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Tom Hanks (ainda em março), Boris Johnson, Usain Bolt, Príncipe Carlos, Jair Bolsonaro, Príncipe Alberto, Idris Elba, Novak Djokovic, Donald Trump. Não foram muitas as celebridades mundiais dos mais variados quadrantes da sociedade que conseguissem um impacto tão grande na imprensa mundial, após terem testado positivo ao novo coronavírus, do que Cristiano Ronaldo. Até se torna um paradoxo pensar que a notícia saiu, correu todos os meios e a primeira imagem foi a do avançado na varanda do seu quarto na Cidade do Futebol, sorridente, a fazer um gesto de tranquilidade com o polegar. Assintomático, bem disposto, com vontade de jogar – mesmo sabendo que, após a confirmação do resultado, teria de saltar mais uma etapa no inevitável caminho que o colocará como o jogador com mais golos de sempre por uma seleção, naquele que é um dos poucos recordes que ainda lhe faltam. |
As possibilidades de contágio são várias entre as duas bolhas por onde andou entre Juventus e Seleção, com uma viagem a Paris pelo meio. E ninguém conseguirá provavelmente explicar como foi possível contrair Covid-19, da mesma forma como não se conseguirá perceber quanto tempo poderá ter estado a incubar. No entanto, e a esse propósito, o Observador foi saber o impacto do novo coronavírus num atleta como Cristiano Ronaldo, alguém que está “mais preparado para lidar” com a infeção. Entretanto, o jogador regressou a Turim num avião-ambulância privado, onde assistiu ao triunfo por 3-0 frente à Suécia com dois golos de Diogo Jota que se seguiu ao empate sem golos em França que revelou muito mais do que o resultado mostra (e no jogo em que Fernando Santos se tornou o selecionador com mais jogos, vitórias e títulos por Portugal). Daqui a uns dias, espera-se, chegará a notícia de um resultado negativo. De preferência, pensa a Juventus, até dia 21 – caso contrário, não defronta o Barcelona. |
No meio de tanta confusão, sobraram sobretudo duas certezas: Cristiano Ronaldo tem números de extraterrestre mas também é humano e este vírus não escolhe locais, horas nem pessoas mesmo com os maiores cuidados. |
Em Itália, apenas dois dias antes, a imprensa tinha aproveitado a forma como Rúben Guerreiro celebrou a vitória na chegada a subir a Roccaraso para perceber junto dos dois ciclistas portugueses no Giro se conheciam o número 7 da Seleção e da Juventus. “Não sei se o Ronaldo nos conhece mas espero que esteja orgulhoso”, atirou de forma humilde João Almeida. Uma hora antes, e se calhar sem a visibilidade que o teste positivo do avançado teve a mais, tinha sido concluído um dia histórico para o desporto português: o corredor da EF Pro Cycling, de 26 anos, foi o primeiro desde Acácio da Silva em 1989 a ganhar uma etapa numa das grandes Voltas e conquistou a camisola azul da montanha, ao passo que o jovem da Deceuninck Quick-Step cedeu alguns segundos mas manteve não só a rosa da liderança no Giro como a camisola branca nos pontos. Três em quatro nas camisolas em disputa… |
Seguiu-se o dia de descanso, na segunda-feira, e as desistências da Mitchelton-Scott e da Jumbo-Visma devido a casos de Covid-19, com Kruijswijk, um dos candidatos à vitória final que estava no 11.º lugar, também infetado. A grande dúvida era perceber como ficaria João Almeida depois de uma etapa onde sentira dificuldades e numa fase da prova em que os ataques seriam mais prováveis. Resposta? Uma fantástica performance, não apenas na chegada a Tortoreto, que antes teve uma mexida sem receios para “agarrar” a fuga de Pello Bilbao e ir buscar ainda quatro segundos de bonificação pelo terceiro lugar na etapa, mas também no trajeto em Cesenatico, a terra que ainda hoje recorda com orgulho Marco Pantani, onde controlou por completo os 34 segundos de Wilco Welderman. |
Se João Almeida, que faz a estreia no World Tour e numa grande corrida de três semanas, é apenas um humano e não está na lista dos principais favoritos tendo em conta a alta montanha dos últimos dias do Giro, a prestação que está a fazer na Volta a Itália é de um verdadeiro extraterrestre. Quando se quer e se trabalha para isso, o impossível é apenas um desafio que dá mais luta no caminho para o possível, seja ele mais ou menos (im)provável. |
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O Campeonato regressa este fim de semana e logo com jogo grande em Alvalade: o Sporting-FC Porto, no sábado a partir das 20h30, naquele que se pretende que seja (mas que pode não ser – uma conversa que fica para uma outra altura) o último clássico sem espetadores nas bancadas. Em condições normais, seja pelo valor do plantel (não só desportivo mas também de mercado, onde as diferenças são cada vez mais acentuadas) ou pela dinâmica das duas equipas, os dragões poderiam partir com um ligeiro favoritismo teórico, que se dilui pelas duas semanas de paragem nos compromissos das equipas por causa das seleções, pelo tempo que houve para integrar os últimos reforços (como João Mário) e pela própria tradição dos portistas jogando no terreno dos leões. Antes, o Sp. Braga recebe o Nacional (18h); no dia seguinte, o Benfica vai defender a liderança em Vila do Conde (20h). |
Durante a semana, estão de volta a Liga dos Campeões e a Liga Europa, desta vez com uma participação nacional reduzida apenas a três equipas. Na Champions, o FC Porto estreia-se com a deslocação mais complicada do grupo a Manchester para defrontar o City (quarta-feira, 20h), no mesmo dia e à mesma hora de outros jogos de peso nesta jornada inaugural como Bayern-Atl. Madrid, Liverpool-Ajax ou Olympiacos-Marselha (o Real Madrid-Shakhtar arranca às 17h55); antes na terça-feira, os destaques vão para o Dínamo Kiev-Juventus (17h55), o PSG-Manchester Unitedd (20h), o Barcelona-Ferencvaros (20h) e o Chelsea-Sevilha (20h). Na quinta-feira é dia de Liga Europa, com o Benfica a começar a fase de grupos na Polónia com o Lech Poznan (17h55) e o Sp. Braga a receber o AEK de Atenas (20h). O Tottenham de José Mourinho jogará com o “carrasco” do Sporting, o LASK Linz (20h). |
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As eleições do Benfica, que se realizam daqui a duas semanas, tiveram uma alteração no xadrez e várias novidades na apresentação das listas que vão a sufrágio, quase tudo concentrado na quarta-feira. Do lado de Luís Filipe Vieira, existem três saídas da Direção (Nuno Gaioso Ribeiro, João Costa Quinta e Alcino António, que ficará com outras funções no clube), compensadas com a subida de Sílvio Cervan para efetivo, a provável colocação do ex-candidato Jaime Antunes como suplente e a entrada inédita de Rui Costa para os órgãos sociais do clube (esteve até agora apenas como administrador da SAD), ficando como número 2 do atual líder numa campanha que foi suspensa em termos de qualquer iniciativa presencial face ao estado de calamidade decretado pelo Governo. |
Do lado de João Noronha Lopes, que “aglutinou” o movimento “Servir o Benfica” de Francisco Benítez que passa a ser candidato à liderança da Assembleia Geral do clube (do lado de Vieira o escolhido é Rui Pereira, que nesta fase já é também o líder da Mesa da Assembleia Geral da SAD), a apresentação confirmou a presença de vários nomes fortes de diferentes quadrantes nos órgãos sociais que vão a sufrágio, de Pedro Adão e Silva, Pedro Ribeiro e Borges de Assunção na Direção a José Theotónio como número 1 do Conselho Fiscal. Antes, através de um artigo de opinião, o ex-ministro da Segurança Social e do Trabalho, Bagão Félix, manifestou o seu apoio à candidatura que parece ser a principal adversária a um sexto mandato de Luís Filipe Vieira no comando dos encarnados. |
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O resultado acabou por ser a maior surpresa de todas no domingo mas, no final, ganhou o do costume. Rafael Nadal “atropelou” Novak Djokovic na final de Roland Garros nos dois sets iniciais, antes de responder da melhor forma à redenção do sérvio no último parcial, e conquistou pela 13.ª vez o torneio francês – mais do dobro do que Björn Borg. Ao todo, o espanhol soma já 20 títulos do Grand Slam, os mesmos de Roger Federer (que foi dos primeiros a dar os parabéns ao amigo). Em 2021, um ficará como o melhor entre os melhores, sendo que, por questões de idade também, Djokovic ainda não perdeu o comboio. Quanto mais velhos, melhores. No polo oposto encontra-se a polaca Iga Swiatek, de 19 anos, que nunca tinha ganho qualquer torneio do WTA mas que “limpou” sem perder qualquer set a edição deste ano do Major gaulês, derrotando na final a americana Sofia Kenin. |
Um pouco antes, na confirmação de algo que estava mais do que anunciado, Lewis Hamilton igualou as 91 vitórias de Michael Schumacher em Grande Prémios no circuito germânico de Nürburgring, aproveitando uma corrida para esquecer de Valtteri Bottas que aproximou ainda mais o britânico do sétimo título Mundial. O grande momento do dia ocorreu na altura da subida ao pódio, quando o filho do alemão, Mick, foi entregar ao piloto da Mercedes um capacete do pai que Hamilton teve na mão ao longo de uma cerimónia que ganhou outro peso. |
No circuito de Le Mans, Miguel Oliveira viveu uma qualificação entre altos e baixos onde garantiu o apuramento direto para a Q2 mas perdeu depois duas motos por problemas técnicos e por uma saída de pista por causa dos pneus frios, fazendo mais uma corrida de trás para frente onde caiu do 12.º para o 18.º lugar mas ainda foi a tempo de garantir um sexto lugar que chegou a ser quarto nas duas últimas voltas na luta com Andrea Dovizioso e que não foi quinto pela ultrapassagem na última volta de Johann Zarco. O português manteve a nona posição no Mundial, antes das duas provas em Aragão. A primeira decorre este domingo (13h), sem a presença de Valentino Rossi que, após ter caído logo na primeira volta em França, anunciou que está infetado com Covid-19. Ainda no desporto motorizado, Filipe Albuquerque, da Oreca, sagrou-se vencedor das European Le Mans Series, o mais importante campeonato europeu de resistência, na categoria LMP2, depois de vencer as 4 Horas de Monza. |
Por fim, e apesar da derrota no jogo 5 da final frente aos Miami Heat, os Los Angeles Lakers não deram qualquer hipótese no jogo 6 e sagraram-se campeões da NBA, quebrando um jejum de dez anos sem títulos e igualando as 17 vitórias dos Boston Celtics naquela que é a maior rivalidade entre equipas na competição. LeBron James, como não poderia deixar de ser, foi a grande figura da partida com mais um triplo duplo, confirmando o quarto galardão de MVP da final – tantos como os anéis de campeão que conseguiu, agora por três equipas diferentes – entre muitos outros recordes que foi batendo ao longo deste playoff. Mesmo a dois títulos de Michael Jordan, a antiga estrela dos Chicago Bulls, a pergunta que todos fazem é a do costume: temos mudança de GOAT? |
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Eu, a TV e um comando
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O jogo em palavras
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Pódio
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1
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Rúben Guerreiro foi o destaque e venceu etapa de montanha antes de descanso, João Almeida defendeu liderança. Portugueses continuam a brilhar no Giro e têm agora camisolas rosa, azul e branca.
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2
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Djokovic não tinha perdido em 2020 mas foi "arrasado" por Nadal na final de Roland Garros em três sets. Espanhol ganhou o 13.º título com a 100.ª vitória em França e igualou os 20 Majors de Federer.
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3
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Bottas conseguiu a pole, segurou liderança no arranque mas erro na volta 13 foi a sorte de Hamilton, que saltou para a frente da corrida, garantiu sétimo triunfo de 2020 e alcançou registo histórico.
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O especial
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NBA
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LeBron James é campeão da NBA pela quarta vez na terceira equipa aos 35 anos. O que significa isso? Um texto onde se fala de Jordan, Kobe, Magic e como o rookie do circo mediático se tornou um líder.
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Terceiro tempo
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