|
|
|
São duas ideias que germinaram em força com a pandemia, muito em linha com o investimento redobrado no ambiente doméstico: o desejo de maior contacto com a natureza e autonomia na produção alimentar (a febre do pão não levará a mal que deitemos um olho aos orégãos ou à hortelã-pimenta). “Enquanto o mundo se ajustava à ameaça de um vírus desconhecido, houve quem percebesse que o momento era de oportunidade para regressar à terra, mesmo dentro de um apartamento, no centro de uma cidade como Lisboa. A vontade (ou até a curiosidade) são a semente inicial, o empurrão que se segue pode muito bem chegar dentro de uma caixa”, enquadra o Mauro Gonçalves, munido das ferramentas certas para sujar as mãos na terra. |
Em 2019, refletia sobre uma tendência verde que pegou de estaca nas casas de muitos de nós. Um ano volvido, mostra-nos como tomar conta de uma monstera deliciosa não é um desafio assim tão distinto de fazer prosperar um canteiro de tomilho, sendo que em ambos os casos há todo um mundo por explorar. Por isso, arregace as mangas e siga-o até ao quintal de Diana Mendes. Foi aqui que a mentora da Hortini assistiu ao sucesso das primeiras investidas — brócolos, alfaces e couve-flor, entre outros vegetais — que a levaram a pensar numa solução universal para quem quer dar o mesmo passo, mas acaba por duvidar dos dotes de horticultor. Assim surgia um serviço de subscrição de pequenos rebentos para plantar, mais um sinal de que esta relação com os verdes já nem precisa de grande fertilizante para manter o viço nos nossos quintais ou marquises. |
Se dúvidas restasse, não faltam estudos e bibliografia para acompanhar as lições práticas. “Esta necessidade de ligação ao verde tem crescido muito aceleradamente”, confirma ao Mauro a professora da Escola Superior Agrária do Instituto Politécnico de Viana do Castelo Isabel Mourão, sublinhando ainda os aspetos económicos associados a este investimento . |
Mas que cuidados deve aplicar nos canteiros da varanda? Que precisa um citadino para triunfar no ramo da horticultura no seu apartamento? Por onde deve começar? E a rega (ah, a rega!)? O Mauro também deixa as pistas certas para quem parte do zero e está ansioso para que estes planos ganham raízes. |
Até para a semana |