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Uma cor pode representar mais do que isso, vários cores juntas podem representar muito mais. A Mariana Fernandes, enviada especial do Observador ao Campeonato da Europa que tem estado em Budapeste e vai agora rumar a Sevilha (com esperança de fazer mais algumas viagens), já tinha escrito durante a semana um especial onde agarrava nos insultos homofóbicos a Cristiano Ronaldo no jogo frente à Hungria para explicar que essa atitude é apenas a ponta do icebergue dos problemas das pessoas LGBTI+ no país. Depois, a UEFA entendeu vetar a ideia de Munique que colocar as cores do arco-íris na Allianz Arena na antecâmara do decisivo Alemanha-Hungria, sendo que no dia seguinte já se associou à resposta massiva que foi dada não só em Munique e na Alemanha mas um pouco por todo o mundo. O Europeu conhecia aquele que fica como o caso paralelo. |
A seleção húngara, que empatou com a França e com a Alemanha, merecia mais. O futebol merecia mais. Os adeptos de futebol mereciam mais. Todos mereciam mais. A UEFA não percebeu que quando em cima da mesa estão direitos e liberdades fundamentais não há jogo, não há uma ou outra equipa, não há defesas e ataques – há apenas um ataque de uma única equipa que quer ganhar naquilo que não é sequer matéria para jogo. Aliás, o que se está a passar na Cimeira Europeia, que nem tinha o assunto em agenda, mostra bem o que deve ser discutido e onde deve ser discutido. Quando o futebol, que tantos bons exemplos vai dando no combate ao racismo, se verga perante a política como aconteceu com a recusa do pedido de Munique, marca autogolos. |
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Vermelho. Depois da derrota pesada frente à Alemanha, Portugal viveu um autêntico carrossel de emoções ao longo de 50 minutos na última jornada do grupo F: foi primeiro, desceu a segundo, chegou a estar fora do Europeu, acabou na terceira posição após empatar com a França no duelo entre campeão europeu e mundial. A Bélgica é o próximo adversário nacional, em Sevilha no domingo (20h), sabendo-se antecipadamente que, em caso de vitória, a Seleção volta aos trabalhos na Cidade do Futebol antes de defrontar Itália ou Áustria. |
O destaque, de forma inevitável, voltou a ser o maior entre os maiores: Cristiano Ronaldo. Agora, literalmente, o maior entre os maiores, depois de ter marcado pela primeira vez (e uma segunda mais tarde) à França, a 44.ª seleção a quem conseguiu fazer golos. Além de ser nesta fase o melhor marcador do Europeu, com cinco golos em três encontros, o avançado tornou-se o melhor marcador de seleções de sempre a par do iraniano Ali Daei, que fez também 109 golos ao longo da carreira, foi notícia em todo o mundo e agradeceu o apoio nacional. |
Seguem-se os oitavos de final a partir deste sábado, com os seguintes jogos (aqui apresentados para que se fique a perceber de imediato os cruzamentos que se poderão existir depois nos quartos, no final da próxima semana). |
- Bélgica-Portugal (domingo, 20h), que cruza com Itália-Áustria (sábado, 20h)
- França-Suíça (segunda-feira, 20h), que cruza com o Croácia-Espanha (segunda-feira, 17h)
- Suécia-Ucrânia (terça-feira, 20h), que cruza com o Inglaterra-Alemanha (terça-feira, 17h)
- Países Baixos-Rep. Checa (domingo, 17h), que cruza com o País de Gales-Dinamarca (sábado, 17h)
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Laranja. Miguel Oliveira nunca tinha conseguido terminar duas corridas consecutivas no pódio em MotoGP mas não ficou por aí: depois do segundo lugar em Mugello e da vitória na Catalunha, o piloto português colocou de novo as cores da KTM na segunda posição no Grande Prémio da Alemanha, apenas atrás do regressado Marc Márquez, que somou a 11.ª vitórias consecutiva no circuito germânico entre 125cc, Moto2 e MotoGP. No final de mais uma corrida onde o Einstein deu nova lição tática de como perceber uma corrida, conhecer a moto e seguir o instinto que tão bons resultados tem garantido, o segundo lugar acabou por ser uma vitória antes de mais uma corrida que se prevê muito disputada e emocionante no Grande Prémio dos Países Baixos (domingo, 13h). |
Amarelo. Começa este sábado a Volta a França em bicicleta, naquilo que se espera que seja um espectáculo ao longo das próximas três semanas. Depois de todas as emoções do Giro, que voltou a ter dias do melhor que esta modalidade pode proporcionar – e que voltou a ser verdadeiramente querida após tempos ensombrados por uma figura que tinha um Lance à parte e foi apanhado –, o Tour aparece na antecâmara da aguardada prova de estrada nos Jogos Olímpicos e promete um duelo titânico entre Tadej Pogacar e Primoz Roglic, havendo sempre a possibilidade de haver uma surpresa que saia da equipa da Ineos. A primeira etapa arranca no sábado às 11h. |
Verde. A final do Campeonato de hóquei em patins não tinha um favorito claro, começou até com o FC Porto a ganhar o jogo 1 e a dominar a primeira parte do jogo 2 (algo que não conseguiria depois prolongar no segundo tempo) mas terminou com um desfecho improvável tendo em conta o contexto em que surgiu: apesar de não ganhar na Invicta desde 1977 em jogos a contar para a principal competição da modalidade, o Sporting venceu o jogo 3 fora e fechou as contas do título com novo triunfo no jogo 4 realizado no Dragão Arena. Foi o último troféu conquistado pelos leões naquela que foi a sua melhor época de sempre a nível de conquistas nos mais variados recintos, com o hóquei em patins a juntar pela segunda vez na sua história o título nacional ao europeu. |
Azul. Há muito tempo que a Fórmula 1 estava literalmente pintada a cinzento, com as flechas da Mercedes de forma regular à frente de toda a concorrência. Em 2021, o cenário mudou. E o último Grande Prémio de França foi exemplo paradigmático disso mesmo, com o azul escuro da Red Bull a dar mais um autêntico show, talvez o mais afirmativo da temporada, a colocar nas mãos de Max Verstappen o carro mais rápido e a golear a grande rival a nível de construtores na estratégia de pneus e das boxes, coroada com a ultrapassagem do holandês a Lewis Hamilton a menos de duas voltas do final. Segue-se o Grande Prémio da Estíria, na Áustria (domingo, 14h). |
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Roxo. Vermelho é uma cor demasiado branda para falar daquele corar de vergonha que tantos tiveram quando a UEFA proibiu Munique que colocar o arco-íris na Allianz Arena – só mesmo o roxo. O mesmo roxo que se viu em vários pontos da cidade alemã e em vários estádios da Alemanha, o mesmo roxo que foi inundando as redes sociais na passada quarta-feira incluindo a própria Federação Portuguesa de Futebol. Em 48 horas, o futebol mostrou o que pode ter de mau e de bom enquanto exemplo para a sociedade, para a Europa e para o Mundo. |
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Eu, a TV e um comando
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O jogo em palavras
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Pódio
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1
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O registo que parecia impossível mas que Ronaldo nunca deixou de ter em mente está alcançado. Ainda assim, os 109 golos pela Seleção são só outro marco de uma carreira que se conta pelos recordes.
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2
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Português saiu em sexto, não arriscou na primeira curva, colou em Miller, saltou para segundo e andou até ao fim a pressionar o domínio de Marc Márquez, que conseguiu 11.ª vitória seguida na Alemanha.
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3
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Jogo 4 da final teve mais golos, foi ainda melhor na qualidade e terminou com nova vitória do Sporting frente ao FC Porto no Dragão Arena (6-5), que juntou o título nacional ao europeu para os leões.
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O especial
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Euro 2020
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Um atleta como Ronaldo consome 3.500 calorias por dia. 60% são hidratos de carbono. Não bebe cola ou refrigerantes. Prefere peixe a carne e segue uma mnemónica após os jogos: a Regra dos Três R.
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Terceiro tempo
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