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Olá a todos. |
Aos que não sabem, o aviso: estou aqui de passagem, que este é o território da Maria Ramos Silva, profissionalíssima editora de Lifestyle deste vosso Observador. Aos que já sabem: sim, sou eu outra vez, peço desculpa em adiantado por todo o mal que pode seguir-se. |
Agora que estamos esclarecidos, podemos avançar. E importa salientar que, apesar de só aqui aparecer quando a Maria tem assuntos inadiáveis a tratar e não pode escrever-vos, esta semana considero-me um tipo cheio de sorte. Porque a lotaria que é a vida deixou-me com o grande prémio, o “el gordo” do destino, o jackpot do alinhamento cósmico: estar diante de vós no dia em que o Experimentador Implacável foi à Amadora. |
Passo a explicar: para quem não sabe (!) este vosso autor de newsletters substituto é natural da Amadora. Enfim, se formos cientificamente específicos, sou natural de Lisboa, nascido na antiga freguesia de Campo Grande, atual Alvalade, o que tem alguma graça tendo em conta que é a morada fiscal da firma que me paga o vencimento (ao mesmo tempo, pode ser prova do triste e reduzido ciclo da minha vida até ao momento). Mas depois de nascer, assim que foi medicamente possível, aviei-me para a antiga Porcalhota e por lá fiquei umas décadas, por lá me fiz adulto (!!) e por lá me encontrarão de quando em vez neste 2022 e enquanto a voz me doer. |
E é com alguma emoção que vejo que o temível Experimentador Implacável passeou-se pelas ruas dessa bela cidade em busca de um restaurante com nome de género pornográfico e que serve comida japonesa. É com razoável alegria que vejo a minha cidade no título de um texto que me deu fome — porque o li à hora de almoço e porque sou fã de sushi e ramen (em destaque na ementa do dito estabelecimento). É com regozijo que vejo o município onde reprovei no exame de matemática do 12.º ano — e que também por isso me moldou a personalidade da melhor forma (!!!) — cada vez mais dado à internacionalização da gastronomia que oferece a quem o habita e a quem o visita. |
Além disso, deu-me imenso jeito esta coincidência do jogo de azar que é a existência. Ficou resolvido o assunto deste breve mas obrigatório texto. Ficámos todos despachados, vocês podem ver os artigos que se seguem (que é o que aqui importa) e eu posso ir à minha vida (que não importa nada). |
A Maria regressa na próxima semana, para evitar novos momentos desconfortáveis (para vocês, para mim foi um privilégio) como este. |
Até à próxima. |