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Descobri que tinha um problema com sacos de plástico por causa da minha mãe. A culpa é dela. É toda dela. |
E agora que talvez já tenha a vossa atenção, posso prosseguir de forma mais profissional. Esta semana publicamos o último texto da Materialista sobre objetos que têm marcado as nossas vidas. A escrita de Joana Albernaz Delgado não tem sido meramente factual. Contexto social, histórico e cultural, os objetos e as funções que cumprem (além das necessidades que também geram) preenchem-se de várias dimensões e foi um privilégio poder fazer esta descoberta, desta maneira. |
O objeto deste último texto é o saco de plástico. Espero que leiam, pois qualquer resumo meu será risível face à quantidade de informação que têm ao vosso dispor em cada parágrafo. Posso garantir-vos que vão ficar a saber mais, vão olhar para os sacos de plástico de outra forma e talvez tenham, tal como eu, oportunidade para fazer viagens no tempo. |
A minha levou-me até ao dia em que descobri que tinha (e tenho) um problema com sacos de plástico. E não estava a mentir no início deste texto: a culpa desta descoberta é da minha mãe, mas é uma culpa que estimo, agradeço e elogio. |
Regressei à hora da refeição ao final do dia, há umas décadas, quando a casa onde vivia era a dos meus pais. Nesse momento, minha mãe desatava o nó de um saco de plástico. Não sei o que guardava, mas sei que o nó tinha sido feito por alguém com muito talento, só assim se explica o exercício físico necessário à concretização da tarefa e a quantidade de barulho proveniente daquele saco. |
Este tipo de plástico, quando mexido e remexido de forma constante e progressivamente enervada, faz um som que na minha cabeça é a banda sonora do armagedão. Não sei porquê, não sei explicar, mas é isso que sinto e foi isso que descobri enquanto minha mãe remexia no saco: eu pedia para ela parar e ela insistia, repetidamente, perguntando “faz-te confusão?”. Muito engraçada… |
Hoje tento não fazer olhares agressivos nem lançar frases menos simpáticas a quem remexe em sacos de plástico. Fui aprendendo a controlar um pequeno Hulk interior que se forma de cada vez que os sacaninhas com asas ocupam toda a atmosfera à minha volta. Mas tenho a certeza que nunca vou gostar deles. Se calhar, certo estava eu: está mais do que provado que o objeto é grande inimigo do planeta. Mas este meu particular não muda o essencial. Leiam este texto e sintam que aprenderam alguma coisa. Depois, decidam por vocês como querem lidar com os ditos sacos — e se os tiverem na mão, ou se comportam ou desapareçam-me da frente. |
Até para a semana. |
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Para fazer
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Séries
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Josh Schwartz e Stephanie Savage viram no romance de Garth Risk Hallberg uma forma de contar uma história em Nova Iorque depois do 11 de Setembro. “City On Fire” é uma sublime carta de amor à cidade.
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Cinema
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O filme italiano "Seca", o documentário "Marinheiro das Montanhas", "Velocidade Furiosa X", a parte II do Ciclo Kinuyo Tanaka e "A Sindicalista", são as escolhas de Eurico de Barros esta semana.
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Património Cultural
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De 24 a 27 de maio, 32 antigos conventos vão estar de portas abertas para receber visitas livres, guiadas e outros itinerários e descobrir mais sobre o legado das ordens religiosas na cidade.
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Teatro
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É nos corredores que se faz o futuro, para o bem e para o mal. E é daí que partimos para "O Meu Amigo H.", nova peça do da companhia Teatro Nacional 21, que se estreia esta sexta em Guimarães.
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Escultura
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"Gris, Vide, Cris" é uma exposição, mas também é um encontro entre obras separados pelo tempo e pela forma. Abre portas esta quarta-feira, dia 17 de maio, na Fundação Gulbenkian, em Lisboa.
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Para comprar
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Vimos e Gostámos
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A Oshimi tira grãozinhos instalados entre os dedos dos pés, as Birkenstock já têm um modelo com 60 anos e a Util e a Jak casaram numa parceria. Pelo meio, há glitter boots e activewear sem costuras.
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Moda
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Maio é o pontapé de saída para a época dos casórios. Dos 27,99€ da Parfois aos 250€ da Kaoâ, reunimos neste artigo 17 sugestões acertadas e coloridas de marcas portuguesas para usar na próxima festa.
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Para saber
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Materialista
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É o melhor ator objeto. Nele cabem intelectuais franceses, livros infantis, cigarros, maçãs, sopa azul e malas da Balenciaga e da Mulberry. Tudo à distância de um dedo lambido.
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Moda
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Quem brilha é Beyoncé e a sua dança, mas a roupa foi muito estudada. O vídeo começa com um look que se quis simples e acessível, mas todo em griffes, e termina com vestidos do desfile Versace.
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Celebridades
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A apresentadora de televisão ultrapassou a mãe de Elon Musk, que foi capa da Sports Illustrated em 2022, com 74 anos. Aos 81, Martha Stewart posa na edição anual de fatos de banho: "É algo histórico".
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Moda
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Este texano conquistou o mundo através da moda. Fez da Gucci um império, revolucionou a Yves Saint Laurent à frente do fundador e criou o seu próprio império. Tom Ford pode estar só a mudar de rumo.
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Concertos
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Tiveram uma ajuda ao piano, aventuraram-se na música portuguesa, trouxeram balões, luzes, confetti e hits. No primeiro ato em Coimbra, os Coldplay deram o concerto que toda a gente queria ver.
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Cinema
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"Jean du Barry" abriu da 76ª edição do festival de Cannes. No meio dos escândalos que têm rodeado a realizadora-protagonista e o ator, que filme há para ver neste regresso à corte francesa?
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Festival de Cannes
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Numa curta, o espanhol à procura do desejo masculino com Ethan Hawke, Pedro Pascal e do português José Condessa. Em Cannes perguntou: "Já se viu num western dois homens a fazer a cama?".
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Um objeto
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