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São 5h30, em Tóquio, quando o telemóvel do Bruno Roseiro começa a apitar e a vibrar com aquele vigor enervante que dá vontade de calar a qualquer custo. O editor de Desporto levanta-se com a sensação de quem foi abalroado e só teve direito a 5 minutos de descanso. No mesmo telemóvel, numa rodinha vermelha, estará também um número na casa das dezenas: as mensagens não lidas no grupo de WhatsApp, que liga o enviado especial do Observador ao Japão à equipa que em Portugal acompanha tudo sobre os Jogos Olímpicos ao minuto. | O Bruno Roseiro ainda não sabe, mas vai passar 6 horas em autocarros para poder começar o dia no Surf e terminar na alta escola equestre. No Japão tudo é diferente e tudo se complica ainda mais em tempos de pandemia e nem a meteorologia escapa. A proximidade de um tufão provoca uma chuvada daquelas que só vemos nos filmes e em Tóquio. O editor de Desporto compra um chapéu impermeável para se proteger da bátega e do vento, mas quase como numa manobra da Yolanda Sequeira (ou Hopkins) — que faz girar a prancha a um ritmo incrível — o tempo vira e o calor volta em força. O chapéu impermeável (imortalizado numa selfie) acaba perdido no fundo da mochila. Porém, valeu a pena a viagem para contar a história da miúda que ficou em quinto lugar na estreia do surf nos Jogos, na praia de Tsurigasaki. Nesse dia, longo e húmido, o Bruno Roseiro seguiu depois — de autocarro — para ver os “cavalinhos a correr e a saltar”, como aprendemos a cantar em miúdos. Sem sair do lugar, o enviado especial do Observador seguia, em simultâneo, a prova de Dressage e o drama que se vivia na equipa de ginástica norte-americana. De um lado, Rodrigo Torres e o Fogoso conseguiam o 8º lugar na categoria de ensino equestre por equipas, noutro Simone Biles cometia um erro e o mundo inteiro despertava para a pressão a que estão sujeitos os atletas. Terá sido a última prova completa de Biles em Jogos Olímpicos. | Não é um atleta olímpico, mas parece. Todos os dias o Bruno faz maratonas para conseguir os ângulos e as histórias de pessoas extraordinárias que nos encantam e comovem, como as do nosso medalhado Jorge Fonseca e do treinador Pedro Soares, que comunicam com o olhar. Nas mensagens que trocámos ao longo desta sexta-feira, o Bruno contou que já tinha dado 22.500 passos, o que equivale a uma distância de mais ou menos 13,5 quilómetros, num dia, com Natação, Canoagem e um longo percurso a pé para o estádio onde Patrícia Mamona e Auriol Dongmo se qualificaram para a fase seguinte nas provas de Atletismo. Pelo meio de tudo isto, ainda podemos ouvir diariamente as suas crónicas na Rádio Observador, na Missão Olímpica — aqui encontra todos os episódios. | 
| Não é a primeira vez que o enviado especial do Observador cobre uns Jogos Olímpicos, mas a pandemia, a obsessão nipónica com as regras e as distâncias estão a tornar o trabalho complicado. Por exemplo, é preciso marcar, o mais tardar, de véspera as provas a que os jornalistas pretendem assistir e depois das 16h já não há hipótese de agendar nada. Mas as aventuras não se ficam por aqui: houve um acidente — sem consequências físicas — com um autocarro, uma quase entrada inadvertida num campo de Basquetebol 3×3, um escaldão a ver o Skate e um “cartão amarelo” no Nippon Budokan do Judo, onde é proibido fumar. O jornalista descobriu as vantagens de trazer sempre na mochila um cinzeiro portátil e um chapéu impermeável. | À pergunta feita por Filomena Martins no nosso grupo de WhatsApp (Vamos Olimpar): “Mas tu não dormes?” a resposta assumiu a forma de uma fotografia, que revela um vigilante — responsável pelo controlo sanitário — sentado, de cabeça tombada sobre o lado esquerdo, com papéis no colo e a cochilar. “Ainda sou eu que lhe pergunto se precisa de alguma coisa”, respondeu o Bruno Roseiro. | 
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Talvez lhe tenha escapado
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Basquetebol
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É estrela em músicas de rap e dá origem a murais de 22 metros. "A barra a matemática" em miúdo tornou-se o primeiro português de sempre na NBA. História feita, "só falta uma medalha de Marcelo".
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Judo
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Superou um cancro e a Covid-19. Superou a rebeldia na escola e chamarem-lhe gordinho. Derrubou-os. Literalmente. Os amigos já previam a medalha.
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Tóquio
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Cláudia Pinheiro é investigadora sobre desporto do Instituto da Maia. Ao Observador, diz não ter dúvidas: "Infelizmente, a violência sexual, psicológica e social existe na ginástica"
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Tóquio 2020
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O caso de Larry Nassar foi o rastilho. Depois do abuso sexual, olha-se agora para outras formas de dominação dos treinadores. Especialistas não têm dúvidas: é “uma cultura de intimidação”.
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Tóquio 2020
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Simone Biles bateu as regras da física e revolucionou a ginástica. Agora, foi-se abaixo mentalmente e admitiu-o em lágrimas. O gesto pode iniciar uma outra revolução: a da saúde mental dos atletas.
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Política
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Marcelo Rebelo de Sousa está alarmado com as dificuldades de afirmação do PSD como alternativa aos socialistas e teme riscos de eternização do PS no poder.
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Migrantes
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SEF justifica secretismo de contratos com o facto de poderem conter "informações implícitas que se prendem com aspetos securitários, imanentes aos centros de instalação temporária".
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Coronavírus
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Começa a "libertação": a partir deste domingo, país começa a aliviar restrições em três fases, conforme avanço da vacinação. É o fim do recolher, dos horários e das medidas diferenciadas por concelho.
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Coronavírus
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As crianças entre os 12 e os 15 devem ser vacinadas? De um lado da balança está o medo dos efeitos adversos, do outro que os menores sejam um veículo para a entrada de novas variantes do vírus.
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Obituário
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É o rosto do 25 de abril, mas depressa se afastou ideologicamente dos homens com quem fez a Revolução. Acabou condenado por terrorismo, num processo perdoado por uma amnistia assinada por Mário Soares
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Violação
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Na noite de sexta para sábado o que começou por ser um encontro sexual consentido acabou em violação, segundo os relatos das vítimas. Defesa diz ter provas da inocência dos quatro portugueses.
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GNR
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Moradores acusam “crianças mimadas” de Lisboa de vandalismo sem precedentes, jovens denunciam ataques de vigilantes locais. Nunca Vila Nova de Milfontes viveu momentos de caos como o destes dias.
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Angola
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Com presidenciais à vista, não é só em Luanda que se combate a corrupção do país. E, apesar das promessas de João Lourenço, há casos mediáticos como o de Manuel Vicente que parecem em banho-maria.
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Novo Banco
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Executar garantias de empresas de Luis Filipe Vieira poderia dar 150 milhões ao Novo Banco, mas havia perdas e riscos muito significativos. Reestruturar foi opção menos má, mas tem debilidades.
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Finanças Pessoais
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Subiu em 33% o tempo médio para se fechar um crédito à habitação, desde o início até ao fim do processo, segundo dados do portal ComparaJá, que calculou quais os bancos que estão a ser mais rápidos.
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Combustível
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Propostas da Autoridade da Concorrência de 2018 para elevar concorrência ficaram na gaveta. Governo quer intervir nas margens, mas reguladores dizem que o problema é a logística e alertam para riscos.
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Música Portuguesa em 1971
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Há 50 anos, o Duo Ouro Negro grava "Blackground", enquanto a canção africana em Portugal sobrevive fora da lei. Bonga, Vum Vum e a família de Raul e Milo refletem sobre a herança desta música.
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Música
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A 30 de julho de 2001 foi editado "Is This It", o álbum que fez um geração regressar à adolescência, reconquistou a força de três minutos à guitarra e inspirou músicos e criou um hype perfeito.
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Pintura
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“100 Anos Nadir Afonso” reúne mais de 40 trabalhos do pintor, animação 3D e video mapping, a partir de terça-feira, 27 de julho, no Centro Colombo. A curadoria é da mulher, Laura, que entrevistámos.
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Opinião
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Nunca houve dois Otelos, nem Otelo foi, ao contrário do que se disse, uma personagem particularmente contraditória. Tudo nele faz sentido e tem até alguma fatalidade.
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No meio de tudo isto, subsistia Otelo, narcisista, eufórico, solipsista, excitado, um Otelo que, no Verão de 75, com a fúria popular a descer de Norte a Sul sobre as sedes do PCP, se passeava por Cuba
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Na morte de Otelo devemos celebrar o estratega que contribuiu para o fim do regime, pelo qual o país lhe deverá estar grato. No entanto, ele não contribuiu para a construção da democracia e liberdade.
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Tudo o que Francisco Louçã faz é política e para ele os liberais acabam, inevitavelmente, a apoiar ditaduras fascistas. Só uma mente Marxista-Leninista poderia defender uma tese tão absurda e falsa.
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Ir mais longe nas medidas do que possa ser estritamente necessário é sujeitar as crianças a riscos que, mesmo que não se chamem Covid-19, poderão vir a ser ainda mais prejudiciais para a sua saúde.
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