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A primeira notícia do Observador sobre a Operação Teia foi publicada em maio de 2019. Na altura, a Polícia Judiciária detinha quatro pessoas: o presidente da Câmara de Barcelos, o autarca de Santo Tirso e a mulher e o presidente do IPO do Porto. Do processo que investigava suspeitas de corrupção, tráfico de influências e participação económica em negócio não constava, na altura, o nome de Miguel Alves, o mais ou menos desconhecido, a nível nacional, presidente da Câmara Municipal de Caminha. |
Foi na última semana que o nome do entretanto secretário de Estado adjunto — e agora ex-membro do Governo — surgiu nas notícias. Já se sabia que Miguel Alves era arguido na Operação Éter. Na sexta-feira, dia 4 de novembro, a Rita Penela e o Luís Rosa confirmaram que, antes de iniciar funções no executivo de António Costa, também tinha sido constituído arguido na Operação Teia. A jornalista de Política e o redator principal começaram a preparar um trabalho com a história, enviaram perguntas ao gabinete do primeiro-ministro e deram um prazo para receber as respostas até às 11h da manhã do dia seguinte, sábado. |
Nenhum dos dois estava a trabalhar nesse fim de semana, mas, com essa resposta pendente, a Rita andou com o computador atrás. E acabou a pô-lo no colo, em pleno cabeleireiro, quando o e-mail do gabinete de António Costa chegou, enquanto ligava à pressa ao Luís — e perante a estupefação do cabeleireiro: “Quem é você?!” “Sou jornalista, trabalho na secção de política. Desculpe, mas posso usar o seu WiFi?” O especial foi publicado pouco depois, às 12h45. |
Menos de uma semana depois seria o Luís Rosa a ser apanhado pela notícia quando menos dava jeito, pelo menos em termos práticos. Tinha acabado de entrar na sala do Teatro Micaelense, em Ponta Delgada, onde ia participar nas Jornadas Açorianas de Direito, quando recebeu a informação de que Miguel Alves tinha sido formalmente acusado. Problema: tinha de subir ao palco e começar a falar 10 minutos depois. Saiu rapidamente da sala, ligou ao Miguel Pinheiro, diretor executivo do Observador, e passou os dados que tinha. Em Lisboa, a Rita Penela escreveu o artigo. Quando o texto foi publicado e o push começou a chegar aos telemóveis e computadores dos leitores do Observador, já o Luís falava sobre jornalismo e justiça perante uma plateia repleta de juízes, procuradores e advogados. |
Entre maio de 2019 e esta quinta-feira, o Observador publicou mais 30 trabalhos sobre a Operação Teia. Por isso é que não estranhámos quando o primeiro-ministro, quando falou pela primeira vez sobre a demissão que Miguel Alves entretanto apresentou, tenha dito que “o Observador tem sido a grande fonte de informação sobre estes assuntos”. Sobre estes e sobre outros, seja a partir de que sítio for. |
Uma menção que nos honra |
Desde outubro do ano passado, quando publicámos o primeiro “Labirinto — Conversas sobre Saúde Mental”, já falámos aqui várias vezes sobre os bastidores do projeto, que é uma parceria do Observador com a FLAD. Já deve ter percebido, por isso, que esta série de entrevistas a figuras públicas de várias áreas sobre a forma como lidaram — e lidam ainda — com problemas de saúde mental é muito importante para nós. Esta sexta-feira, vimos o trabalho reconhecido pelo prémio de jornalismo da Sociedade Portuguesa de Psiquiatria e Saúde Mental com uma menção honrosa. |
Até agora, já entrevistámos 14 pessoas sobre depressão, burnout, ansiedade, adição, bipolaridade ou luto, por exemplo. Ouvimos os testemunhos da eurodeputada Marisa Matias, das apresentadoras Maria Botelho Moniz e Liliana Campos, dos humoristas António Raminhos e Hugo van der Ding, da cantora Rita Redshoes ou do advogado João Vieira de Almeida. Pode ler, ver e ouvir aqui todos os episódios. |
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Talvez lhe tenha escapado
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Justiça
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O agora ex-secretário de Estado é acusado de ter beneficiado empresa de mulher de ex-autarca do PS. Processo nasceu de denúncias anónimas por suspeitas de financiamento do PS — o que não se comprovou.
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Parlamento
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O vice-presidente do grupo parlamentar do PS, Francisco César, diz estar "esclarecido" sobre os casos de alegadas incompatibilidades mas admite que "ninguém gosta deste barulho".
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Banco de Portugal
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O Observador faz a pré-publicação do livro "O Governador", de Luís Rosa. É o testemunho de Carlos Costa sobre a tensão com Sócrates, Costa e Centeno — e dossiês como a relação com Isabel dos Santos.
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Entrevista
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Em entrevista, Rui Tavares admite votar contra o Orçamento do Estado na votação final global caso o Governo não mude "nada de substancial".
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PCP
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Tem origem "modesta" e só trabalhou fora do PCP até ao 12.º ano. Depois, supervisionou e aconselhou camaradas e manteve pontes para fora. Conhece "toda a gente" no "Que se Lixe a Troika" e sabe cantar
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PCP
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Para PCP, fazer "desvios" na ideologia e estratégia seria aceitar destino de outros comunistas europeus. Reforçar-se nos sindicatos, mobilizar partido e conhecer eleitorado são desafios de futuro.
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Eleições Presidenciais
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Em três semanas, o Presidente lançou de forma velada dois potenciais sucessores: Passos Coelho e, no sábado, o "fogoso" Marques Mendes. À direita, Marcelo esquece Portas, mas não Gouveia e Melo.
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Iniciativa Liberal
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Simões de Melo admite nova candidatura por os "liberais clássicos" não estarem representados nos atuais dois candidatos. Com mais tempo e sem o 'sim' de Carla Castro, terceira via está mais próxima.
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Política
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Cerca de um mês depois de ter anunciado a suspensão do mandato, o gabinete dos vereadores do PSD na Câmara Municipal de Oeiras contratou a mãe de Alexandre Poço para serviços de assessoria.
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PSD
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Rodrigo Gonçalves enfrentou investigações, foi condenado por agressão, viu expostos atos de cacicagem, mas sobreviveu sempre. São várias as vidas do dirigente que Montenegro admite suspender.
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Mundial 2022
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Ainda nem todas as seleções nacionais anunciaram os 26 nomes para o Mundial do Qatar mas equipas como Portugal, França ou Brasil já divulgaram os eleitos. Veja todas as convocatórias já conhecidas.
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Mundial 2022
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TotoMundial é o simulador do Observador para o Campeonato do Mundo do Qatar. Pode jogar e partilhar as suas previsões. Como Portugal pode ser campeão, os palpites para a final e as surpresas.
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Mundial 2022
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Vista o fato de selecionador e seja treinador de bancada: escolha o 11 com que jogaria se estivesse no banco.
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Entrevista
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Em entrevista, o ex-jogador e treinador do Benfica falou do bom momento que as águias atravessam e da relação com Rui Costa, sem esquecer o clima de tensão no Irão, onde treinou durante quatro anos.
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Abusos na Igreja
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Os bispos portugueses estiveram reunidos em Fátima durante quatro dias e a crise dos abusos foi tema central. CEP vai ter grupos de trabalho para estudar relatório final da comissão independente.
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Pandemia
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Primeira reunião no Infarmed de Manuel Pizarro terminou sem recomendações para mais medidas, sem debate à porta fechada entre cientistas e peritos mas com uma certeza: a vacinação "faz a diferença".
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Guerra na Ucrânia
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Rússia "não tomou uma decisão fácil" ao decidir retirar as tropas da cidade de Kherson. "Erro de cálculo clamoroso", diz o major-general Arnaut Moreira ao Observador. Kiev pede contenção.
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Banca
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Maiores bancos tiveram quase 1.900 milhões em lucros, 1.423 milhões se não se contar com as operações externas. Bancos relativizam números e salientam que setor continua a ter uma baixa rentabilidade.
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Twitter
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Todos os dias há novidades. Desde que anunciou a compra do Twitter, Elon Musk anda num frenesim, com anúncios após anúncios. E tudo em duas semanas.
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Música
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O novo disco mostra a renovação daquela que se diz sempre fadista, mas que percorreu uma mapa com muito mais latitudes para chegar à “Casa Guilhermina”. Já ouvimos as canções que se revelam dia 11.
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Séries
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Os novos episódios de uma das mais populares séries da atualidade leva-nos aos anos 90 no palácio de Buckingham. Mas entre narrativas cruzadas e alguns erros de casting, será que o fascínio mantém-se?
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Opinião
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“À política o que é da política, à justiça o que é da justiça”? O caso Miguel Alves mostra que quem se esconde atrás de uma frase batida acaba por bater de frente contra um muro.
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As manifestações de jovens pelo clima, zangados com os pais e avós, podem dar aos políticos a coragem de agir. As cimeiras até agora têm feito pouco.
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O poder socialista é demasiado vulnerável para ser compatível com a dignidade ou a decência.
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O amontoado de trotinetes e bicicletas nos passeios e mesmo no fundo do rio transforma-as numa fonte de problemas. O risco é que cidadãos e autarcas comecem a encarar a mobilidade suave como inimigo.
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Vieira da Silva preferiu mentir e perdeu-se num labirinto. Agora, criou um facto político: mesmo quando a verdade é o caminho mais eficaz, o governo revela-se incapaz de assumir as suas escolhas.
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