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“Conheço o João como jogador há mais de 14 anos, quando era diretor clínico, e sempre demonstrou liderança, caráter e um entendimento do jogo anormal para um jogador. São tudo características teóricas para ser treinador e tinha de o provar para ser treinador. Nestes três anos e meio foi crescendo como treinador, foi constituindo a sua equipa técnica e convenceu a estrutura de futebol pela sua competência e liderança (…) Quase cinco anos depois estamos nesta sala com o mesmo sentimento. Não tenho muitas dúvidas que daqui a quatro ou cinco anos estará num dos clubes mais poderosos da Europa.” |
Entre os elogios do presidente do Sporting, João Pereira chegou ao comando da equipa principal num jogo que seria sempre desequilibrado – se ganhasse o mérito iria recair em grande parte no que tinha sido feito antes, se perdesse a “culpa” era de quem não conservou o legado que ficara. Com uma nuance: em caso de insucesso esta época, a responsabilidade apontava para Ruben Amorim, por ter decidido sair (de forma legítima) a meio depois de andar a convencer jogadores a ficarem até ao fim para a sua Last Dance, e para Frederico Varandas por ter escolhido uma sucessão interna. Em cinco dias, a construção de cinco anos esfumou-se em campo com duas derrotas que significaram mais do que isso. Este “Afirma Pereira” tornou-se um filme mais dramático do que se poderia imaginar em Alvalade com culpas repartidas por todos. |
João Pereira foi preparado em termos internos para suceder a Ruben Amorim no início de 2025/26, quase como se de uma linhagem se tratasse. Por agora, estava com a equipa B. No plano tático jogava assente na mesma versão de 3x4x3, tinha alguns pontos comuns na saída em construção a partir de trás, apresentava depois uma ideia diferente de jogo. Foi esse o “dedo” que quis colocar no conjunto principal. Foi esse o erro de palmatória que cometeu neste início de percurso que lhe valeu a entrada para o registo mais indesejado na história dos leões – o de segundo treinador a perder três vezes nos primeiros quatro encontros oficiais. Demasiado jogo pelo meio, falta de largura e profundidade. Incompreensões individuais, dúvidas coletivas. O Sporting perdeu com o Santa Clara em casa, quebrando a série de 32 jogos no Campeonato sem desaires e mais de 50 sempre a marcar. O Sporting perdeu com o Moreirense, somando a terceira derrota consecutiva como não acontecia há cinco anos no primeiro desaire fora de portas. Sobretudo, o Sporting perdeu-se. |
Por agora, o lugar de João Pereira não está em risco mas isso também não significa que não sejam encaradas outras opções a pensar a breve/médio prazo. Tudo está nas mãos de Frederico Varandas, líder do clube e da SAD que colocou a fasquia alta para o sucessor de Ruben Amorim, que antes dessa aposta no ano de 2020 não tinha o melhor histórico a nível de opções desportivas e que sobretudo assegurou que a estrutura estava acima de qualquer saída de treinador ou diretor desportivo. O Sporting pode estar a viver “a melhor fase desde os Cinco Violinos”, como referiu na última intervenção pública, mas agora surge o teste sobre quem era o verdadeiro motor para fazer girar a máquina com a vitalidade dos tempos de Peyroteo e companhia. Em campo, esse exame segue na Liga dos Campeões frente ao Club Brugge (terça-feira, 20h). |
Antes, os rivais mais diretos tentarão capitalizar os pecados capitais do campeão. O Benfica, que venceu na última jornada em Arouca, recebe na Luz o V. Guimarães em busca da quinta vitória seguida (sábado, 18h), tendo depois novo jogo em casa para a Champions com o Bolonha (quarta-feira, 20h). Já o FC Porto, que deu outro importante passo para estabilizar em termos institucionais com a gala dos Dragões de Ouro, tem uma difícil deslocação a Famalicão depois do triunfo com o Casa Pia (sábado, 20h30) antes de defrontar no Dragão o Midtjylland para a Liga Europa (quinta-feira, 20h). A semana ficou também marcada pelo sorteio da fase de grupos do primeiro Mundial de Clubes a 32 equipas, que irá decorrer nos EUA e com adversários como Palmeiras, Al Ahly, Inter Miami (FC Porto), Bayern, Boca Juniors e Auckland City (Benfica). |
No futebol internacional, entre a primeira derrota de Ruben Amorim pelo Manchester United no clássico frente ao Arsenal depois da goleada diante do Everton, os olhos estão centrados agora no Brasil, que tem a última jornada do Campeonato no domingo às 19h com o Botafogo-São Paulo e o Palmeiras-Fluminense. As contas são fáceis de fazer: o conjunto do Rio de Janeiro, liderado pelo português Artur Jorge, necessita só de um ponto para voltar a entrar em festa depois de ganhar a Taça dos Libertadores frente ao Atl. Mineiro. |
Nas modalidades, arranca este sábado mais um Mundial de Fórmula E com a presença de António Félix da Costa pela Porsche depois da sexta posição no ano de estreia e com a primeira prova a realizar-se em São Paulo este sábado (17h05) no mesmo fim de semana em que termina o Mundial de Fórmula 1 com os ânimos mais exaltados entre Max Verstappen e George Russell (o Grande Prémio de Abu Dhabi realiza-se no domingo às 13h). Nota ainda para os Europeus de Corta-Mato na cidade turca de Antalya (domingo, 7h), para o Grand Slam de Tóquio em judo (sábado e domingo, finais às 8h) e para o dérbi no Campeonato de andebol entre Benfica e Sporting depois do triunfo do FC Porto no clássico (segunda-feira, 20h). |
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Eu, a TV e um comando
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O jogo em palavras
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Pódio
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1
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Seleção começou a ganhar, concedeu o empate e ainda sofreu, mas não deixou fugir a vitória: Portugal venceu a Rep. Checa (1-2) e carimbou o apuramento para o Euro 2025, a terceira presença seguida.
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2
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Num encontro que contou com as participações de Gabriela Sabatini e Gisela Dulko, Juan Martín del Potro venceu Novak Djokovic no adeus emocionado ao ténis que lhe deu tudo (para o bem e para o mal).
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3
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Uma penalização a Norris e um furo sofrido pelo espanhol Carlos Sainz (Ferrari) adiou a decisão sobre o título de construtores de Fórmula 1. A McLaren mantém a liderança. Verstappen ganhou no Qatar.
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O especial
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Futebol
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Chegou em abril a um clube desacreditado, ergueu o balneário, reconquistou os adeptos e é o novo campeão sul-americano. Artur Jorge levou o Botafogo a uma conquista inédita. E pode não ficar por aqui.
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Terceiro tempo
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