|
|
|
Os maiores dos maiores têm por norma o problema de acharem pequena qualquer porta de saída que lhes seja aberta. Ou melhor, pode ser grande ou a maior de todas, mas será sempre a seus olhos pequena perante o caminho inevitável que não será o que fizeram durante anos a fio. Pelas mais variadas razões, dizer “acabou” é complicado. Pensar que “acabou” torna-se quase um labirinto mental de desafios mais difíceis do que aqueles que tiveram de enfrentar ao longo da carreira. Até aí, Ricardinho, o pequeno grande jogador que o destino quis que fosse gigante no futsal e no desporto nacional, soube estar. Soube ganhar. Soube sair. |
Quando estamos a cerca de dois meses do próximo Campeonato da Europa, onde Portugal terá pela primeira vez o desafio de defender o título conquistado em 2018 no prolongamento com a Espanha, o Mágico fez em lágrimas o anúncio mais complicado da carreira ao despedir-se da Seleção. Ninguém duvida que o número 10 e capitão poderia ainda ajudar e muito a formação de Jorge Braz a revalidar o troféu, mesmo que num registo diferente ao que tinha, mas preferiu dar a vez a todos aqueles que irão guiar a Seleção nos próximos tempos. Olhando apenas para as duas décadas de conjunto principal, atravessou várias gerações, aproximou-nos no sucesso, conduziu-nos às primeiras grandes decisões, capitaneou as vitórias no Europeu e no Mundial. No entanto, e juntando a tudo isso três Ligas dos Campeões e a conquista de dezenas de troféus nacionais entre Portugal, Espanha, Rússia e Japão, o legado que deixa é bem maior do que todo um palmarés sem igual. |
Ricardinho fica como mais do que o melhor jogador de futsal de todos os tempos. Promoveu a modalidade, foi (e é) uma referência para os mais novos em qualquer desporto e tornou-se (ainda mais) um exemplo até na forma como trabalhou durante seis meses para passar de uma cama de hospital depois de ser operado ao palco dos campeões para levantar a taça de campeão mundial. Aos 36 anos, acabou mas nunca acabará. |
|
Enquanto não chega o Campeonato da Europa de futsal, Portugal tem este domingo o encontro decisivo de apuramento direto para o Mundial de futebol de 2022 na receção à Sérvia num Estádio da Luz com lotação esgotada (19h45). A deslocação a Dublin serviu apenas o propósito de cumprir os serviços mínimos em dia de quase greve ao jogo com um nulo que permitiu aos comandados de Fernando Santos ficarem no primeiro lugar do grupo A pela vantagem entre os golos marcados e sofridos e necessitarem apenas de mais um ponto para chegarem ao Qatar por via direta (o playoff está sempre assegurado). Para já existem só três seleções já qualificadas (Alemanha, Dinamarca e Brasil) mas os próximos dias vão alargar e muito a lista. |
Antes, o Campeonato parou sem que se confirmassem as antecipações do 1X2 nos jogos dos três primeiros: o FC Porto foi aos Açores vingar a derrota frente ao Santa Clara com mais dois golos de Luis Díaz e segue na liderança da prova com os mesmos pontos do Sporting, que venceu em Paços de Ferreira e prolongou a série de triunfos consecutivos (oito), e mais um do que o Benfica, que goleou o Sp. Braga depois de uma semana particularmente atribulada na Luz e que terminou com uma lesão grave do central Lucas Veríssimo. Já na quinta-feira voltam as competições de clubes com a Taça de Portugal e um Sporting-Varzim (20h15). |
Fora das quatro linhas, mas numa medida saudada por todos desde clubes a fãs em geral, o Cartão do Adepto acabou (e deixou de ser tema) depois da viabilização da proposta apresentada pela Iniciativa Liberal. |
Ainda no futebol, nota para o caso que está a abalar França: Aminata Diallo, jogadora do PSG, é suspeita de ter estado no plano que acabou com dois homens encapuzados a agredir com uma barra de ferro a companheira de equipa Kheira Hamraoui, suturada com vários pontos nas mãos e nas pernas. O processo tem vindo a conhecer nas últimas horas pormenores ainda mais macabros e promete estar longe de acabar. |
|
Após a reconquista do título mundial em 2019 com uma vitória nos penáltis frente à Argentina, a Seleção de hóquei em patins inicia esta segunda-feira o Europeu da modalidade com o objetivo de recuperar o título perdido em 2018 para a Espanha na Corunha. Portugal arranca a fase de grupos com a Alemanha na segunda-feira, seguindo-se nos dias seguintes França, Itália, Espanha e Andorra, sempre às 21h45. A final está depois marcada para dia 20. “Vai ser o mais equilibrado de sempre”, diz o guarda-redes Ângelo Girão. |
Ainda nas modalidades, a participação de Miguel Oliveira no Mundial de MotoGP de 2021 vai chegar ao fim este domingo com o Grande Prémio da Comunidade Valenciana (domingo, 13h) depois do acidente com Iker Lecuona na última prova realizada no Algarve. Já Lewis Hamilton terá no Grande Prémio do Brasil, em São Paulo, uma das últimas oportunidades para reduzir a desvantagem para Max Verstappen no Mundial de Fórmula 1 (domingo, 17h). Em Milão e Guadalajara, respetivamente, arrancam ou prosseguem os jogos do ATP Finals e da WTA Finals, em ténis. Pode consultar todo o calendário na agenda desta newsletter. |