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Miguel Oliveira é bem mais do que um simples piloto. É um projeto de atleta, um exemplo de como gerir a carreira, uma referência na forma como foi percebendo todos os passos do trajeto no motociclismo, um caso paradigmático de total estabilidade que apresentou resultados sempre que tinha contexto para isso. Foi assim que, após dois anos na Mahindra, foi vice-campeão de Moto3 na KTM em 2015. Foi assim que, após a terceira posição na KTM em 2017 no Moto2, conseguiu sagrar-se vice-campeão da categoria no ano a seguir apenas batido por Pecco Bagnaia. Foi assim que conseguiu as duas primeiras vitórias no MotoGP pela Tech3 acima das motos de fábrica. Foi assim que em 2021 saltou para a principal equipa da KTM com mais três triunfos e cinco pódios. Agora, talvez pela primeira vez na carreira, teve uma decisão realmente difícil: descer à GasGas da KTM com um salário mais alto e outro estatuto ou arriscar uma nova aventura numa equipa em estreia no Mundial, a RNF, que deixou de ser filial da Yamaha para passar a desempenhar o papel na Aprilia. Optou pela segunda. E agora quer mostrar o porquê de ser mais do que um piloto. |
A semana foi marcada pela apresentação oficial da nova moto mas é nos treinos livres que se centram já as atenções, antes da qualificação na manhã deste sábado (10h50) e da corrida sprint (15h), principal inovação no calendário de 2023. O Grande Prémio de Portugal realiza-se no domingo (14h). Depois de ter ficado com o 11.º melhor tempo nos últimos testes realizados no Autódromo Internacional do Algarve, o piloto da RNF não foi além do 16.º registo na primeira sessão desta sexta-feira e fez ainda pior à tarde, com uma 19.ª posição que não permitiu a passagem direta à Q2 entre problemas técnicos na moto… e no circuito. |
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Falou-se de lufada de ar fresco, de novas dinâmicas, da incerteza nos nomes que fariam parte da equipa na ótica de melhor rendimento no treino. No entanto, e para já, a grande mudança na Seleção Nacional com Roberto Martínez foi mesmo a passagem para um 3x4x3 com Gonçalo Inácio a fazer a estreia ao lado de Rúben Dias e Danilo e João Palhinha a assumir uma posição de médio mais posicional e de equilíbrios tendo por perto Bruno Fernandes. Em tudo o resto, o encontro com o Liechtenstein que abriu a qualificação para o Europeu de 2024 foi sobretudo um treino ao ataque organizado e posicional perante a fragilidade contrária. Acabou em 4-0, podia ter chegado ao dobro. Segue-se o Luxemburgo, que empatou sem golos na Eslováquia e mostrou que pode ter argumentos para se tentar intrometer na luta pelo apuramento (domingo, 19h45). |
Ainda assim, houve mais quatro notas a retirar dos últimos dias: 1) depois de uma conferência onde assumiu que chegou a ponderar deixar a Seleção depois do Mundial mas nunca falou de Fernando Santos, Ronaldo foi titular e capitão, bateu o recorde de jogador com mais internacionalizações de sempre e com um bis tornou-se o primeiro a chegar aos 100 golos por seleções em jogos oficiais; 2) Roberto Martínez quebrou os quatro inícios de qualificação para Europeus sem triunfos e mantém a senda 100% vitoriosa iniciada na Bélgica em apuramentos (11 jogos); 3) João Cancelo, o MVP com um golo, uma assistência e uma grande penalidade sofrida, elogiou os novos métodos mas fez questão de não esquecer o ex-selecionador dizendo que não pode haver ingratidão; 4) João Palhinha foi o primeiro a chegar-se à frente e a dar o exemplo perante os assobios de João Mário no regresso a Alvalade, dando uma lição de como as rivalidades têm de ser colocadas de parte em âmbito de Seleção (Fernando Gomes, líder da Federação, reforçou depois a ideia). |
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Os jornalistas à porta do Olival queriam fazer perguntas, Pinto da Costa, no interior do seu carro, pediu só silêncio porque se estava a cantar o fado na rádio (literalmente). Poderia estar só a dar música mas, após o “Fado das Horas” de Maria Teresa de Noronha, virou o disco a uma tensão indisfarçável que se começava a sentir no FC Porto em termos internos depois dos “recados” de Sérgio Conceição sobre falta de investimento e da negação dessa realidade por parte do presidente portista, com a publicação de Cecília Pedroto, mulher de José Maria Pedroto, pelo meio a pedir total apoio ao treinador dos azuis e brancos. “O contrato dele é até 2024, ele sabe que é para cumprir e eu quero que ele cumpra”, atirou o líder do clube, admitindo mesmo a possibilidade de prolongar esse mesmo vínculo. No entanto, e com um caminho que parece cada vez mais condenado a tentar garantir o segundo lugar da Liga (a goleada do Benfica com o V. Guimarães e o empate dos dragões em Braga colocaram a distância em dez pontos) e a Taça, nem tudo está resolvido. |
Em resumo, o braço de ferro aponta para o que pode ser a próxima janela de transferências. Por um lado, Sérgio Conceição entende que, seis anos depois, deverá ver reconhecido o seu trajeto não apenas com palavras e homenagens mas também com um plantel que lhe permita não ter de reconstruir de novo uma equipa como tem acontecido ao longo de várias temporadas e que possa lutar por todos os objetivos perante um Benfica que cresceu e um Sporting que procura a retoma. Por outro, Pinto da Costa sabe que tem de fazer alguns reajustes no grupo de trabalho que deve perder mais um jogador a custo zero (Uribe) mas pretende realizar mais valias que permitam equilibrar as contas do segundo semestre do exercício 2022/23. Mesmo que as eleições sejam em 2024 e não interfiram com as decisões, a próxima época terá uma especial relevância por todo o contexto que enfrenta mas nem todos conseguirão fazer prevalecer as suas vontades. |
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Eu, a TV e um comando
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O jogo em palavras
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Pódio
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1
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Em 2014 tornou-se o maior goleador da Seleção. Em 2016, o jogador com mais jogos por Portugal. Em 2021, o maior goleador de seleções. Agora, é o jogador com mais internacionalizações. Assim é Ronaldo.
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2
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Primoz Roglic bateu Remco Evenepoel na chegada a Lo Port e português foi terceiro a 12 segundos do esloveno e a seis do belga, subindo assim a terceiro da geral passando Giulio Ciccone e Mikel Landa.
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3
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O jogador português entrou pior no encontro, perdendo o "set" inaugural por 6-4 mas numa reviravolta, o número um nacional venceu o russo
em três "sets", pelos parciais de 4-6, 6-2 e 6-1.
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O especial
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MotoGP
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Mundial de MotoGP volta este fim de semana com o Grande Prémio do Algarve e Miguel Oliveira vai estrear-se pela RNF Aprilia após ter deixado a KTM. A grande novidade de 2023 são as corridas sprint.
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Terceiro tempo
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