ao fim de duas horas e meia de audição, onde admitiu ter mantido relações de forma consentida com alguém que se teria apresentado como tendo 19 anos, o jogador foi libertado sob fiança de 10.000 euros. Os novos capítulos sobre o caso continuam a suceder-se e a imprensa grega dá conta de uma mensagem recebida por Rúben Semedo antes da detenção: “Boa sorte na prisão! Dás-me 15 mil euros e não digo nada”. |
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Miguel Monteiro conseguiu a única medalha de Portugal nos Jogos Paralímpicos de Tóquio até ao momento, alcançando o bronze na final do peso F40 entre vários diplomas dos atletas nacionais na prova que já vai terminar este domingo e que continua a multiplicar histórias que comovem todos aqueles que estão a seguir o evento. Alguns exemplos: Oksana Masters, a multimedalhada atleta que sobreviveu às sequelas do desastre nuclear de Chernobyl; Salum Ageze Kashafali, norueguês que fugiu de um Congo em guerra onde mendigava na rua para comer para se tornar professor de matemática e o velocista mais rápido de sempre na competição; Keula Pereira Semedo, fisioterapeuta cabo-verdiana radicada em Portugal há mais de dez anos que foi pedida em casamento após a prova pelo guia Manuel Vaz da Veiga em pleno Estádio Olímpico; e Jennette Jansen, neerlandesa que conseguiu voltar a sagrar-se campeã paralímpica 33 anos depois. |
Noutras modalidades, Primoz Roglic continua a pedalar com toda a confiança para a terceira vitória seguida na Vuelta, que termina este domingo em Santiago de Compostela (pode conferir este e os demais horários dos principais eventos no guia dos próximos dias que preparámos nesta newsletter); Novak Djokovic já está na terceira ronda de um US Open onde pode completar o verdadeiro Grand Slam após os triunfos no Open da Austrália, em Roland Garros e em Wimbledon; a Seleção de voleibol vai completar os quatro jogos em falta do Campeonato da Europa tentando um inédito apuramento para a fase a eliminar da competição, tendo pela frente, após a derrota com a Polónia, Bélgica, Ucrânia, Sérvia e Grécia; na Fórmula 1, e depois do Grande Prémio “fantasma” da Bélgica onde a chuva permitiu apenas um par de voltas entre as muitas críticas dos pilotos, Max Verstappen vai tentar no domingo reforçar a liderança nos Países Baixos. |
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Eu, a TV e um comando
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O jogo em palavras
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Pódio
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1
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Ronaldo marcou os primeiros golos oficiais da época por Portugal e superou o registo de Ali Daei, tornando-se o melhor marcador de sempre de seleções com 111 remates certeiros ao longo de 17 anos.
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2
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O atleta Miguel Monteiro conquistou a medalha de bronze na prova do lançamento do peso F40 dos Jogos Paralímpicos Tóquio2020, na qual o recorde mundial, que lhe pertencia, foi batido três vezes.
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3
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O Sporting, vice-campeão nacional de futebol feminino, conquistou a Supertaça, pela segunda vez no seu historial, ao vencer o campeão Benfica, por 2-0, no Estádio do Restelo, em Lisboa.
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O sufrágio
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Benfica
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Órgãos sociais do Benfica reuniram esta tarde na Luz e fecharam a demissão em bloco anteriormente anunciada que irá provocar eleições na Luz. Sufrágio será a 9 de outubro, antes há AG Extraordinária.
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Terceiro tempo
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